Maldades, Maldades... Adoro Maldades!

Para apreciadores de "maldades" com nível, requinte e inteligência, que sabem saborear humor sátiro... Pautado por visões "dark side" do quotidiano.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Humanity Leash

Somos todos uns animais!

Não, não estou a falar da teoria da evolução e em como descendemos dos nossos antepassados primatas. Estou mesmo a dizer que somos uns grandes animais.

A diferença entre nós e os verdadeiros animais (aqueles que vivem na selva) não está na afamada racionalidade. A nossa suposta racionalidade nada mais é que, uma coleira que além de nos prender o pescoço ainda nos amordaça com um açaime para podermos assim, pertencer à sociedade de forma civilizada e ordeira.

Esta trela que nos amestra e castra, tem nomes bonitos como "politicamente correcto", "código de conduta", "diplomacia", "civismo", "moralmente aceite", "consciência" e outros do género.

Agora dir-me-ão vocês que todos esses termos existem para que consigamos viver em sociedade. E que para este socializar precisamos de regras, leis e de uma ordem pré-estabelecida para o bom funcionamento geral e para o bem comum.

E eu digo: é correcto! E precisamos porquê?

Porque basta haver uma pequena falha em qualquer um desses "sistemas de contenção" e isto descamba para aquilo que somos na realidade: ANIMAIS!

Penso nisto com relativa frequência e tenho cada vez mais a certeza que o ser humano é na sua essência, mau. Os primeiros instintos aquando de responder a uma qualquer "ameaça", seja ela de que natureza for, são basica e essencialmente maus.

Por isso é que quando existe alguma catástrofe e aquele mundinho organizado desaparece, as pessoas libertam o que de pior há em si. Existem filmes e mais filmes que retratam isso mesmo. Pessoas aparentemente normais que nada mais são que "bombas relógio" prestes a mostrar a sua verdadeira natureza.

Claro está que existem pessoas que não precisam de catástrofes ou catalizadores para manifestarem tais comportamentos, mas outras há que não oferecendo nada que o indique, poderão revelar-se piores que esses.

Costumo encetar conversa sobre esta minha teoria com alguns amigos meus e acho curioso que quando colocadas situações hipotéticas de cenários de "fim do mundo", todos eles se mostrem tão peremptórios em afirmar que "nunca isto" ou "nunca aquilo". E acho curioso porquê?

Em primeiro lugar, porque não podemos afirmar com tal convicção coisas que nunca nos foram postas à prova e em segundo porque isso só mostra o quão mal se conhecem. O quão pobremente informados estão sobre a criatura que reside no seu interior. Ao fazer afirmações com esse nível de certeza estão a dizer-me que nunca entraram em contacto com o seu lado negro ou que o tendo feito, rejeitam-no ou pensam tê-lo sobre controlo. Pois acho que aqui é altura adequada para a famosa expressão do "never say never".

Não sabemos. São situações hipotéticas e isso quer dizer que poderão nunca acontecer e assim sendo podemos nunca ter de confrontar este animal que nos habita e saber do que ele é capaz.

Acho sim, ser mais sensato não rejeitarmos à partida uma coisa que desconhecemos e tentarmos tirar o máximo partido dos vislumbres que vamos tendo desse ser nas raras ocasiões em que o sentimos à superfície.

"Keep your friends close and your enemies closer."

Sem comentários: