Esta última sexta-feira, (6ªf santa), levantei-me relativamente cedo para os meus hábitos num dia de descanso (ainda por cima, um dia de descanso adicional) e tudo isto para ir dar uma espreitadela à "Quinzena dos Jeans" do Freeport, que tanto publicitavam em rádios.
E lá fui eu pela fresquinha, certa de que o meu sacrifício matutino seria garantidamente justificado pela menor afluência de pessoas e a perspectiva de sair de lá, pelo menos, com dois novos pares de calças de ganga.
Ora bem, cheguei lá às 11h30 em ponto e para estacionar o carro relativamente perto da entrada... Já era! E pensei: "Ok, esta gente pensou o mesmo que tu!".
Lá estacionei e fui a penar pela calçada irregular com saltos altos, que acreditem não dá jeito nenhum. Entro na 1ª loja da entrada que, como todos bem saberão, é a Zara. Estava já um caos. Os expositores pareciam ser os de um feira. As pessoas estavam à sua volta a remexer em tudo e de tal maneira que uma parte de mim pensou, que estariam a ver se com tanta mistura saíria de lá uma cor totalmente nova das que estavam à venda, de modo a poderem gabar-se de que a sua era exclusiva.
Dada a volta da praxe, saí. Ponto de situação: 0 compras.
Seguiu-se o habitual corrupio. Entra nesta loja, sai e vai-se à do lado, da frente, etc. Experimentei uma série de calças de ganga... Mas ou não estava num dos meus dias ou nada parecia ficar-me bem.
(Se calhar, a minha aversão ao acto de fazer compras, não ajuda. Odeio fazer compras! Sim, já sei... Não sou uma mulher normal. Mas a sério: se há coisa que me tira do sério, é ter de ir às compras, sejam elas de que ordem forem e ainda que sejam para mim ou para meu benefício.)
Passadas duas horas naquele lufa-lufa e com nenhum saquinho na mão a comprovar a minha teoria inicial de que compraria alguma coisa (mais não fosse, uma qualquer cuequinha que pudesse dizer "olá, fui comprada no Freeport num dia em que a louca da minha dona se levantou cedo da cama com o único objectivo de gastar gasolina e tempo!"), comecei a olhar em volta e eis que as pessoas que por lá deambulavam, também não tinham comprado nada. Senti-me ligeiramente melhor.
Conclusão: perdi algumas horas preciosas de sono (irrecuperáveis), ganhei uma fabulosa dor de pés e não comprei coisa nenhuma. Mais: os espelhos das lojas são os inimigos número um das mulheres, pois saí de lá com a frustante sensação de que sou altamente disforme e cheguei também à fantástica tese de que não há à venda roupa normal.
Segundo a roupa que está à venda, os homens terão de vestir-se com roupas assim meio gays e as mulheres com roupa meio putas.
Ah! E já agora, nós comuns mortais não trabalhamos. Desfilamos diariamente nas carpetes vermelhas dos nossos empregos, quais modelos em passerelle...
... Or so it seems!
2 comentários:
Ai MM, estavas mesmo a pedi-las! Então vais às promoções num feriado?!?!?!?!?!?! O pior é que há mesmo mais gente do que tu! 2f e 3f são os melhores dias para isso!
Dei numa de saloia! Que fazer?!(Coro)
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