Maldades, Maldades... Adoro Maldades!

Para apreciadores de "maldades" com nível, requinte e inteligência, que sabem saborear humor sátiro... Pautado por visões "dark side" do quotidiano.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Fatalidade

Tenho, de há umas semanas para cá, andado com uma estranha sensação de fatalidade.
Fatalidade esta que surgiu no seguimento de uma conversa telefónica com uma amiga minha - a Cobrinha. Já falei dela num post.

Passo a explicar: vou de férias em Agosto para Itália com esta minha amiga e outro grupo de amigos. Somos doze ao todo. Estávamos a combinar detalhes e diz-me ela:

- Olha lá, não fazes anos enquanto lá estivermos?!
- Faço!
- Ah! Então temos de marcar alguma coisa para assinalar a ocasião. São 27, não é?
- Sim!

E pronto! Está aqui o ponto de viragem.

Sim, eu já sei que vou fazer 27 anos. Não é novidade. A novidade está que esse número abateu-se sobre o meu corpo com um peso extraordinariamente arrebatador e que agora não sai de cima de mim.
Vinte e sete anos?! Escrito por extenso, não fica melhor! :s

Sim, estou óptima e sinto-me óptima. Aliás, sinto-me bastante melhor que aos meus 18, 19 ou 20 anos. Mas a verdade é que estou em contagem decrescente à entrada do estigma dos trinta.
Dei por mim, desde então, a ter uma noção de efemeridade e transitoriedade que é deveras assustadora.

Parece que saí do mundo cor-de-rosa (mundo por onde nunca tive a feliz oportunidade de passar) e acordei para a realidade: a vida é demasiado curta. Farto-me de trabalhar para conseguir ter alguma coisinha e não alcancei um terço do que já gostaria de ter.

Ok! Bem sei que este sentimento é transversal à maioria das pessoas da minha geração... Mas deixem-me lá desabafar...

Comecei a achar que durmo demais, trabalho demais, penso demais, chateio-me, stresso-me, preocupo-me DEMAIS em oposição a tudo o resto que faço de menos. Não me divirto, não saio, não fujo da rotina, não procuro coisas novas, gente nova, não namoro, não beijo, não faço exercício, não compro futilidades pelo simples prazer de comprar, não me mimo o suficiente, etc...

E o que levamos desta vida no fim?! Sim, porque a única certeza que existe nesta vida é que ninguém cá fica para contar a história. E sei também que estou para aqui apenas a constatar o óbvio, mas será que já algum de vocês sentiu na pele a fatalidade desta vida?! O quão pouco tempo nos parece restar?!

Se calhar estou para morrer, não sei! Sei que ultimamente, a vida parece-me fugir por entre os dedos como simples grãos de areia... E sinto-me tão só, tão perdida... Com uma dor tão grande e incomensurável que se torna difícil traduzir os sentimentos que me fustigam em meras palavras...

3 comentários:

Anónimo disse...

Tens bom remédio. Põe-te a mexer!!!

Aproveita o tempo que tens e faz tudo isso de que te queixas.
Sai, diverte-te, foge à rotina, namora, beija, faz exercício etc...

Vais ver que o teu estado de alma muda rapidamente!

Sweet Villain disse...

Concordo totalmente com o comentário anterior!

E tu é que estás a fugir da vida linda. O que levamos desta vida no fim? Bem, o que é que interessa? O que interessa é o presente. O passado também é importante para que haja uma evolução, mas pensar demasiado no futuro não vale a pena.

Como tu mesma escreveste até podes estar para morrer (knock on wood!)! De que vale a pena pensar no Amanhã?!

VONTADE! É o que precisas! De VONTADE DE VIVER!

Bjs

Sweet Villain disse...

E na continuação do comentário anterior deixo-te um desafio:

Faz uma lista das coisas/situações boas que tens na vida e publica aqui. É um bom exercício, acredita...