Ok, disse-vos há uns posts atrás que tinha comprado na Feira do Livro este livro e prometi que vos ia adiantado o conteúdo do mesmo.Pois bem, o Mr. Tony Clink (o prezado autor deste manual) é um "pau de dois bicos". Tão depressa "dá uma no cravo, como outra na ferradura". E porque é que digo isto?
Acho que ele estava um bocadinho confuso quando escreveu este livro. Por um lado, ele sabia que o estava a escrever para homens, mas por outro estava realmente preocupado em ser levado a sério pelas mulheres que eventualmente o pudessem ler.
E o que é que resultou deste conflito existêncial do Senhor?!
Uma trapalhada TOTAL!
Ele refere-se a nós mulheres como "aquela que você (homem ADE - Artista do Engate - Clicar para ver post Feira do Livro) quer comer" e logo de seguida, diz que o homem deve sempre respeitar a mulher. Ora, a expressão "comer uma mulher" não é lá muito respeitadora, não vos parece?!
E depois dá dicas de engate, que ele diz não poderem ser engate brejeiro ou fácil qual CPF (Comum Paspalho Frustrado) e chuta pérolas como esta:
Cenário: Abordagem a uma mulher sentada num bar.
ADE: Aposto um euro contigo em como te consigo beijar sem te tocar com os lábios ou língua.
Mulher: Não, obrigada! Não estou interessada.
ADE: Ok, então deixa-me explicar-te como e assim aprendes para poderes demonstrá-lo a outros.
No cenário fantasioso deste Senhor, a mulher aceita a proposta.
O ADE chega-se ao pé da mulher como se fosse beijá-la (e continuamos no cenário idílico em que ele acha isto ser possível), faz uma pausa e espeta-lhe um beijo nos lábios de seguida.
Depois diz: Desculpa. Não resisti! - E a mulher fica feliz e contente com isto.
Nem sei o que dizer. Este Mr. Clink alega que com técnicas como esta, qualquer homem pode conseguir qualquer mulher. Mas que mulheres?
Umas otárias, não?! Ou então umas desesperadas, que não têm sexo há séculos e que precisam de limpar o sotão. Só pode!
Qualquer mulher que se preze e que seja minimamente inteligente, vai mandá-lo às urtigas.
Outro Cenário: Já estão a ter uma agradável conversa, quando ela diz:
Mulher: Tenho sede, pagas-me uma bebida?
ADE: Não. Não acredito em pagar bebidas a mulheres que não conheço bem.
(Teoria para esta resposta: o homem só paga coisas às mulheres como recompensa de algo que já aconteceu. Parece que agora somos como os cavalos e elefantes de circo, que são compensados com um cubinho de açúcar depois de terem executado bem o malabarismo a que se propunham.)
E o ADE continua: Mas podes pagar-nos tu umas bebidas e depois de nos conhecermos melhor, pago eu.
No comments.
Cenário: A conversa estava a correr bem e já no final a mulher diz:
- Estou a gostar de ti, pagas-me uma bebida?
(Aqui o ADE não pode dizer que não, uma vez que ela já deu o primeiro passo ao dizer que gosta dele. Qual a solução? Moeda de troca.)
ADE: Só se em troca me deres um linguado.
SOCORRO!
Em que mundinho vive este Senhor?!
Querem uma resposta à MM para esta última e assim de chofre sem ele ter tempo para perceber?!
MM: A madrugada já vai adiantada, mas ir agora a uma lota comprar peixe não faz parte dos meus planos para acabar a noite.
E assim que dizia isto, virava costas em grande estilo e caminhava determinada para qualquer sítio BEM LONGE DELE, nem lhe dando a oportunidade de responder.
Claro está que isto não era viável de acontecer com a minha pessoa, porque tenho-me em conta como uma good judge of character e não iria dar oportunidade a um homem que sofresse sérias probabilidades de se sair com uma pérola daquelas, mas pode acontecer e nesses casos teria de me valer do meu sentido prático de resposta sempre pronta e desertar bem rápido. ;)
Não percam os próximos capítulos!
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