Abraças-me como se naquele abraço estivessem todas as palavras que não consegues dizer. Apertas-me e encaixas-me no teu corpo como se naquele abraço tivesses suspenso a tua vida, o teu próprio ser.
Dás-me um beijo, o mais casto e puro que alguma vez me deste e voltas a aconchegar-me a ti, absorvendo o cheiro da minha pele e o meu toque como se os quisesses gravar em ti. Fico a aguardar um Adeus... Mas continuas agarrado a mim.
- "Nem contigo, nem sem ti!" - murmuras ao meu ouvido.
Dás-me outro beijo e viras costas, sem olhar para trás com medo de que possas cair na tentação de voltar para os meus braços.
Fico parada a olhar para o espaço onde segundos antes estavas. Sinto na minha pele o teu cheiro e nos meus lábios o teu sabor.
Tu és o retrato do desespero e eu o da loucura.
Por que é que tem de ser assim?!
1 comentário:
É A PRIMEIRA VEZ QUE AQUI VENHO. LER ESTE POST FEZ-ME LEMBRAR DE UMA CENA SEMELHANTE QUE SE PASSOU COMIGO VAI PARA TRÊS ANOS.
AS MESMAS PALAVRAS, OS MESMOS ENCAIXES, A MESMA PAZ EM PERIGO DE GUERRA..DE ABANDONO.
LI TAMBÉM OS POSTS ANTERIORES. APERCEBI-ME QUE TAL COMO EU, NA ALTURA, ATRAVESSA UMA MÁ FASE.A PONTO DE NÃO SE SABER DISTINGUIR "O QUE É QUE PROVOCA O QUê"...E SÓ CONSEGUIR PENSAR QUE É TUDO MUITO ESTRANHO...
PARA MIM FOI IMPORTANTE ACEITAR-ME ASSIM: "EM CRISE".
ACEITAR QUE SOU HUMANA.
E CULTIVAR O GOSTO DE O SABER.
CALMAMENTE.
MARA
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