O certo/errado e o bem/mal são conceitos que, à excepção das suas definições extremas, são bastante relativos e subjectivos.
Tenho-me como uma pessoa de bem, de bons princípios e bom carácter, mas vezes há em que as bases da minha humanidade me faltam. Falha-me o conjunto de premissas sobre as quais me guio.
Começo a questionar coisas que à priori nunca poria em causa, começo a tentar moldar as coisas de forma a torná-las aceitáveis e exequíveis e acima de tudo, começo a questionar a minha própria sanidade mental.
O conjunto desses pensamentos contraditórios, que vão contra os meus princípios, mas a favor das minhas vontades... Faz-me ficar num estado praticamente catatónico, traduzindo-se numa inércia dormente e doentia.
A minha racionalidade e o meu discernimento objectivos e justos por natureza, passam por cima de mim mesma, encostando-me à parede e deixando-me numa encruzilhada de difícil resolução.
O que fazer?! Como é que saio desse beco escuro e sombrio que se apresenta à minha pessoa de forma tão sedutora e tão letal ao mesmo tempo?! Como posso tomar uma decisão correcta se tudo à minha volta me arrasta num doce engodo que me levará com uma inevitabilidade inquestionável para a minha própria condenação?!
1 comentário:
MM, abordas aqui a eterna dicotomia, entre o bem e mal, o certo e o errado.
Apesar de seres uma mulher de fortes convicções e princípios, como és, é normal que vivendo integrada numa sociedade onde o individualismo e o egoísmo prevalecem, sintas de maneira bem forte a influência que esse tipo comportamentos exerce sobre nós. Afinal de contas, é sempre um caminho mais fácil e onde muitas vezes se conseguem atingir recompensas materiais e não só, muito superiores ou pelo menos de forma mais rápida. Desta maneira torna-se algo muito apetecível. Surge a dúvida. E se ...
O que fazer, perguntas tu?
Bem, a resposta está dentro de ti mesma pelo que ninguém a conseguirá dar por ti.
O importante é ir alimentando todos os dias esses bons princípios e carácter. Claro que muitas vezes falhamos. Claro que muitas vezes erramos. Afinal somos apenas humanos.
O que consegue fazer de nós diferente de tantas e tantas pessoas que nos rodeiam e que não primam pelos mesmos princípios, é a capacidade de ao verificarmos que erramos, tentarmos pelo menos corrigir a situação.
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