Maldades, Maldades... Adoro Maldades!

Para apreciadores de "maldades" com nível, requinte e inteligência, que sabem saborear humor sátiro... Pautado por visões "dark side" do quotidiano.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

MM Cougar?!

Nunca gostei de homens mais novos, como aliás já o escrevi neste blog dezenas de vezes. A minha tendência sempre foram os homens mais velhos que eu, mas não tão mais velhos que dêem para meus pais e muito menos meus avós.

Acontece que conheci há uns três anos atrás na noite da passagem de ano um miúdo super impecável. Daqueles mesmo raros de encontrar. Tinha ele então 19 anos e eu mais dez. 

Naturalmente que pelo fosso de idades, o vi como um miúdo. Um miúdo com a cabeça muito mais no sítio que muito homem de 30 e tais, mas ainda assim um miúdo.
Surgiu logo de seguida um convite de amizade no Facebook por parte dele, que eu aceitei sem qualquer tipo de intenção.

Algumas conversas ao longo dos anos e agora ele com 22 e eu com quase 32, diz-me que está interessado em mim, desde a altura em que me conheceu.

Fico super lisonjeada, mas tento explicar-lhe da forma mais doce que me é possível que a nossa diferença de idades é para mim uma barreira gigante, mas ele insiste e enche-me de palavras bonitas e comentários galãs e quando dou por mim, estou com o ego lá nos píncaros.

Foi nessa altura que me deu uma epifania. Eu que NUNCA tinha compreendido muito bem o porquê de algumas mulheres só gostarem de homens mais novos (tirando os motivos óbvios e mais obscenos), percebi que de facto eles são autênticos bajuladores. 

Verão eles algo que os da nossa idade e mais velhos não vêem ou não querem saber?! Ou será que eles só o vêem precisamente por serem mais novos, mais inexperientes e quiça mais inocentes?!

Para estas perguntas ainda não encontrei resposta, mas que fiquei com curiosidade em, quem sabe, viver uma experiência desse género... Admito que fiquei. ;)

domingo, 8 de março de 2015

I Miss Being Happy

Sinto falta de me sentir feliz.

Não estou a  dizer que me sinto triste. Simplesmente sinto a necessidade de ser/estar e sentir-me feliz. Não sei o que é isso há muito tempo.

Tenho momentos felizes como toda a gente. Momentos bem passados. Momentos de gargalhada e divertimento... Mas aquela felicidade intrínseca (e que verdade seja dita não me é de todo natural), não sinto há tanto tempo que nem sei se sequer me lembro da sensação.

Quando penso nisso, associo essa sensação à inevitabilidade de estar apaixonada, mas será que não é possível senti-lo sem o estar?

É um facto comprovado cientificamente que estar apaixonado é o equivalente a consumir substâncias tóxicas... Daí haver quem seja literalmente viciado em paixão e salte de paixão em paixão logo que a mesma acabe, por só saber viver essa parte dos relacionamentos.

Não sei o que é ter e estar num relacionamento há anos... Tantos que também já esqueci. E nem sequer acredito mais ser-me possível apaixonar-me (apesar do querer).

Tornei-me nesta pessoa completamente descrente e pior que isso, numa pessoa que não acredita sequer que alguma vez me seja possível ter e estar com alguém.

Sempre me foram apontados defeitos à minha excessiva auto-estima e auto-confiança extrema... Apercebi-me há bem pouco tempo que os perdi. Não sei o que é sentir-me mulher. Sou feminina e ando sempre toda arranjadinha, porque é de mim e nem sei ser de outra forma... Mas faço-o para mim, contrariamente ao que possam pensar os demais à minha volta. Faço-o por uma questão de bem estar pessoal, por vaidade... Não o faço  para chamar à atenção ou por querer que reparem em mim.

Aliás, acho que ninguém repara em mim. Sinto-me invisível para o mundo no geral e para os homens em particular.

Não sei o que é sentir-me sexualmente interesante e nem sei se ainda o sou. Deve ser o que se sente quando essa parte da vida de uma pessoa morreu.

Tenho conhecido pessoas novas (mais mulheres que homens) e uma das primeiras coisas que ouço é como sou bonita. A esses comentários respondo um "obrigada" automático e educado e não acredito em nenhum.

Nas minhas costas vão dizer à pessoa que nos apresentou que não percebem como uma mulher bonita, inteligente e interessante como eu está sozinha... E todos comentam que devo ter um feitio complexo e muito particular.

Sim, tenho. Mas nos meus 31 anos de vida já percebi também que tenho mais fama que proveito e que quem me conhece e se interessa em conhecer-me, rápido percebe que a bem fazem o que querem de mim e por isso chego à conclusão que ninguém se tem interessado o suficiente. 

O problema também está em eu não conhecer ninguém (homem entenda-se) interessante há anos!!!

Não, não sou esquisita e exigente. Simplesmente queria encontrar um homem. Um HOMEM. Não um menino, não uma criança grande. Um homem independente (e não com quase 40 anos a viver em casa da mãe). Um homem com trabalho, que pague as suas contas e seja responsável pela sua sobrevivência. Que seja inteligente, que saiba conversar, que saiba estar. Que tenha interesses na vida... Não me parece-me nada inalcansável quando penso nisso, mas depois olho à minha volta e vejo a sociedade em que vivemos... E penso outra vez.

"Ainda não aconteceu, porque ainda não chegou a altura certa" - Ouço vezes sem conta, como se eu fosse já um caso perdido e sem solução. Como se eu andasse a bradar desesperada que preciso de alguém (não ando, mas preciso e para quem partilha a minha intimidade, isso não é nenhum segredo)... Mas quando chegará a altura certa? Quando for velha e estéril?!

... Faltam-me hostamente as palavras para pôr por escrito o que realmente sinto e sem sei se me conseguem ler nas entrelinhas. Sei apenas que estou numa fase da minha vida em que realmente preciso que alguma coisa mude nesse campo. E preciso que mude muito em breve.

Quero sentir-me feliz, bonita, interessante, VIVA! Quero dançar... Quer rir parvamente... Quero sentir-me excitada e ansiosa só porque sim. Quero e PRECISO!

É pedir demais?!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Ser Adulto Custa

Ser adulto custa. Custa muito. Custa caro. Mesmo!

Não, não acordei agora para a vida e aos 31 anos descobri uma das grandes verdades da realidade do que é ser adulto, mas dei comigo a fazer este comentário e parei a pensar.

Antes de mais e para quem não me lê, sei que sou adulta há muitos anos e independente há tantos outros. Ou seja, há muitos anos que só posso contar comigo para me sustentar e pagar as contas, mas caramba! ser adulto custa mesmo muito dinheiro (ou então se calhar sou eu que levo uma vida demasiado responsável).

E tudo isto porquê? A minha irmã DD e o meu cunhado PL convidaram-me para ir com eles à Colour Run de Cascais no dia 16 de Maio deste ano e eu fiquei de pensar no assunto e dizer-lhes qualquer coisa.

Dito isto, pus-me a fazer contas (literalmente!). E cheguei às belas seguintes conclusões:

- Fevereiro: Seguro anual do carro para pagar;
- Março: Vacinas do meu filho gato SPF;
- Abril: Mudar pneus do carro e fazer a revisão do mesmo;
- Maio: Ir ao IPO com o carro e pagar o IUC.

E parei em Maio, pois o convite para o evento é nesse mês. E nisto ligo à minha irmã e digo-lhe que é muita despesa para mim (que sou SOZINHA a suportar as despesas TODAS), ainda para mais na minha actual situação (estou desempregada) e que lamentava, mas que não podia aceitar.

Ela aceitou, como aliás aceita sempre todas as negas que lhe dou, com a sua abençoada e santa compreensão.

Depois parei e pensei: Caramba! É sempre à pala das minhas constantes despesas que eu NUNCA vou a lado nenhuma e nem faço NADA na minha vida. 

Tenho-me limitado a trabalhar para pagar contas! Mas isto é viver?!? (Bem vinda ao mundo real, dirão vocês...)

No mundo real, vivo eu desde SEMPRE e honestamente estou cansada!

Não acho que tenha mais despesas que qualquer adulto normal e responsável e ninguém tem culpa (a não ser eu, talvez) de não ter ninguém com quem as partilhar e ser tudo para cima de mim, mas eu gosto se ser independente e estar com alguém só para ter com quem dividir contas mensalmente, para mim não dá.

E por isso a minha fantástica "revelação": ser adulto custa e custa CARO!

E eu ando cansada de não gozar NADA, de não fazer NADA só porque tenho contas para pagar. Temos TODOS e ainda há quem se consiga divertir.

Por isso minha irmã, conta comigo no dia 16 de Maio. Lá estarei feliz (e um bocadinho mais pobre financeiramente, mas mais rica de espírito) para nos pintarmos todas e parecermos um arco-íris. 

Afinal... Todos precisamos de um bocadinho de arco-íris nas nossas vidas tão cinzentas. :-)

sábado, 3 de janeiro de 2015

Uma Rectificação Ao Post Anterior

O ano 2014 foi mesmo LIXO, mas houve algo positivo (talvez a única coisa) que aconteceu e que me transformou a vida:

- Tenho um animal de estimação. Um persa LINDO, branquinho e de olhos dourados.

Apesar de aos 4 meses de idade lhe ter sido diagnosticada uma doença, que me levou em 3 meses praticamente 800€, de ter de fazer medicação diária para o resto da vida e de ter episódios mensais absolutamente desgastantes quer para ele quer para mim... Não imagino a minha vida sem ele.

É o meu menino, o companheiro que escolhi para a minha vida... É o meu filho felino e eu amo-o mais do que palavras possam descrever.

Porque Os Fantasmas Teimam em Ganhar Vida...

... E depois de tanto tempo sem escrever e logo naquele que é o meu primeiro post deste ano, tenho de falar de ti.

Esta noite sonhei contigo. Ao longo dos últimos anos muitas têm sido as noites em que sonho contigo. 

Não consigo ou não quero ou não sei libertar-me de ti. E apesar de achar que me é alheio o facto de me assombrares, a realidade é que continuo a permitir afectar-me tantos anos depois. 

ANOS!!! Anos sem nos vermos... Anos sem nos falarmos...

Este sonho foi diferente dos outros para eu aqui vir falar dele?! 

Sim, foi. Sonhei que tínhamos um filho. E se para quem aqui me lê e não me conhece, acha que foi um sonho aparentemente normal, eu explico-vos precisamente o porquê de não o ser.

Nunca quis ser mãe. Nunca duvidei que fosse uma boa mãe, afinal criei a minha LL (irmã mais nova) nos primeiros 5 cruciais anos da sua existência. Mas nem em criança quando brincava com os bonecos às famílias, os bebés nunca fizeram parte. 

A primeira e única vez que admiti e equacionei poder ter filhos foi contigo. Nunca to disse. Comentei uma vez com uma das minhas melhores amigas que, lembro-me perfeitamente, estava a alisar o cabelo com uma prancha, estando eu sentada na sanita da sua casa de banho a falar com ela sobre ti e tendo desabafo isso mesmo.

Ela parou com a prancha na mão de queixos literalmente caídos e olhando para para mim disse-me: "amiga isso é mesmo a sério. Nunca pensei que te sentisses dessa forma... Agora sim, estou preocupada contigo!". LOL (se é que alguém ainda diz "lol").

Mas disse-lhe na altura: "se repetires que disse isto, nego" e desatamos as duas a rir, sem saber mais que fazer ou dizer depois da minha bombástica revelação.

Quem me conhece sabe que continuo a não querer ser mãe. Ainda na semana passada o disse a uns amigos: "cada vez tenho mais a certeza de que não fui feita para ser mãe. Simplesmente não é para mim". É verdade que toda a gente diz que quando eu conhecer o homem certo, que eu vou querê-lo como pai dos meus filhos e eu nunca disse que nunca, mas ainda estou cá à espera para ver...

Mas no meu sonho, tínhamos um filho, um menino e eu não só estava feliz por isso, mas também por estar contigo e de seres tu o pai do meu filho. Acordei com a certeza de que enlouqueci de vez. Ou isso ou a medicação que estou a tomar (entrei no ano com uma brutal gripalhada misturada com uma faringite aguda e que me tirou a voz - para gáudio de muitos. Lol) está fora de prazo. Mas não está. Eu confirmei.

Como tantos outros sonhos que tenho contigo, este foi mais um que pus de lado, não dando sequer uma segunda "olhadela", mas eis que há momentos estava a ler um livro (e nem sequer um livro novo... Estou a relê-lo... E nem sequer nada a ver com NADA) e vieste-me ao pensamento tão nítida e vividamente como se te estive a ver à minha frente naquele preciso momento. Quando dei por mim, estava a chorar descontroladamente no meu velhinho "embalar" agarrada à cabeça a perguntar "PORQUÊ?!?".

Começo já a achar que vou morrer sem saber a resposta a essa pergunta.

- Por que é que continuo a ouvir a tua voz na minha cabeça?
- Por que é que vezes há em que me lembro do teu cheiro e do teu sabor, como se estivesses comigo naquele preciso momento?
- Por que é que me vens ao pensamento nas coisas mais corriqueiras do dia-a-dia?
- Por que é ainda sinto a tua falta... E acima de tudo, por que é que caio num pranto indescritível que me é tão doloroso que parece que me estão a arrancar mais um pedaço da minha alma... PORQUÊ???

Escrevi algures no tempo num e-mail que nunca te enviei que sinto que me marcaste. Que de alguma forma impossível e transcendental marcaste a minha pele, a minha alma, com a tua marca como se fosse tua... Como se te pertencesse. E agora tenho de viver na escravidão de um aprisionamento que muito provavelmente nem sabes que existe... E em que mundo é isso justo?!?

(E quem disse que o mundo é justo?!)

E vocês não me conhecem e muito provavelmente já ninguém me lê, tendo o meu blog ficado resumido a um diário que deixo em aberto e onde só volto para depoistar as palavras que não quero admitir a ninguém... Mas se alguém ainda me lê e desses, algum me conhece na vida real, sabe perfeitamente que a minha vida é tudo, MENOS um conto de fadas. 

É mais um GRANDE, EXTENSO e MASSACRANTE livro de terror (não, não é tudo mau, mas o "bom" tem tido muito pouco relevo). E eu ando há uma vida (literalmente) à espera de saber quando é que a história vira a meu favor... Mas não é fácil. Estou completamente desacreditada... Perdi a fé em muita coisa e acima de tudo, perdi a fé de que as coisas possam mudar para melhor (sim, porque para pior não duvido. É tudo o que me tem acontecido sistematicamente ao ponto de poder resumir o meu último ano numa palavra: LIXO. Hei-de estar com os pés para a cova e a lembrar-me do fatídico ano de 2014 e em como o quero esquecer para sempre, apesar de saber não ser possível. E se eu sempre fui de tirar elações e lições de vida das coisas más que nos acontecem, acreditem que retirar tais coisas do ano 2014, requer uma inteligência superior que ainda não alcancei).

Ora, o meu ano 2015 não começou bem. A primeira saída, os primeiros pagamentos foram para o hospital e farmácia (espero sinceramente que não seja um prelúdio do que me espera) e nestes primeiros dias do novo ano, tu vens-me OUTRA VEZ à mente.

A minha pergunta é: 

- Quanto mais tempo aguento eu viver com esta história inacabada?! É isso que desejo ferverosamente saber logo a seguir ao "porquê". 

... E pergunto-me se alguma vez será possível...

Feliz Ano 2015 para TODOS!!!