Sou alérgica, completamente alérgica a perguntas idiotas! E não existe nenhum anti-histamínico capaz de me resolver (ou quanto muito amenizar) os sintomas.
Quando estou a ter uma crise alérgica desse foro... É muito complicado não soltar uns "espirros" que é como quem diz, umas respostas à altura.
Como infelizmente, deparo-me diariamente com situações que me levam aos limites do considerado aceitável como "dose do dia", tenho de apelar a todo o meu bom senso e sentido racional para não haver "sangue"... Até porque, grande parte do meu trabalho está na lidação directa com o cliente e acreditem, não é nada fácil.
E assim sendo, passo a dar-vos um exemplo do tipo de perguntas idiotas que maior nível alérgico me provocam.
Situação: Estou a ligar da minha extensão profissional para a extensão directa de um outro colega.
Pergunta Idiota: Quem fala?!
- Socorro!! O meu nome aparece aí no telefone, amigo(a)! Não sabes ler?!
Situação: Entro em casa.
Pergunta idiota: Já chegaste?!
- Não, estás a ter uma alucinação!
Situação: Estou a dormir e sou "sacudida".
Pergunta idiota: Estás a dormir?!
- Estava, agora já não!
Situação: Ligam-me para o número fixo de casa.
Pergunta idiota: Onde estás?
- No Polo Norte. Um furacão deslocou-me a casa até aqui!
Enfim... Acho que perceberam a ideia. Perguntas cujas respostas sejam demasiado óbvias, provocam-me séria urticária. E eu juro que tento controlar a má língua e não dar uma resposta torta, mas é impossível. Toda e qualquer pergunta idiota causa em mim um pequeno surto de psicopatia. E como tenho o defeito (na realidade é feitio) de dizer tudo, está visto que calar-me está fora de questão.
Há outra coisa que detesto quase tanto quanto as perguntas idiotas: é quando digo uma coisa e a outra pessoa repete o que acabei de dizer como se acabasse de ter um qualquer brilhante rasgo de compreensão e a ideia fosse originalmente sua. Quase que a pessoa fica ofendida por eu ter dito primeiro como, se de alguma forma, me acusasse de crime telepático e me quisesse no banco dos réus por tal ousadia.
Bem... Como podem verificar, tenho graves acessos de mau feitio. Consigo, na maioria das vezes, controlá-los com relativa sensatez e quem me conhece bem não puxa a corda, porque sabe que tanto esticar pode fazer a coisa rebentar. Ainda assim quando se distraem e se saem com um disparate, basta o meu olhar fulminate e a mensagem é passada.
Mas não pensem que isto só funciona uniteralmente. Os meus amigos, familiares e pessoas mais íntimas têm o mesmo direito, digo mesmo, obrigação de agir de igual modo para comigo. É só sinal de que me rodeio de pessoas inteligentes ao ponto de também me conseguirem colocar no meu lugar. E isso é sempre um motivo de orgulho para mim.
2 comentários:
Então não gostas de perguntas idiotas?
Lol! ;)
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