Sou uma pessoa bastante frontal e directa e no seguimento desta minha maneira de ser, digo mais, desta minha vincada característica de personalidade, destesto rodeios.
Quando quero dizer alguma coisa, chego e digo. Não quero dizer, nem deixo subentendido. Tenho a experiência de que, na maioria das vezes, as pessoas não têm a capacidade de perceber o texto nas entrelinhas. E se vamos confiar que mensagem foi percebida como a queríamos entendida, esqueçam. Depois não se venham queixar.
Agora há que saber ser frontal e directo para não ferir susceptibilidades. Há que saber com quem estamos a lidar/falar. As pessoas não são todas iguais e alguns são mais sensíveis que outros. Outros há ainda que sofrem do síndrome de vitimização e tudo o que possamos dizer é encarado como um ataque. Nestes casos, é muito complicado. Por muita delicadeza que tenhamos, temos de assumir à priori que toda e qualquer palavra nossa irá ser mal interpretada. É quase necessária toda uma preparação com direito a discurso ensaiado, para que o resultado não assuma proporções nucleares.
Mas mais importante que toda esta preparação, é a inteligência emocional. Há que saber analisar as expressões do nosso interlocutor. Às vezes poderá ser precisa uma mudança no rumo da conversa - nunca se desviem tanto que percam o sentido inicial, pois dá a sensação de não sabermos o que queremos, o que transmite logo ideia de insegurança e/ou no pior cenário, imaturidade.
Em jeito de conclusão, há que ser assertivo, mas não arrogante ou prepotente.
Convém falar com as pessoas de igual para igual e não querer impôr superioridade, ainda que manifestamente a tenhamos. A humildade cai bem a todos.
Depois é irmos à aventura e explorar caminhos. Certo é que nem sempre corre bem ou como esperávamos, mas é assim que se vai aprendendo como em tudo o resto na vida.
Aliás, eu até tenho o lema pessoal de que temos que errar bastante para aprender. Convém é ir inovando nos erros para ganharmos "bagagem". Errar sempre no mesmo é que não dá com nada.
A verdade é que as relações, sejam elas de que natureza forem, são complicadas ou não fôssemos nós seres complexos, mas complicar ainda mais é uma perda de tempo útil que poderíamos aproveitar para efectivamente viver.
Por isso, sem rodeios: digam o que sentem, o que querem, o que desejam, exprimam-se!
A vida é curta demais! É um cliché. Mas é também um facto. E o relógio não pára de contar por ninguém.
Tic-tac, Tic-tac, Tic-tac...
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