São chamas que me lavram sem dó.
São caprichos que me atormentam sem piedade.
É um fogo que me incinera por dentro.
É um demónio que governa à sua vontade!
É um torturador que castiga a bel-prazer.
É um escravo que sofre por querer.
É cúmplice do pecado sem o ser...
E infeliz sou eu por dele padecer!
É inquisidor, é um teste, é um crer!
É doença, é cura, é um bem-querer,
É fatal, ambicioso, egoísta,
É preconceituoso e até racista!
É comum a todos e de todos é!
É motivo de desgostos, alegrias e morte.
É global e sem fé.
Aparece no azar e até na sorte!
Dói quando satisfaz!
Satisfaz quando magoa!
A todos apraz!
A poucos perdoa!
Há quem o idolatre,
Há quem o abomine.
Há quem por ele mate!
Há quem com ele domine!
Em suma, é uma arma.
A mais antiga que existe.
É um Karma,
E até aos dias de hoje subsiste!
Amor é o seu nome!
Dor a sua marca!
A uns acalenta,
E a outros mata!
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