Maldades, Maldades... Adoro Maldades!

Para apreciadores de "maldades" com nível, requinte e inteligência, que sabem saborear humor sátiro... Pautado por visões "dark side" do quotidiano.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Casamento Homosexual

Estava ontem a fazer o jantar, quando ligo a TV e me apercebo que o país inteiro parou para ouvir a decisão do Presidente da República quanto ao veto ou à promulgação da lei que permitiria o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Foi com satisfação que ouvi a sua decisão, no sentido em que penso ser uma evolução para o nosso país que, infelizmente, é ainda bastante conservador.

Concordo com os argumentos apresentados por Cavaco Silva quando diz que o país tem assuntos mais prementes a ser resolvidos e que vetar esta lei iria gerar ainda mais desunião num país que está a atravessar uma grave crise.

Achei bem que Cavaco Silva pusesse de parte os seus conceitos pessoais, optando por acabar com uma discriminação desnecessária e permitindo o progresso em Portugal.

Não achei bem que o Senhor Presidente se mostrasse tão parcial, pois ele é o representante máximo da República Portuguesa e a função dele é querer o melhor para o país independentemente das suas convicções ou preconceitos.

Acredito não ser fácil enquanto governante de um país, aprovar leis que vão contra os nossos princípios pessoais, mas ele é uma entidade. Não é uma pessoa. E na hora de apresentar a decisão aos portugueses nada mais fez, que influênciar a opinião pública e gerar desacordo perante uma questão já de si polémica.

Pudemos ouvir de seguida as opiniões dos Partidos à esquerda e à direita e bem vimos que, os que sempre foram contra, ganharam força ao verem-se apoiados na atitude do próprio Presidente.
Ouvimos pessoas que são entidades públicas a praticamente apelarem ao motim.

Fico chocada com este tipo de coisas.

Gostava que me explicassem em quê prejudicam estas pessoas por se dirigirem a uma Conservatória de Registo Civil e contraírem matrimónio?! Melhor: qual é a problemática a nível semântico que parece existir com a palavra matrimónio?! Matrimónio pode chamar-se união, casamento, consórcio, contrato, mas não deixa de ser o que é: igualdade de direitos para todos os casais, sejam eles hetero ou homosexuais.

A promulgação desta lei foi apresentada à revelia, passando a imagem errada de um país que se diz estar em franca expansão humana.

Não me admiraria se começassem a haver manisfestações à porta das conservatórias deste país a protestar contra casais que nada mais querem que viver as suas vidas da forma que lhe apraz, não afectando ninguém... Mas que ainda assim, terão de levar com "apedrejamentos públicos" à pala de uma atitude impensada que veio reforçar e dar poder de voz aos movimentos contra tudo e mais alguma coisa que existem no nosso Portugal.

... Tão pequenino e tão insuflado de preconceitos e teorias conservadoras seguidas por pessoas cínicas, sem escrúpulos, mesquinhas e que juntas nada mais fazem que arrastar-nos para o retrocesso das mentes retrógradas que ainda subsistem.

1 comentário:

Mr.B disse...

Este tema sempre me irritou um bocado.
Será que por a lei ter sido aprovada alguma coisa muda? Quem era gay continua gay. Não vão nascer mais gays por causa disso. Ninguém nos tira nada. Ninguém nos dá nada. Porque razão me hei-de estar a preocupar com o facto dos gays poderem casar?
Porque tenho eu de ser egoísta ao ponto que querer retirar a felicidade a alguém, só porque não concordo com a opção sexual?


Hipócritas. Vão mas é trabalhar!!!