Disse há muito pouco tempo a uma amiga que sentia falta de escrever no blogue, mas que não o fazia porque já não sabia que tipo de MM era e se ainda tinha algo para escrever.
Isto porque sempre escrevi melhor estando deprimida (na fossa mesmo) e infeliz.
Se estou na boa e feliz?! - Também não, mas felizmente tenho amigos que substituíram esta minha necessidade de desabafar e exorcizar o que sinto e que me fazia debitar para aqui tipo catarse.
Mas afinal, parece que não há melhor sensação do que estes monólogos escritos e que não geram interacção desse lado.
É poder dizer TUDO o que quero, independentemente do tamanho e/ou nível de disparate que for, e saber que NINGUÉM me irá interromper para dizer: "estás a ser parva". E isso, é impagável.
E sim, continuo a ter MUITO disparate para dizer.
E assim, voltei. E é realmente "como andar de bicicleta". As palavras surgem fluidamente, os dedos voam sobre o teclado e tudo volta a fazer sentido ao ponto de me questionar: "porque é que deixei de fazer isto?".
Mas sei porquê.
Por que estando bem comigo mesma e estando orgulhosa do que sou, de quem sou e do que alcancei... Não sei o que esta MM tem a dizer ou a oferecer neste espaço.
E nem deveria estar preocupada com isso. O espaço é meu, lê quem quer e quem não quer "bye-bye" e basicamente, não tenho nada a perder.
Então porquê?!
Por que tenho medo. Sim, medo.
Medo de constatar que afinal nada mudou. Que "it's the same old MM" e que ande (talvez) a viver na ilusão do faz-de-conta que "és uma mulher adulta e bem resolvida e que não passas da mesmíssima infeliz que só parece estar bem na fossa". Chegar a essa conclusão seria catastrófico. E como se tornou hábito ouvir da minha boca ultimamente: "não tenho capacidades para lidar com isso". :(
Porque é assim que ando. Sem paciência, sem tolerância, para lá do limite do aceitável ou suportável e COMPLETAMENTE exasperada com TUDO e com TODOS.
E não, não é assim que quero andar e mais! Não é assim que me quero sentir.
Por isso, 'bora voltar a isto... Ver o que sai daqui e satisfatório ou não, divertido ou não, interessante ou não... Ao menos, tentei. E não há pior arrependimento no falhanço do que nem sequer ter tentado.
Malta, bem vindos e vamos nessa! :)
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