Maldades, Maldades... Adoro Maldades!

Para apreciadores de "maldades" com nível, requinte e inteligência, que sabem saborear humor sátiro... Pautado por visões "dark side" do quotidiano.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Aparências

Tenho em crêr que nasceu connosco uma qualquer espécie de código que se instalou no nosso ADN ainda eramos nós meros embriões no útero das nossas mães e que nos permite instintivamente classificar as pessoas segundo a sua aparência.

Este método de avaliação despoleta-se automaticamente assim que estamos perante uma nova pessoa ou situação e em segundos definimos um padrão de comportamento que iremos seguir até, pelo menos, ser-nos demonstrado que a nossa primeira impressão estava errada (ou não).
Esta primeira impressão é decisiva. E em que consiste esta avaliação?

Em primeira mão na forma como a pessoa/situação se nos apresenta. No caso de ser uma nova pessoa, observamos a sua postura, maneira de estar, reagir, a forma como se apresenta quer em gestos, quer em indumentária, a maneira de falar, a forma como coloca a voz, etc. Eu dou muita importância aos pequenos detalhes. São eles que me dirão, mais que palavras, que tipo de pessoa tenho à minha frente.
Esta avaliação que se processa em escassos segundos, vai-nos guiar na resposta adequada a dar. À medida que vamos conhecendo melhor a pessoa, adaptamos comportamentos e atitudes consoante aquilo que nos vai sendo dado a conhecer.

Acontece que há pessoas que levam este conceito de avaliação ao extremo. E sabendo isso mesmo, pessoas há que só vivem para as aparências. Para aquilo que transmitem, ainda que falsamente, para as oportunidades que isso lhes possa proporcionar, ao tipo de vida social, profissional, pessoal a que isso os possa levar e a uma série de outros factores que contribuam para a sua ascensão.

Neste sentido, começam a ostentar vidas que na realidade não podem sustentar. Bom carro à porta, filhos em colégios particulares, roupas de marca and so on... O problema está que quando vamos analisar a vida deles ao pormenor, as dívidas acumulam-se e passa-se fome em casa. É muito triste!

Nem vos consigo passar em palavras os sentimentos que este tipo de vidas/situações me provoca. Fico mesmo desiludida com o ser humano. Felizmente não são todos assim, mas essas pessoas que assim o são, não têm a mínima noção de personalidade, carácter e amor-próprio. São pessoas fracas que só sabem dar valor ao que se pensa delas, vivendo na pressão de fazer figurino todos os dias. No fundo, deve ser uma canseira e esse comportamento só prova o quão fúteis são.

O que somos, o que valemos é muito mais abrangente que aquilo que é passado com a nossa aparência. Já tive oportunidade de conhecer pessoas que aparentemente nada diziam de positivo e que se revelaram ser espectaculares e verdadeiras surpresas dignas de respeito e admiração.

"As aparências iludem", "quem vê caras não vê corações", "don't juge a book by its cover", já se ouve há muito e é bom que cada vez mais tenhamos em mente estes ditados. Não nos podemos castrar com este tipo de avaliações. Mentes abertas e espírito criativo é o que é necessário para retirarmos alguma coisa de valor nesta vida.

E esta vida tem muitas mais coisas a valorizar do que o aspecto e a aparência que esta ou aquela pessoa tem. Acreditem!

Sem comentários: