Maldades, Maldades... Adoro Maldades!

Para apreciadores de "maldades" com nível, requinte e inteligência, que sabem saborear humor sátiro... Pautado por visões "dark side" do quotidiano.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Verborreia

No meu local de trabalho existe uma escola de formação profissional. Esta escola recebe alunos que tendo concluído o 9º ano, não pretendem seguir os estudos, mas sim enveredar por uma área profissional específica.

Assim sendo, jovens de 15/16 anos concorrem a bolsas de estudo, outros aos centros de formação profissional das suas áreas de residência para terem a oportunidade de aprender algo que efectivamente lhes interesse e que os irá habilitar a trabalhar de forma credenciada na respectiva área.

Existe um edifício à parte do complexo empresarial onde trabalho chamado Centro de Formação onde estes jovens têm as suas aulas. À hora do almoço vêm aos grupos para a cantina, para o qual obviamente têm senhas de almoço - Isto é uma escola como deve de ser.

Agora a questão é: eles entram pelo edifício adentro, qual manada em debandada, a falar alto e em bom som e o pior é que mesmo que queiramos evitar ouvir a verborreia que eles debitam entre eles, não dá.

E para mim, não dá por duas razões.

- Porque detesto gente que fale alto. Não sofro de nenhuma insuficiência auditiva (nem auditiva, nem de qualquer outra espécie) e não preciso que me gritem aos ouvidos para se fazerem ouvir. E mais, quanto mais alto falam comigo, mais eu baixo o meu tom de voz só para os obrigar a calarem-se se me quiserem prestar atenção.

- A quantidade de asneira e disparate que ouço sair daquelas bocas, impede-me de ignorar a sua presença e fingir que não se passa nada. Porque passa! E muito grave!

Acho grave que os jovens de hoje em dia e supostamente a geração do nosso "amanhã" falem mal desta maneira. E quando digo falarem mal, não estou a dizer que são mal educados (isso também, mas enfim...), não empregam é um português correcto. O vocabulário deles resume-se a: "prontos", "bués", "tá-se", "tipo", "né", "não 'tás bem a ver", "esta cena" e outros tantos que quando utilizados numa mesma frase, juro que é coisa que só eles mesmos conseguem decifrar.

E a escreverem?!

É a escrita à boa moda do msn e dos sms's. E se bem que até seja compreensível essa maneira de abreviar as palavras nas redes sociais e mensagens, já não o é quando eles escrevem dessa forma em testes. Aliás, por experiência própria, eu tive de deixar de escrever abreviado no msn e sms's, porque cheguei a uma altura que já não sabia como se escreviam as palavras. Eu!? Que me orgulho do bom português que emprego... Agora imaginem quem já não escreve bem por defeito?! Medo!

Acho que uma parte deste mau falar e escrever tem culpa no novo acordo ortográfico que querem implementar. A meu entender e no que a mim diz respeito, irei continuar a escrever português de Portugal e não o português brasileiro que nos querem impôr. Recuso-me! Porque temos de ser nós a adaptar a nossa escrita a eles e não o contrário?! Do pouco que me lembro das lições de história que aprendi na escola, foi Portugal que  "descobriu" o Brasil ou estarei errada?!

Enfim... Sendo como não sendo com ou sem acordo, o linguarejo desta juventude é de bradar aos céus!

Espero que no meio de tanta trampa que falam entre eles, saibam munir-se do vocabulário necessário quando existir uma ocasião que assim o requeira.

*But I really doubt that!

1 comentário:

MM disse...

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Obrigada pela dica. Vou tratar de enviar o formulário devidamente preenchido e enviar para a morada indicada. Vou também publicitar essa iniciativa, que desde já congratulo.