Maldades, Maldades... Adoro Maldades!

Para apreciadores de "maldades" com nível, requinte e inteligência, que sabem saborear humor sátiro... Pautado por visões "dark side" do quotidiano.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

O Primeiro Beijo

Não, não vou falar sobre o meu primeiro beijo. Vou falar sobre o primeiro beijo de cada novo relacionamento.

Não há nada igual a ele. É um beijo que vai carregado de ansiedade, expectativas, timidez, receio... É um beijo envolvido numa áurea de desconhecimento e mistério... Enfim... Pode até não ser o melhor beijo do mundo, mas será certamente aquele que nos fará sorrir com saudosismo de cada vez que pensamos nele.

E ontem, dei por mim a pensar no meu primeiro beijo com o R.

É verdade que isto já me tinha passado, mas ontem não sei como e nem porquê dei por mim a pensar nele e nas coisas que vivemos, nos momentos que passamos juntos e que ainda hoje, guardo em mim, na minha pele e no meu ser, com saudade e carinho.

Continuo a não compreender, passado todo este tempo (2 anos) por que é que me tocaste da maneira que tocaste. Mas a verdade é que me lembro de ti mais vezes do que as desejadas.

Dou por mim a pensar se não pensarei em ti por egoísmo. Pelas coisas que despertaste em mim, pelos sentimentos que me transmitias, pela segurança que me passavas... Ah, as saudades que eu tenho dos teus abraços! Eu que nunca fui uma "huggler", fiquei completamente viciada nos teus abraços. Dias há que que dava qualquer coisa só por um abraço teu. E sim eu sei que já disse isto um "milhão" de vezes e também não estou à espera que compreendam como é que se pode sentir falta de abraços desta maneira... Mas os abraços do R sempre foram especiais. Foram abraços que me aconchegaram a alma e isso será muito difícil igualar.

Mas em relação ao nosso primeiro beijo. LOL! Fico automaticamente com um sorriso imbecil estampado na cara.

Estavas farto de me roubar beijos por tudo e por nada e eu nunca retribuía. Fugia de ti e dizia que não podia ser. Estava com sérios problemas em ter esse tipo de intimidade contigo e ainda que quisesse (e queria. Aliás, ainda hoje em dia quero), não conseguia encontrar em mim o desbloqueio para te dar um beijo. 

Quando finalmente te expliquei isto, tu ficaste algo indignado. E ao contrário do que possam pensar, vocês os que me estão a ler agora, ele não ficou indignado do género ofendido por eu não conseguir corresponder aos beijos dele. Ele ficou indignado porque achava que eu o beijava aquando dos beijos roubados que ele me ia dando. E eu desatei-me a rir na cara dele e disse-lhe: "mas isso não foram beijos. Foram beijinhos e eu nem sequer correspondi". Deixei o rapaz super acanhado. Foi tão engraçado que ainda hoje me lembro da expressão dele.

Então diz-me ele: "ok, então se achas que foram beijinhos, podemos tentar dar um beijo a sério..." e começa a inclinar-se em direcção a mim, mas muito devagarinho numa de "não fujas de mim".

Eu numa luta interna completamente injustificada, fiz os possíveis para não me mexer e fiquei à espera de sentir os teus lábios nos meus.

Quando finalmente juntas os teus lábios aos meus, não me deste um beijo invasor. Ficaste gentilmente à espera da minha deixa, de um sinal em como podias continuar e quando eu (muito a custo, confesso) me rendi e comecei a corresponder, tu interrompeste o beijo, saíste porta fora do carro (sim, estávamos no carro dele), levaste a chave contigo (até hoje continuo a achar que tinhas receio que eu arrancasse e fugisse de ti), arregaçaste as mangas da camisa, tiraste a camisa de dentro das calças, praguejaste, meteste a cabeça ao nível da janela, espreitaste lá para dentro, para mim e perguntaste-me: "o que é que foi isso, mulher?".

LOLOLOLOLOL! Eu que sabia que não estava a ser um mau beijo e estava a achar a reacção dele uma delícia, digo com o meu ar mais inocente de menina casta: "isso fui eu a tentar corresponder ao teu beijo...".

- "A tentares?! Mulher... Então, por favor, não me beijes mesmo que eu..." e continuaste a praguejar e andar de um lado para o outro, mas no mesmo sítio.

Quando te acalmaste o suficiente e voltaste a entrar dentro do carro, agarraste em mim e beijaste-me fogosa e ardentemente até ficarmos os dois sem fôlego e noutro planeta. Quando o beijo acabou por motivos de força maior (tipo, respirar), olhámos um para o outro numa "mas o que é que é isto?", e ouvimos a voz do José Castelo Branco que tinha estacionado o seu Jaguar ao nosso lado e estava a conversar com o irmão do Manuel Luís Goucha.

Desatamos os dois a rir e achámos melhor sair dali, antes que a libelinha se assustasse com o calor que emanava do carro do lado.

E foi assim o nosso primeiro beijo. Aquele que eu conto como primeiro. E de todas as vezes que me lembro disto,  desato-me a rir. Também é impossível não rir com uma história destas. Ouvir a voz daquele senhor (?), vestido qual árvore de natal ali mesmo ao nosso lado, depois de um momento tão... TÃO!

E são momentos como este que eu faço por guardar. Momentos em que me senti bem. E eu já há tanto tempo que não sei o que isso é.

Gostava de voltar a sentir-me assim. Com aquele formigueiro infantil no estômago só com a expectativa de ver um alguém... De me sentir querida e desejada... Enfim! Sinto falta. PONTO.

2 comentários:

Anónimo disse...

...nem digas nada...é um correr de adrenalina imenso...

beijo

Anónimo disse...

Esse beijo foi sem duvida fantástico :)

É bom recordar, é bom ter histórias para recordar... :)