Maldades, Maldades... Adoro Maldades!

Para apreciadores de "maldades" com nível, requinte e inteligência, que sabem saborear humor sátiro... Pautado por visões "dark side" do quotidiano.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

As Únicas Três Coisas...

... Que me apetecem são:

- Dormir;
- Comer;
- Foder.

... Louca e desenfreadamente e não necessariamente por esta ordem.

Uma vez que só posso fazer uma delas, já que comer está fora de questão a menos que queira concorrer ao próximo "Peso Pesado" e da última vez que verifiquei o foder requeria (no mínimo) um parceiro, será que alguém me faz o favor de explicar como é que se dorme com fome e com tusa?!

On Killing Edge

E eis que tudo parece estar a descambar novamente!

O cansaço está a tomar conta de mim e a ocupar todas as células, todos os meus neurónios, TODO o meu ser e alminha.

Não aguento mais! E por ter chegado a esta fabulosa conclusão, vou tirar esta 5ª e 6ªf e a próxima 2ªf. O problema está que ainda que vá ajudar, não me irá de todo resolver o problema. :(

Ando permanentemente no limite. Tenho pensamentos que me metem medo, tenho vontade de gritar (berrar é o melhor termo), espernear, bater (espancar é mais correcto) e matar com elevado grau de requintes de malvadez a roçar o dantesco e macabro.

A sério! Se algumas das pessoas com quem partilho o meu dia-a-dia fizessem uma pequena ideia do que cá vai dentro, escondiam-se, sendo que algumas teriam mesmo de desaparecer do mapa.

Como se isto já não fosse mau o suficiente... Os meus sonhos voltaram.

Que sonhos? - Perguntam vocês (ou não).

É claro que sonho todos os dias e lembro-me SEMPRE dos meus sonhos com exactidão. Deve ser por isso que não descanso o suficiente. Este cérebro não pára. Aliás, vendesse eu alguns dos meus sonhos a Hollywood e amigos... Óscares garantidos! ;)

Falo dos sonhos onde a constante presença do R me "persegue". Habituada a sonhar com ele, estou eu há anos. Mas sonhar em dois sonhos distintos numa só noite... É pah, menos!

É uma questão que me perturba. O por quê do meu cérebro andar sempre a repescá-lo. O por quê do meu inconsciente me fazer passar por esta privação e esta angústia. Por quê?!

Enfim... Hoje é para mim 6ªf e por isso vou ter de me aguentar.

Bom dia para todos!

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Recordes

Bati dois recordes a semana passada.

Fiz quatro vezes por semana 7Km de caminhada.

Na 5ªf lambuzei-me com um petit gâteau a seguir ao jantar e na 6ªf depois de um jantar super saudável (omellete e salada) comi dois mega crepes com mel, canela e gelado. Ou seja, bati o recorde da estupidez e da gula ao mesmo tempo. 

Eu sou boa nesta coisa de bater recordes. ;)

Boa 2ªf para todos!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Não Digam a Ninguém...

... Mas hoje depois de uma caminhada de 7km, cheguei a casa, tomei banho, comi um prato de sopa e acabei de me lambuzar num petit gâteau com morangos.

Shame on me. I know. :(

Published with Blogger-droid v2.0.4

Quantas Desculpas...

... Conseguem vocês inventar no espaço de 3 milionésimos de segundo para não irem trabalhar?!

Muitas, amigos! MUITAS!!!

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Não Há Carnaval?!

Pois não! E por não haver Carnaval é que hoje me cruzei com cerca de 20 automobilistas, com cerca de 10 peões e não vi um único autocarro.

Se houvesse Carnaval era certo que não me cruzava com ninguém.

Pois, não são só as escolas que pararam. Mas será que essa gente (Governo) não entende que à força e contra vontade não levam a malta a lado nenhum?!

Para mim é complicado aceitar que essa gente não entenda isso. É que não tem ciência nenhuma. Será que não percebem que será sempre assim? Que um português revoltado ainda que se veja obrigado a trabalhar, vai fazer pior, ser pior?!

Enfim... Também vos digo uma coisa. Os que irão tirar este dois dias (hoje e amanhã), são os que podem. Os a quem não lhes faz diferença ao final do mês. Ou seja, quem irá trabalhar são os mesmos de sempre. Os que precisam. Os que ainda que revoltados com esta realidade se vêem obrigados a trabalhar por não poderem dar-se ao luxo de dar voz à sua revolta, por serem sempre os mesmos a sacrificarem-se por um país que não lhes oferece nada e que só favorece os de sempre.

Dito isto, meus amigos, bom Carnaval! Eu ando mascarada de palhaça o ano todo, por isso mais estes dois dias, não farão grande mossa. ;)

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

In My Dreams...

Cada vez mais tenho a certeza de que as caminhadas ao final do dia me fazem bem.

Primeiro, pelo motivo óbvio do exercício e depois por que durmo bastante melhor. É verdade quando dizem que o exercício ajuda a expulsar as energias negativas e a expurgar a alma - Isto foi demasiado profundo dado o contexto, mas hoje é 6ªf, logo tem desculpa.

E se a minha alma precisa de ser expurgada. Diria mesmo que precisa ser exorcizada, tal não é o gelo que a habita e que me tem dado momentos de absoluta esquizofrenia assassina.

Mas não é sobre isso que vos quero escrever. Quero dizer-vos que esta noite, nos meus sonhos, conheci o homem da minha vida. Esperem, emendo! O homem dos meus sonhos. LOL!

E tenho a dizer-vos que é exactamente o oposto do que me atrai nos homens na vida real. Se calhar é esse o meu problema. Se calhar ainda não encontrei o homem da minha vida, não por que ele não exista (not), mas por que não estou a focar-me no tipo de homem certo.

Pois bem, é já conhecida a minha tendência para homens mais velhos. Mas mais velhos, com um margem máxima de 10 anos. Quero um homem. Não quero nem um pai, nem um avô. Apesar de não gostar de generalizar, tenho mais tendência para homens morenos, com olhos e cabelos escuros.

No meu sonho, estou numa cantina com a minha mãe (coisas de sonhos) quando um belo ragazzo que aparenta ter a minha idade (28 anos) tropeça em mim com o seu tabuleiro. Olho para ele, que a custo tenta equilibrar o conteúdo do mesmo e quando ele finalmente olha para mim, com os seu lindos olhos azuis para me pedir desculpa, algo acontece.

Ele é alto, com o corpo bem constituído, pele clara e cabelo castanho claro. Pede-me desculpa e dou por mim a convidá-lo a sentar-se à nossa mesa (isto tudo enquanto a minha mãe tinha ido buscar comida para nós duas).

Quando a minha mãe chega, encetamos numa agradável conversa e quando dou por ela, o rapaz que é um chef profissional, é convidado para preparar os menus da nossa festa (?).

Já na festa, o amor acontece quando ele, por um acidente provocado por um dos empregados de mesa a recolher os pratos na cozinha, se corta numa mão. Eu não sei por que sou chamada para fazer o curativo, mas pareceu-me ser a única com estômago suficiente para ver sangue.

O corte não era assim muito profundo, mas era o suficiente para causar dor e precisar de levar pontos. Enquanto faço o melhor que consigo para estancar o sangue e levá-lo para o hospital, dou por mim perdida naquele olhar que sussurrava directamente à minha alma.

E foi assim. Não aconteceu nada. Lamento desiludir-vos, mas acordei com a sensação de que conheço o rapaz. Onde, de onde, quando e como... Não sei! Acho que nunca o vi na vida. Mas que a minha alma o reconheceu... Isso sim!

E sim, eu sei que isto é a necessidade besta que eu tenho em encontrar um sentido, um sentimento de pertença nesta vida. Mas ainda que tenha sido apenas um sonho ridículo, hoje enfrento o meu dia com melhor humor (e isto não quer dizer com bom humor, já que o meu humor ultimamente roça a linha do homicídio).

Enfrento o meu dia com a esperança ilusória, mas já há muito perdida, de que talvez (só talvez) o que eu tanto precise ande aí... Somewhere out there just waiting for me.

Boa 6ªf!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Porquê?

Às vezes paro a pensar o porquê de sentirmos determinadas coisas que se revelam impossíveis de ter.

Por que é que nos apaixonamos por alguém que nunca nos corresponderá? Por que é que sentimos falta de algo que nunca tivemos e muito provavelmente, nunca teremos?

Por que é que o nosso coração teima em procurar conforto onde nunca o encontrará?

Porquê?

Será algum tipo de cruel desígnio que simplesmente gosta de nos ver sofrer e debater questões e sentimentos impossíveis de lidar com?

Não sei!

Apenas sei que é assim que me sinto ultimamente. A sofrer com sentimentos que não me levam a lugar algum. A desejar coisas que não se revelam ao meu alcance. Nem actual nem futuramente. E pergunto-me por quê. Por que é que teimo eu em persistir no que nunca será?

E se me considero uma pessoa minimamente inteligente e consigo perceber isso, então por que não muda o meu coração de direcção? Por que sinto eu dentro de mim, no mais profundo abismo da minha alma que devo sofrer por algo que sei ser meu ainda que possa nunca vir a ser?

Perguntas e mais perguntas... Sentimentos e convicções aos quais não posso, não consigo dar uma resposta lógica e coerente.

Conseguirei alguma vez?

Gavin DeGraw - I Don't Want To Be



Descobri este menino há uns dias e estou a gostar das músicas dele.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Saudade, Amor...

Estão a ver aquela mosca cuja picada dá sono? A mosca tsé-tsé? - Pois, se calhar não estão a ver e ainda bem, mas imaginem, sff.

Pois! Algo semelhante me está a atacar de há uma/duas semanas para cá, mas que em vez de me provocar sono, está a provocar-me uma saudade imensa e sem fim.

Há duas semanas atrás tive uma discussão com o meu doce (para os que não me acompanham, é "só" um dos meus melhores amigos e uma das pessoas mais importantes na minha vida. Somos amigos há 16 anos. Vivemos uma fase mais "colorida" durante 5 anos e eu não consigo simplesmente abdicar dele). 

Eu, que já aqui me tinha queixado da minha falta de capacidade de verter uma lagrimita que fosse, chorei e chorei como já nem eu me lembrava saber fazer. Aliás, houve um período da minha vida em que chorei tanto que pensei ter esgotado todas as futuras lágrimas. Mas não! Senti-me magoada no meu âmago, na minha alma e pensei: "se uma pessoa que me conhece há uma vida me consegue fazer isto, como posso eu esperar que qualquer outra pessoa acabada de conhecer me faça diferente?" - E sim, sei! Pus-me a generalizar e a dramatizar, mas foi para o que me deu. Acreditem que podia ter sido pior.

Bem... Resolvidas as coisas entre nós, já que não conseguimos estar chateados durante muito tempo, porque magoa-nos demais, começou a dar-me esta saudade.

Todos os dias, desde então, sou assolada por memórias já perdidas no tempo, de tempos que eu sinto falta. E daí ontem o meu post sobre o R. Mas não é só com o R. É com tudo! 

Todas as noites adormeço ao sabor das minhas lágrimas, todos os dias acordo ao ritmo do meu lamento e apesar de eu ter a perfeita noção de que isto não pode continuar assim, não encontro em mim as forças e nem tão pouco o estado de espírito para sair daqui.

Sinto-me tão, mas TÃO sozinha! Sinto-me tão sem propósito, tão sem objectivos que simplesmente não percebo o que ando aqui a fazer.

Costumo dizer que só ainda cá ando, porque gosto de mim. Mas até quando este gostar de mim me vai chegar eu não sei dizer. 

"Se eu não gostar de mim, quem gostará?" - Eu tenho muita gente a gostar de mim, a amar-me até. Mas aquele amor que eu sinto precisar, eu não o tenho. E não o tenho, porque se calhar ele não existe dentro de mim... Não sei! Estou sozinha há tantos anos, que dou por mim a pensar que se calhar o problema está em mim.

Dizem que a pessoa que somos e a personalidade que temos, é construída e completada (já que acredito que 50% dela seja inata e que nasce connosco) por uma série de factores externos, como a nossa criação, os nossos pais, etc.

Se o amor que recebemos dos nossos pais sempre foi mal direccionado e muito incorrectamente manifestado... Será que posso afirmar que a culpa do que sou hoje resulta dessa disfunção? Não posso! Não é justo e nem seria correcto. Sempre esteve nas minhas mãos fazer diferente daquilo em que fui criada. Não sei. Honestamente, não sei!

Sei que raros foram os momentos em que me senti incondicionalmente amada e que precisava disso. Mas se esse amor incondicional só existe mesmo a nível parental... Que fazer? Se sempre senti que tinha de lutar por ser amada por eles, como se não fosse um amor que estive simplesmente ali para mim, mas um amor que eu tinha de trabalhar e esforçar por receber?

Enfim... Já perceberam que estou a passar por uma fase muito complicada.

"It's all comming back to me now"... Como se eu já não tivesse o suficiente que me preocupasse.

Há-de passar. Mas isto passo eu a vida a dizer e ainda que na verdade passe... Acaba por voltar. Volta sempre e acredito que volte sempre, porque nunca é resolvido.

Happy Valentine's Day!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

O Primeiro Beijo

Não, não vou falar sobre o meu primeiro beijo. Vou falar sobre o primeiro beijo de cada novo relacionamento.

Não há nada igual a ele. É um beijo que vai carregado de ansiedade, expectativas, timidez, receio... É um beijo envolvido numa áurea de desconhecimento e mistério... Enfim... Pode até não ser o melhor beijo do mundo, mas será certamente aquele que nos fará sorrir com saudosismo de cada vez que pensamos nele.

E ontem, dei por mim a pensar no meu primeiro beijo com o R.

É verdade que isto já me tinha passado, mas ontem não sei como e nem porquê dei por mim a pensar nele e nas coisas que vivemos, nos momentos que passamos juntos e que ainda hoje, guardo em mim, na minha pele e no meu ser, com saudade e carinho.

Continuo a não compreender, passado todo este tempo (2 anos) por que é que me tocaste da maneira que tocaste. Mas a verdade é que me lembro de ti mais vezes do que as desejadas.

Dou por mim a pensar se não pensarei em ti por egoísmo. Pelas coisas que despertaste em mim, pelos sentimentos que me transmitias, pela segurança que me passavas... Ah, as saudades que eu tenho dos teus abraços! Eu que nunca fui uma "huggler", fiquei completamente viciada nos teus abraços. Dias há que que dava qualquer coisa só por um abraço teu. E sim eu sei que já disse isto um "milhão" de vezes e também não estou à espera que compreendam como é que se pode sentir falta de abraços desta maneira... Mas os abraços do R sempre foram especiais. Foram abraços que me aconchegaram a alma e isso será muito difícil igualar.

Mas em relação ao nosso primeiro beijo. LOL! Fico automaticamente com um sorriso imbecil estampado na cara.

Estavas farto de me roubar beijos por tudo e por nada e eu nunca retribuía. Fugia de ti e dizia que não podia ser. Estava com sérios problemas em ter esse tipo de intimidade contigo e ainda que quisesse (e queria. Aliás, ainda hoje em dia quero), não conseguia encontrar em mim o desbloqueio para te dar um beijo. 

Quando finalmente te expliquei isto, tu ficaste algo indignado. E ao contrário do que possam pensar, vocês os que me estão a ler agora, ele não ficou indignado do género ofendido por eu não conseguir corresponder aos beijos dele. Ele ficou indignado porque achava que eu o beijava aquando dos beijos roubados que ele me ia dando. E eu desatei-me a rir na cara dele e disse-lhe: "mas isso não foram beijos. Foram beijinhos e eu nem sequer correspondi". Deixei o rapaz super acanhado. Foi tão engraçado que ainda hoje me lembro da expressão dele.

Então diz-me ele: "ok, então se achas que foram beijinhos, podemos tentar dar um beijo a sério..." e começa a inclinar-se em direcção a mim, mas muito devagarinho numa de "não fujas de mim".

Eu numa luta interna completamente injustificada, fiz os possíveis para não me mexer e fiquei à espera de sentir os teus lábios nos meus.

Quando finalmente juntas os teus lábios aos meus, não me deste um beijo invasor. Ficaste gentilmente à espera da minha deixa, de um sinal em como podias continuar e quando eu (muito a custo, confesso) me rendi e comecei a corresponder, tu interrompeste o beijo, saíste porta fora do carro (sim, estávamos no carro dele), levaste a chave contigo (até hoje continuo a achar que tinhas receio que eu arrancasse e fugisse de ti), arregaçaste as mangas da camisa, tiraste a camisa de dentro das calças, praguejaste, meteste a cabeça ao nível da janela, espreitaste lá para dentro, para mim e perguntaste-me: "o que é que foi isso, mulher?".

LOLOLOLOLOL! Eu que sabia que não estava a ser um mau beijo e estava a achar a reacção dele uma delícia, digo com o meu ar mais inocente de menina casta: "isso fui eu a tentar corresponder ao teu beijo...".

- "A tentares?! Mulher... Então, por favor, não me beijes mesmo que eu..." e continuaste a praguejar e andar de um lado para o outro, mas no mesmo sítio.

Quando te acalmaste o suficiente e voltaste a entrar dentro do carro, agarraste em mim e beijaste-me fogosa e ardentemente até ficarmos os dois sem fôlego e noutro planeta. Quando o beijo acabou por motivos de força maior (tipo, respirar), olhámos um para o outro numa "mas o que é que é isto?", e ouvimos a voz do José Castelo Branco que tinha estacionado o seu Jaguar ao nosso lado e estava a conversar com o irmão do Manuel Luís Goucha.

Desatamos os dois a rir e achámos melhor sair dali, antes que a libelinha se assustasse com o calor que emanava do carro do lado.

E foi assim o nosso primeiro beijo. Aquele que eu conto como primeiro. E de todas as vezes que me lembro disto,  desato-me a rir. Também é impossível não rir com uma história destas. Ouvir a voz daquele senhor (?), vestido qual árvore de natal ali mesmo ao nosso lado, depois de um momento tão... TÃO!

E são momentos como este que eu faço por guardar. Momentos em que me senti bem. E eu já há tanto tempo que não sei o que isso é.

Gostava de voltar a sentir-me assim. Com aquele formigueiro infantil no estômago só com a expectativa de ver um alguém... De me sentir querida e desejada... Enfim! Sinto falta. PONTO.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Gavin DeGraw - Not Over You



Acabei de ouvir na Rádio Comercial e gostei!

Mais do Mesmo? Talvez!

Não imaginam a quantidade de vezes que, ao longo desta semana, abri o blogger para escrever um post. Depois de achar que seria mais do mesmo, optei por fechar o blogger e limitar-me a ler as novas publicações dos blogs que sigo.

Mas ontem à noite, dei por mim a pensar: "o meu blog é uma espécie de diário onde vou chutando tudo o que me apetece, na esperança de aliviar um bocadito o turbilhão de sentimentos, emoções e pensamentos que se vão passando cá dentro da minha cabeça... Então temos pena!".

Pois é, caros leitores! Não me interessa se vou escrever mais do mesmo, se vocês sequer se irão dar ao trabalho de ler. O blog é meu e eu escrevo sobre o que me apetece. E digo mais, os de vós que pensarem em fazer comentários mordazes sobre eu ter a mania que sou uma coitadinha ou estar a vitimizar-me, escusam de se dar ao trabalho. 

Não sou uma coitadinha e não me vitimizo. Falo/escrevo sobre a minha realidade, a minha vida. E que eu saiba, não são vocês a vivê-la. Por isso não vale a pena mandarem-me "arregaçar as mangas" e fazer o que quer que seja, pois é só (e somente mesmo) devido à minha grande força e luta que tenho o que tenho na vida e que estou onde estou. 

Por isso, poupem-me os moralismos que assentam simplesmente numa realidade que vocês não conhecem (escusado será, também, dizer que mesmo que comentem, não irei publicar esses comentários e nem perder o meu sono com o que ler neles, ok?). Dito isto...

Ontem, enquanto estava nas limpezas da casa, dei-me conta de que me estavam a faltar alguns bens necessários e indispensáveis. Detergentes para o chão e louças, recargas de esfregona, panos multiusos, detergentes para as máquinas, etc. Pensei: "bem, vou acabar isto, tomar banho, jantar e depois vou ao Continente Online fazer estas comprinhas".

Meus amigos, que a vida está cara e custa caro, já eu sabia. Mas como ultimamente ando a fazer as compras aos bochechos lá para casa (ou seja à medida que preciso das coisas), não me tinha apercebido desta dimensão absurda.

Ontem, ao adicionar ao carrinho de compras os tais detergentes e acessórios de limpeza, aproveitei para comprar produtos de higiene (shampoo, pasta dentífrica, produtos de higiene íntima), papel higiénico, rolo de papel de cozinha, águas, leite, açúcar,  cereais e coisas BÁSICAS que TODA a gente usa e precisa.

Quanto olhei para o valor total do carrinho, até fiquei doente. Cerca de 100€. Achei aquilo um absurdo e revi a lista toda, até porque optei por marcas brancas sempre que pude, com um ou outra excepção já que há um ou outro produto que prefiro que seja de uma marca específica da minha preferência.

Não tinha nada a tirar. Estava tudo certinho, com as quantidades certas (média de um produto de cada) e o meu comentário out loud foi: não tenho dinheiro que chegue para comprar isto.

Reservo cerca de 50€ para este tipo de compras mensais, já que como nos meus avós e não tenho a necessidade de comprar muita coisa. Pagar quase 100€ está completamente fora do orçamento.

Tive de, infelizmente já não pela primeira vez, tirar produtos da lista na esperança de me aguentar até ao final do mês sem precisar deles.

E para os que possam estar a pensar "dizes que não tens dinheiro e fazes compras online a pagar custos de envio etc", digo-vos que pago 6€ para me irem levar as compras a casa e que iria gastar bem mais em gasolina, paciência, stress e cansaço físico.

E pronto, é esta a minha realidade. Precisava de ganhar, no mínimo, mais 300€/mês. Isto para me sustentar a nível de alimentação e deixar de ser um fardo para os meus avós. É claro que continuaria a levar esta vida de sacrifício e de casa-trabalho e vice-versa... Mas se pensarmos bem, além de que seria bastante mais positivo do que é agora, isso ao menos quer dizer (ainda actualmente) que eu tenho uma casa e um trabalho.

A única coisa que me dá um alento depois disto tudo é que a minha LL (a minha irmã de 10 anos, para quem não me acompanha e não sabe quem é) vem passar o fim-de-semana comigo.

Mas confesso-vos. Dá-me alento, mas ao mesmo tempo dá-me tristeza. Ela pediu-me coisas básicas para o nosso programa de fim-de-semana, como ir ao Mac e ao cinema e eu estou a tentar perceber como fazê-lo. E sim, a questão é sempre a mesma: falta de dinheiro

É triste, mas é a isto que está resumida a minha vida. Haja saúde para trabalhar é o que peço dia a dia (a quem ou ao quê, não me perguntem).

Vou tentar convencer a minha LL a ir ao Aquário Vasco da Gama no domingo de manhã que as entradas são grátis, a ver se a desengano de parte do resto (sim, porque do Mac ou do cinema não me escapo. Vamos ver qual dos dois ela escolhe), aliciando-a com um programa diferente e didáctico.

Boa 5ªf para todos!

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Pensamentos

Que levo uma vida de parva, já toda a gente sabe. Esta semana então, tem sido o cúmulo da parvoíce.

Com o frio que está e com o não poder manter o aquecedor lá de casa ligado muito tempo, pois a conta da luz não perdoa e já o mês passado tive de pedir dinheiro emprestado para a pagar... Tenho chegado a casa (depois do jantar às 19h com os meus avós), tomado banho e enfiado-me na cama. O que quer dizer que às 20h30/21h estou na cama.

Que mal tem isso? Mal nenhum... Eu adoro estar na cama, quentinha. Só é triste os motivos que me levam a estar na cama tão cedo.

Como nem sempre tenho o sono suficiente para dormir (sim, porque o cansaço esse tenho-o sempre) e ler um livro significa deixar as extremidades de fora e eu não aguento, acabo por me enfiar toda (literalmente) debaixo dos lençóis e cobertores e deixo a mente vaguear.

Está-se mesmo a ver que essa combinação não tem sido nada feliz, certo? A minha propensão ao drama não ajuda nada.

Ontem dei por mim a pensar na minha infância, no meu percurso enquanto ser humano e quando dei por ela... Escorriam lágrimas silenciosas pelo meu rosto abaixo, molhando a minha almofada, sendo somente aí que me apercebi que chorava.

Há quem acredite numa qualquer espécie de destino e justiça divinal (ou concertação universal), mas se assim é eu fui esquecida.

Sinto-me tão cansada. Cansada de não ter sido criança (e daí fazer um grande esforço para que e minha LL o seja), cansada de ter crescido à força, cansada de ser adulta desde que me lembro de ser gente, cansada de nunca ter tido a vida que eu acho merecer. 

Nunca fiz mal a ninguém. Não desejo mal a ninguém. Não sou egoísta, nem invejosa, peco muitas vezes pelo meu altruísmo e boa vontade. É claro que não sou perfeita. Ninguém o é, mas não encontro em mim razões que, de alguma forma, possam justificar a quantidade de "azares" e dificuldades que pautam a minha vida.

Dei por mim a chegar à conclusão de que sou sozinha. E ser sozinha é muito diferente de ser solitária, como tantas vezes digo que sou.

Cresci a puder contar única e exclusivamente comigo, a ter-me como melhor companhia e melhor conselheira. Os meus pais, que nunca o souberam ser, não podem ser culpados por toda a minha miss fortune, mas penso até que ponto não terão sido os responsáveis por parte dela.

Penso em como as coisas poderiam ter sido diferentes e, ainda que isso não adiante de nada, não consigo evitar o sentimento de que, sem ter culpa, sempre carreguei com um fardo demasiado difícil e pesado.

A minha avó acolheu-me em casa dela numa altura em que o desespero tomava conta de mim e acredito, até hoje, que foi por esse "resgate" ter acontecido que as coisas não acabaram dramaticamente para mim nessa altura.

Sinto falta da minha avó. Foi a minha avó que me ajudou a ser mais humana. A conseguir aceitar ajuda e carinho sem ter de obrigatoriamente dar algo em troca. Foi um percurso difícil, mas ela foi a grande responsável por hoje ser uma pessoa mais dócil, mais "aberta" emocionalmente falando.

Agora sem ela, são os meus avós paternos que assumiram essa função e dei por mim a pensar que será de mim quando também eles "me" deixarem...

Sim, tenho as minhas irmãs. A DD leva a vida dela nada, mas mesmo NADA fácil e só eu sei o que gostava de poder ajudar. A LL é ainda uma criança e faço os possíveis para a proteger, não deixando no entanto de a tentar preparar para este mundo tão injusto. Os meus pais... Nem vale a pena ir por aí...

Todos os que aqui me acompanham desde o início, sabem que nunca senti o apelo da maternidade e que nem faz parte dos meus planos ser mãe... Que será de mim?

Serei uma velha resingona, mal humorada e com mau feitio sem ninguém para me "amansar" ou sequer prestar os cuidados básicos. Serei tão sozinha quanto sempre me senti.

E qual será a diferença entre esse meu futuro e o meu presente?

Hoje, no presente, ainda tenho esperança. Pouca, mas está lá. No futuro, nada me restará a não ser a certeza da morte, com o constante lamento de que ela me leve qual gentil amante para o mundo do esquecimento onde na realidade sempre pertenci.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

...

Tenho cada vez mais a certeza de que algo de muito errado se está a passar comigo e em mim.

Não é possível que, de há uns tempos para cá, as coisas e principalmente as pessoas à minha volta se tenham degradado desta maneira. E por eu achar não ser possível, é que digo que o problema está em mim. Só pode.

De dia para dia, desgasto-me até muito perto da exaustão. Todos os dias é um teste ao meu limite, que me parece estar a perder a "elasticidade" tal é forma como é esticado. Todos os dias é uma constante luta interna e eu simplesmente não aguento mais.

Todos os dias sou confrontada com gente mal educada e sem formação. Pessoas que não se dão ao respeito e logo não sabem respeitar. Pessoas que não conseguem ter uma atitude lógica e coerente. Pessoas completamente irracionais e eu não suporto mais.

Estou a ficar completamente alérgica às pessoas. Não encontro em mim a capacidade de conseguir lidar com este tipo de gente. Fico louca. Desgasta-me! Consome-me!

Se eu já sou uma pessoa solitária por natureza, começo a ficar com o receio de me alienar de vez da sociedade. 

Não encontro em mim a paciência, a tolerância para aturar o dia-a-dia. E o problema disto só pode ser meu. Não terão sido certamente as pessoas que enlouqueceram como eu acho que enlouqueceram.

Quando toda a gente à nossa volta aparenta pertencer à "normalidade" com tamanha facilidade, quem se sente à margem é que está mal, certo? Quem pensa diferente é que está errado, certo?

Fazer parte do tipo de mundo que eu observo, levar-me-ia a ser o tipo de pessoa que eu não tolero. Far-me-ia ser mais um carneiro no rebanho a seguir o "pastor" de forma ordeira e encarar isso de forma natural... Mas não! Eu, como em tudo, pareço destinada a ser a "ovelha negra".

Até quando? Às vezes dou por mim a pensar que seria bem mais fácil viver assim. Seguir a horda como os demais... Mas por que é que isso tem de ir tão contra a minha pessoa?! Que raiva que eu sinto de mim! 

Sou eu que causo este mau estar a mim própria. Sou eu a culpada! E eu não sei como ultrapassar isto. Honestamente que não sei...

... Quando até as pessoas que melhor nos conhecem e que mais amamos, conseguem fazer parte desse grupo de pessoas e magoar-nos e desgastar-nos como os restantes demais... O que resta fazer?!

Não consigo! Não encontro em mim as forças para... Simplesmente não tenho paciência.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Sobre O Meu Constante Uso Do Inglês

Não, não é mania minha. Simplesmente acontece que eu de há uns bons anos para cá, leio todos os livros em inglês.

As séries de TV que acompanho e por estar sempre tão ávida e sacá-las logo, vejo-as no original e sem legendas.

Se achava que no meu anterior emprego tinha de falar bastante inglês comparando com este, esse "bastante" não foi nada. 

Passo os dias a falar e até mesmo a escrever em Inglês, já que sou responsável pelas importações e exportações da empresa.

Quem me conhece e convive comigo diariamente, costuma dizer que dada a dificuldade que tenho em expressar-me em português em algumas situações, que até deixo as pessoas à minha volta na dúvida de qual será a minha língua materna.

Para que não hajam dúvidas, sou portuguesa, nascida em Lisboa na bela freguesia de São Jorge de Arroios, sendo portanto um bebé da Maternidade D.ª Estefânia.

Gosto muito da minha língua (idioma, ok?) e sou completamente obcecada com o bom uso da nossa preciosa língua e por isso mesmo, COMPLETAMENTE CONTRA O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO, QUE JAMAIS ACEITAREI! (É pah, isto foi uma espécie de catarse. Sinto-me bem melhor!).

Não, não sou daquelas que deixava de falar a minha língua para falarmos todos uma língua universal, partindo do pressuposto que seria (já é) o Inglês, mas o Inglês é-me tão querido que o considero uma segunda língua materna.

Como se fosse aquela "mãe adoptiva" que nos acarinhou quando a nossa "mãe" não pôde estar presente, aquela que nos safa sempre que a nossa não o pode fazer...

E pronto! Eis as razões do meu recorrente uso ao Inglês. A todos os que se sintam afectados por esta tendência, as minhas sinceras desculpas, mas não pretendo ofender, ostracizar ou sequer armar-me.

Dito isto, have a nice day! ;)