Maldades, Maldades... Adoro Maldades!

Para apreciadores de "maldades" com nível, requinte e inteligência, que sabem saborear humor sátiro... Pautado por visões "dark side" do quotidiano.

segunda-feira, 11 de junho de 2018

Palavras

Que queres que diga?!
Não disse já o suficiente?
Nem sequer te dás ao trabalho de escutar o que te digo.
Para ti são só palavras...
Umas atrás das outras, sem qualquer significado.
Porque mas pedes, então?!
Queres que te diga que não aguento mais,
que não me dás o devido valor?
Ou que já não suporto a tua indiferença
e que a tua presença me dilacera?
Que me mata esperar pelo que tarda
e que o silêncio já nada me diz?
Que os teus braços não mais me alcançam,
e que a tua boca em nada me acalenta?
Diz-me, que mais posso dizer?!
Que a chama não mais aquece,
que só o frio me acolhe
e que a dor é tão profunda
e as lágrimas tão ácidas...
Que já nada me resta a não ser...

... Mas tu não me ouves!
Não sei por que ainda insisto,
por que me dou ao trabalho!?
Queres palavras?
É isso que queres?!
Tenho só mais uma:
ACABOU! 

Nota: Encontrei isto escrito há anos e em rascunho. Aqui fica a quem interessar. :)

sexta-feira, 8 de junho de 2018

Sabes que estás com falta de sexo quando...

... Começas a olhar para os rabos e partes da frente de calças de ganga dos teus colegas (sim! COLEGAS) por quem tens ZERO interesse sexual (que nem sequer te atraem ou fazem o teu género) e pensas: "que grande foda que te dava!".

Estou péssima... SOCORRO!!!

"Like Riding a Bike"

Disse há muito pouco tempo a uma amiga que sentia falta de escrever no blogue, mas que não o fazia porque já não sabia que tipo de MM era e se ainda tinha algo para escrever.

Isto porque sempre escrevi melhor estando deprimida (na fossa mesmo) e infeliz.

Se estou na boa e feliz?! - Também não, mas felizmente tenho amigos que substituíram esta minha necessidade de desabafar e exorcizar o que sinto e que me fazia debitar para aqui tipo catarse.

Mas afinal, parece que não há melhor sensação do que estes monólogos escritos e que não geram interacção desse lado.

É poder dizer TUDO o que quero, independentemente do tamanho e/ou nível de disparate que for, e saber que NINGUÉM me irá interromper para dizer: "estás a ser parva". E isso, é impagável.

E sim, continuo a ter MUITO disparate para dizer.

E assim, voltei. E é realmente "como andar de bicicleta". As palavras surgem fluidamente, os dedos voam sobre o teclado e tudo volta a fazer sentido ao ponto de me questionar: "porque é que deixei de fazer isto?".

Mas sei porquê.

Por que estando bem comigo mesma e estando orgulhosa do que sou, de quem sou e do que alcancei... Não sei o que esta MM tem a dizer ou a oferecer neste espaço.

E nem deveria estar preocupada com isso. O espaço é meu, lê quem quer e quem não quer "bye-bye" e basicamente, não tenho nada a perder.

Então porquê?!

Por que tenho medo. Sim, medo.

Medo de constatar que afinal nada mudou. Que "it's the same old MM" e que ande (talvez) a viver na ilusão do faz-de-conta que "és uma mulher adulta e bem resolvida e que não passas da mesmíssima infeliz que só parece estar bem na fossa". Chegar a essa conclusão seria catastrófico. E como se tornou hábito ouvir da minha boca ultimamente: "não tenho capacidades para lidar com isso". :(

Porque é assim que ando. Sem paciência, sem tolerância, para lá do limite do aceitável ou suportável e COMPLETAMENTE exasperada com TUDO e com TODOS.

E não, não é assim que quero andar e mais! Não é assim que me quero sentir.

Por isso, 'bora voltar a isto... Ver o que sai daqui e satisfatório ou não, divertido ou não, interessante ou não... Ao menos, tentei. E não há pior arrependimento no falhanço do que nem sequer ter tentado.

Malta, bem vindos e vamos nessa! :)

quinta-feira, 7 de junho de 2018

WTF II?!?

Depois de ANOS desaparecida é isto que tens para dizer?!?

Hummm... Sorry! Para já, parece que sim! :)

WTF?!

Para que fique bem claro, amo-me como sou e não me trocava por ninguém.

Dito isto, é óbvio que não sou perfeita e mudaria coisas em mim, se pudesse. E falo a nível físico, pois a nível de feitio, personalidade, ideias, etc. sou já muito diferente e continuo a fazer por melhorar (na minha perspectiva, claro. Pode haver quem ache que seja piorar).

A nível físico, pratico desporto, cuida da alimentação e a minha genética apesar de todos esses cuidados, não me permite ser uma pessoa "magra". Não, não sou gorda. E o mais magra que já tive (até mesmo abaixo de peso, medicamente falando), nunca (mas tipo NUNCA) suscitou um comentário de "Ah MM estás tão magra!".

Porquê?

Por que sou de estrutura óssea larga, possante... Sou portanto, bem constituída. E contra ossos, não há treino ou alimentação (ou até mesmo passar fome, acaso fosse o caso - não é), que resolva.

Agora a questão está, que de repente todo o mundo quer ser saudável e todo o mundo é obcecado com o ginásio e todos querem ser armários (no caso dos homens) e top models (no caso das mulheres) e tudo o que seja diferente desse estereotipo, não encaixa e logo: é gordo(a). 

Resumindo: acho que é assim que me vêem: como uma gorda.
 
E tenho sentido isso, por vários comentários (ou melhor, a falta deles) por parte de alguns homens mais próximos e do meu convívio do dia a dia.

Exemplo: fui hoje ao osteopata. Ele está a explicar-me que as articulações que sustentam as minhas ancas estavam sob pressão. Gracinha da MM: "pois, coitadas... Acredito, suportarem essas ancas do tamanho de África não deve ser fácil".

Um homem normal (é pá, desculpem, mas sim: NORMAL), mesmo que constatasse o óbvio (tenho ancas largas), diria algo do género: "pois, mas não se preocupe que também está bem para sua estatura e peso (que a questão é essa: estou mesmo), mas não... Riu-se envergonhadamente e NÃO DISSE ABSOLUTAMENTE NADA. Ou seja: "quem cala consente".

Pior: o tipo é SUPER bom, mas daqueles tipo "comia-te todo já aqui e agora com direito a várias repetições BOM", percebem? Mas pronto, eu não sou boa o suficiente para o menino que faz ginásio desde os 16 anos e que não sendo armário (que detesto, by the way), é bom, mas SENHOR BOM.

E isto já não é a primeira vez que me acontece e com outros homens noutros contextos. 

Sinceramente, não sei que pensar. Falta de auto estima é uma cena que não me assiste e eu sei que não sou gorda. Sim, também sei que não sou uma super top model (nem nunca poderia ser, com as ancas largas e rabo cheio), mas eu A-DO-RO ser curvilínea e sempre me senti bem com as minhas formas femininas.

Até!

Acho que começo a deixar de me sentir... Não me sinto desejada, Mulher e isso começa a perturbar-me.

E a questão que se impõe é: passa-se algo de errado comigo (em mim) ou com os homens à minha volta (e quiçá do Mundo)?

Pergunta para dissertação futura...