Maldades, Maldades... Adoro Maldades!

Para apreciadores de "maldades" com nível, requinte e inteligência, que sabem saborear humor sátiro... Pautado por visões "dark side" do quotidiano.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Here I Go Again...

Cada vez mais tenho a certeza que o mundo é uma varandinha (ou quanto muito um terraço) onde as pessoas meia volta dão de caras e cujas vidas inevitavelmente acabam por se cruzar.

A chatice é que há pessoas com as quais não tenho o menor interesse em voltar a estar. Nem casualmente, nem de qualquer outra forma.

É essa uma das razões pelas quais, por exemplo, não tenho uma conta no Facebook ou em qualquer outra rede social.

As pessoas com quem quero manter contacto, fazem parte da minha vida actualmente, as outras dispenso. Não tenho interesse em saber como estão, o que fizeram das suas vidas e menos interesse tenho que saibam da minha pessoa.

O curioso é que essas outras pessoas parecem ter uma necessidade estranha em saber de mim. Pelos vistos, não conseguem esquecer-me e ultrapassar-me (tenho esse efeito! LOL). E nesse sentido, tentam "encontrar-me" de todas as formas e feitios.

O caso mais flagrante que me aconteceu recentemente, tem a ver com um ex-namorado meu que deu à costa assim do nada e ainda acha que pode falar comigo como se não tivessem passado anos no entretanto.

Ele ficou a saber (porque neste mundinho tudo se sabe e descobre e desengane-se quem pensa o contrário) através da irmã que eu fui operada em dezembro do ano passado e pediu-lhe o meu número de telemóvel. Ela, sem me consultar, facultou-lho.

E, nessa altura, estou eu com a cara toda partida, toda negra, a respirar ZERO pelo meu nariz, cheia de talas internas e externas, com os maxilares praticamente cerrados, sem comer, sem dormir, com um nível de exaustão surreal, com dores em TODO o lado e quase sem conseguir articular uma palavra quando recebo uma chamada de um número desconhecido e ao atender, dou com este rapazito a perguntar se me pode fazer uma visita(?!).

"Pois está claro! Não te vejo há anos (pelo menos uns 5 anos, pelo que consegui apurar) e agora queres vir a minha casa, ver-me nesta figurinha deprimente, não tendo qualquer nível de cumplicidade comigo que te permita veres-me na minha mais frágil e vulnerável condição... Oh sim, claro, vem!" - POR FAVOR!!

É óbvio que lhe disse que não. Disse-me que compreendia e que então aguardava que eu melhorasse para marcarmos um cafézinho. Qualquer esforço da minha parte em falar revelava ser um suplício que me deixava sôfrega, pois tinha de coordenar a respiração, a saliva e as palavras tudo só com a boca e nem me dei ao trabalho de lhe explicar que não estava interessada nem em café, nem em conversas... Em suma, não estava interessada nele.

Agora, não me interpretem mal. Foi um namoro de miúdos e acabamos a bem, na altura. Mas é isso mesmo: PASSADO!

Qual não é o meu espanto quando na noite da passagem de ano, me liga do telemóvel da irmã dele (golpe baixo). Atendi pensando ser ela e levo com ele. Fala como se ainda fôssemos aquele casalinho de adolescentes e não tivessem decorrido anos. Mais uma vez, descarto a conversa o mais educadamente que me é possível e desligo.

Ultimamente envia-me sms's com uns "olás boneca, borracho, fofinha, docinho" e outros que tais e isto começa seriamente a aborrecer-me.

Mas será que ele não se enxerga?! Será que ele parou no tempo?! Está-lhe a dar a crise dos 31 ou 32 anos que tem?!

Quer dizer, eu sei que sou difícil de superar... LOL! Estou a brincar!

A verdade é que eu não percebo o que é que se passa na cabeça desta gente. E ele não é a única pessoa que está a tentar regressar à minha vida. Tenho outras pessoas, amizades idas e perdidas no tempo e que só assim o foram, porque eu deixei ser e logo não tenho interesse em reavêr, que me têm vindo a abordar com tentativas de reencontro.

Não tenho qualquer tipo de problema em dizer-lhes na cara que não quero, mas quer dizer... Que necessidade tenho eu em fortuitamente magoar os sentimentos das pessoas?!

Lá irei eu entrar em mais uma fase de subtileza a tentar dissuadir estes meninos do que quer que seja. Sim, não me dou à arrogância de pensar que eles estão interessados em mim sexualmente falando. Podem simplesmente querer ser meus amigos novamente, mas eu já tenho os amigos que quero ter. É claro que tenho espaço para novos amigos, mas NOVOS! Não reincidentes.

Espero que não tenha de chegar à parte em que a subtileza não seja eficaz e tenha de adoptar métodos mais drásticos.

Here I Go Again...

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