Maldades, Maldades... Adoro Maldades!

Para apreciadores de "maldades" com nível, requinte e inteligência, que sabem saborear humor sátiro... Pautado por visões "dark side" do quotidiano.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Gravidez

É, desde sempre, um assunto que me afecta.
Ofende-me e perturba-me de forma grotesta, a leviandade que certas pessoas têm em encarar o assunto gravidez.

Há pessoas que acham que a vinda de uma criança a este mundo é uma coisa banal  e que não requer grande preparação ou planeamento. Eu discordo totalmente.

Acho que este assunto tem o nível e a grandeza necessárias à devida apreciação do caso com todos os prós e contras em análise detalhada. Acho que tem de ser uma decisão conjunta e pensada para evitar posteriores complicações numa situação que é, por si só, complexa.

Estamos a falar da vida de outro ser humano. Da sua vinda a este mundo nada fácil. É preciso haver estrutura mental, psicológica, emocional, social, económica, entre outras que provavelmente estarei a esquecer, que não podem ser relegadas para um segundo plano com o tipo de atitude "logo se vê".

Fico seriamente revoltada!

Não, não tenho filhos, mas tenho duas irmãs mais novas e participei (participo) activamente no seu crescimento enquanto indivíduos, orientando-as a todos os níveis necessários à sua evolução e melhor adaptação a algumas situações e problemáticas.

É a full-time job e é para SEMPRE. É esta a minha opinião e posição.

Irrita-me ver alguns casais com pensamentos de "onde comem dois, comem três" - se calhar aprenderam o milagre da multiplicação com Jesus himself, não sei - ou a acharem que "aconteceu... Mas deixa lá vir a criancinha, que lá nos havemos de arranjar".

Arranjar como?! Se não têm condições financeiras, não têm vida economicamente autónoma... Arranjam-se como?! A contar com aquilo que eu chamo "o ovo no cú da galinha", traduza-se: mães, pais, sogros e afins.

Mas atenção! Há quem não tenha sequer uma estrutura familiar onde se possa apoiar e ainda assim opte por ter filhos, porque a sua capacidade egoísta de colmatarem a insuficiência intríseca que sentem com a falta de parentalidade, fala mais alto e é superior a qualquer conceito lógico ou racional.
E se esse tipo de pessoas decide ter filhos com base nessa faltosa premissa, expliquem-me lá que pais serão?!

É claro que se também fôssemos aguardar pela época mais favorável ou pela situação mais estável para decidir ter filhos, NUNCA seria possível. Mas, como em tudo na vida, acho que deve existir "contrapeso e medida" em todas as decisões de elevado grau de importância.

Não há pais perfeitos, porque não existem pessoas perfeitas e aprende-se com os erros como de resto se passa com tudo à nossa volta, mas o papel pai/mãe tem uma responsabilidade acrescida ao terem de prestar permanente acompanhamento.

São os pais que vão educar (deviam ser) e dar as bases de formação e estruturação pessoal ao nível da personalidade e consequentes comportamentos, pelas quais essas crianças se guiarão a vida toda.

Há gente que nem maturidade para eles mesmos têm, como podem querer ter filhos e criá-los?!

Enfim... Só mais uma das minhas controversas opiniões.

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