Maldades, Maldades... Adoro Maldades!

Para apreciadores de "maldades" com nível, requinte e inteligência, que sabem saborear humor sátiro... Pautado por visões "dark side" do quotidiano.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Mulheres

Nutro um profundo sentimento de regozijo pela minha condição feminina. Sempre que digo sou "mulher com muito gosto e prazer" encho o peito de ar e sinto-me invadida pela energia espectacular que é ser-se mulher. Mas existem algumas criaturas do espécime feminino que me deixam realmente envergonhada do ser. E sinto uma revolta GIGANTE contra estas meninas que mancham a nossa imagem de forma degradante e aviltante.

E que fazem estas meninas para me deixarem desta maneira?!
São mulheres que, na minha opinião, têm atitudes que não abonam nada a favor da nossa inteligência e que pior ainda, marcam o exemplo pela negativa. Sim, porque a negativa é sempre muito mais fácil de generalizar. E infelizmente, o tipo de atitudes que vou descrever a seguir são transversais (até me dói dizer isto) a uma grande percentagem de mulheres.

Ciúmes
Acho que uma dose comedida de ciúme é saudável para uma relação (embora confesse que eu nem dessa dose sofra), mas quando isso se transforma numa perseguição cerrada, com excessos de tentativas de controlo e possessão, aí a coisa é definitivamente grave. A desconfiança constante que as faz andar a inspeccionar qual agente CSI os bolsos, a carteira, a mala, o tlm, os e-mail's, a roupa à procura da mais pequena evidência que as possa levar a inventar mais uma qualquer razão para arranjar discussão... É absoluta insanidade.

Como jamais seria capaz de tal coisa, não consigo sequer conceber que alguém faça isso.
É tudo uma questão de segurança. Se elas andam aí tão desesperadas com a possiblidade de saírem com a testa enfeitada é porque não têm amor-próprio e auto-estima suficientes.
Quando uma mulher sabe o que é e o que vale, tem a confiança necessária para nem sequer pensar nisso. E mesmo que tal venha a acontecer, saberão também que nada tiveram que ver com essa traição, encarando de forma muito mais pacífica e muito menos dramática/traumática superando e seguindo em frente. (Não vou falar agora de traição, mas é um tema a abordar futuramente.)

Gravidez
A gravidez é desde tempos imemoriais uma arma utilizada pelas mulheres na sua tentativa de "agarrar", "prender" um homem a elas através de um filho.
Juro que neste momento e só de ver isto escrito, me apetece gritar.
E mulheres que me estão a ler, se acham que estou a exagerar e que isso já não se usa hoje em dia, desenganem-se! Conheço mais casos do que  aqueles que gostaria.

É que nem sei o que dizer sobre este tipo de atitude. Choca-me, ofende-me que existam mulheres que utilizem a quase sagrada e divina capacidade reprodutiva na sua triste e patética tentativa de agarrar um homem. Mas querem saber uma coisa? Um filho não une ninguém e quanto muito nos dias que correm, desune os poucos casais que têm resistido às intempéries da vida conjugal.

E aqueles homens que se deixam enredar na situação de quererem ser pais presentes (porque felizmente cada vez mais os pais têm um papel importante a desempenhar e cada vez menos são os que se limitam a sustentar monetariamente, desejando fazer parte integrante da vida dos filhos), assumindo as suas responsabilidades e mantendo a relação com a mãe da criança... Também esses chegarão à conclusão que nada mais foram que vítimas de mulheres sem escrúpulos, caindo em artimanhas maquiavélicas e manipuladoras.
Ainda querem que diga mais alguma coisa?!

Histeria
Existem mulheres verdadeiramente histéricas. Não sabem dialogar, raciocinar, ter pensamento lógico e só discutem e discordam sem sequer saberem defender a sua posição com inteligência e contra-argumentação eficaz.

Fazerem-se de sonsas
Estas então... SOCORRO! Não aguento. E pior só mesmo os homens que olham para elas e creêm, sem margem para dúvida, na sua falsa sonsice. E mesmo quando tentamos chamá-los à atenção para esse facto, defendem-nas com unhas e dentes porque, "ah... Ela não seria capaz de tal coisa", "não seria capaz de fazer-me uma coisa dessas... Pelo menos, não propositadamente". A sério?! Mas acreditam mesmo nisso?!

Meninos, lamento dizer-vos que nós mulheres somos mestres em esquemas ardilosos para vos levar no sentido que desejamos. Não quer isso dizer que todas nós usemos essa nossa inata capacidade, mas meninas há que o fazem e muito habilmente. Compete-vos a vós ver com que propósito elas o poderão estar a fazer e se resultará em algo benéfico ou não.

Uma dica: se fosse para o bem, elas não usavam técnicas. "Para bom entendedor...".

Fazerem-se de burras
Ó pah! A sério! Mas vocês acham que os homens querem mulheres burras?! Bem... Se calhar querem e isso explicaria muita coisa, como por exemplo eu estar sozinha...
Recuso-me! Não aceito. Não vou fazer figurinhas só para o menino achar que sabe mais que eu ou que é mais inteligente e poder fazer-se de senhor da razão. E se ele efectivamente souber mais que eu, também não me reservo ao papel de tolinha, só para cair nas suas graças. Personalidade! É preciso ter muita personalidade.

Bem... E acho que tinha aqui "pano para mangas", até porque à medida que fui escrevendo fui-me lembrando de outras atitudes igualmente desprezíveis ao ponto de estar aqui quase a espumar qual cão enraivecido, mas não posso escrever mais. Reparei agora no tamanho gigante que este post tem. Entusiasmei-me. Sorry!

George Harrison - Got My Mind Set On You

quinta-feira, 29 de abril de 2010

"Perguntas Idiotas, Respostas Cretinas!"

Sou alérgica, completamente alérgica a perguntas idiotas! E não existe nenhum anti-histamínico capaz de me resolver (ou quanto muito amenizar) os sintomas.
Quando estou a ter uma crise alérgica desse foro... É muito complicado não soltar uns "espirros" que é como quem diz, umas respostas à altura.

Como infelizmente, deparo-me diariamente com situações que me levam aos limites do considerado aceitável como "dose do dia", tenho de apelar a todo o meu bom senso e sentido racional para não haver "sangue"... Até porque, grande parte do meu trabalho está na lidação directa com o cliente e acreditem, não é nada fácil.
E assim sendo, passo a dar-vos um exemplo do tipo de perguntas idiotas que maior nível alérgico me provocam.

Situação: Estou a ligar da minha extensão profissional para a extensão directa de um outro colega.
Pergunta Idiota: Quem fala?!
- Socorro!! O meu nome aparece aí no telefone, amigo(a)! Não sabes ler?!

Situação: Entro em casa.
Pergunta idiota: Já chegaste?!
- Não, estás a ter uma alucinação!

Situação: Estou a dormir e sou "sacudida".
Pergunta idiota: Estás a dormir?!
- Estava, agora já não!

Situação: Ligam-me para o número fixo de casa.
Pergunta idiota: Onde estás?
- No Polo Norte. Um furacão deslocou-me a casa até aqui!

Enfim... Acho que perceberam a ideia. Perguntas cujas respostas sejam demasiado óbvias, provocam-me séria urticária. E eu juro que tento controlar a má língua e não dar uma resposta torta, mas é impossível. Toda e qualquer pergunta idiota causa em mim um pequeno surto de psicopatia. E como tenho o defeito (na realidade é feitio) de dizer tudo, está visto que calar-me está fora de questão.

Há outra coisa que detesto quase tanto quanto as perguntas idiotas: é quando digo uma coisa e a outra pessoa repete o que acabei de dizer como se acabasse de ter um qualquer brilhante rasgo de compreensão e a ideia fosse originalmente sua. Quase que a pessoa fica ofendida por eu ter dito primeiro como, se de alguma forma, me acusasse de crime telepático e me quisesse no banco dos réus por tal ousadia.

Bem... Como podem verificar, tenho graves acessos de mau feitio. Consigo, na maioria das vezes, controlá-los com relativa sensatez e quem me conhece bem não puxa a corda, porque sabe que tanto esticar pode fazer a coisa rebentar. Ainda assim quando se distraem e se saem com um disparate, basta o meu olhar fulminate e a mensagem é passada.

Mas não pensem que isto só funciona uniteralmente. Os meus amigos, familiares e pessoas mais íntimas têm o mesmo direito, digo mesmo, obrigação de agir de igual modo para comigo. É só sinal de que me rodeio de pessoas inteligentes ao ponto de também me conseguirem colocar no meu lugar. E isso é sempre um motivo de orgulho para mim.

Gorilaz - Clint Eastwood

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Canudos

No nosso país existe muito o estigma do canudo, leia-se licenciatura, mestrado, doutoramento.
Os títulos académicos surgem como uma praga a cada esquina e é vê-los a desfilar por aí: Sr. Dr., Sr. Eng., Sr. Arq., Sr. Adv., Sr. Pu** que o pariu! - É isso que tenho a dizer.

As pessoas não nasceram com títulos ou níveis académicos. Os estudos que seguiram são única e exclusivamente a sua profissão. Não é isso que faz as pessoas. Não é isso que nos forma ou dá educação. Até porque quanto maior o grau de escolaridade, menor a educação. Ainda não percebi porquê, mas parece ser uma coisa proporcional. Quando um sobe, o outro desce. É claro que há excepções, mas esses são uma minoria.

Melhor ainda é quando o título aparece como prefixo nos cartões de crédito, visas e cheques.

POR FAVOR! Mas havia necessidade?!

Eu ainda consigo conceber que no local de trabalho, sejam tratados dessa forma pelos seus subordinados, mas quando esta forma de tratamento se transpõe para a vida pessoal quotidiana... Nojo! Juro que me chega a dar vómitos.

Que interessa à senhora da caixa do supermercado se o senhor que está a pagar a conta é doutor ou engenheiro?! Têm direito a um desconto?! É isso?!

Eu trabalho num sítio cheio de doutores e engenheiros. Muitos deles não sei de que doutoramentos e engenharias tratam, mas são grandes senhores. E sabem a melhor? Tratam-se entre eles, mesmo quando no mesmo nível hierárquico, pelos títulos. E não. Não estão a brincar. Agora imaginem:

- Bom dia, Sr. Dr. como está?
- Ah, óptimo Sr. Eng.! E o Sr. Eng. como tem andado?
- Já sabe como é Sr. Dr. leva-se um dia de cada vez.

E lá seguem a sua vidinha imbecil, insuflados nos seus gigantes egos.

Um dia uma senhora estava a falar comigo, no meu local de trabalho e, às páginas tantas, trata-me por doutora. "Não sou!" - Respondi eu. - Ah! Desculpe Sr.ª Eng.ª! - "Também não!" - Continuo. - Ah... Então como a posso tratar?! - Por MM. É esse o nome que consta no meu B.I.

Outra situação:
Fui abrir uma nova conta no banco onde já tinha outras duas. O gerente que conheço perfeitamente diz-me:
- MM que título quer que conste no seu novo cartão?
- O mesmo que nos outros.
Ele verificou e disse:
- Nem tem nenhum.
- Precisamente. E já agora por curiosidade, se eu lhe indicasse o título o MF iria verificar essa informação?!
E ele olhou para mim com um ar afectado. Enfim... Acho que respondeu a tudo. A quantidade de gente que aí andará com títulos em cartões e cheques que na realidade não têm. No comments!

E agora querem vocês saber que título tenho eu?! Desculpem, mas não me parece ser relevante. Sou MM desde que nasci e serei MM até morrer. Com estudos ou sem estudos, com formação ou sem ela o meu nome é imutável e não carece de apêndices.

Tenham um bom dia, senhores doutores, engenheiros, arquitectos e advogados!

Johnny Nash - I Can See Clearly Now

terça-feira, 27 de abril de 2010

Cirurgia Estética

Quem de nós já não sonhou, fantasiou, idealizou o fanfástico que seria remodelar esta ou aquela parte de nós que, por qualquer motivo, não apreciamos sobremaneira?!

Sejam honestos, vá! Ninguém gosta de absolutamente tudo em si. Podemos até gostar do conjunto e apreciar o que vemos reflectido no espelho, mas daí a dizermos que o nosso todo é magnífico... Acho que nem aqueles que magníficos parecem aos nossos olhos, o dirão.

A verdade é que cada vez mais nos preocupamos com a beleza do nosso físico. Queremos prolongar a juventude e nesse sentido, cuidamos do que comemos, fazemos exercício, usamos cremes que retardam sinais de envelhecimento, procuramos actividades que revitalizem corpo e mente... E até já o culto da massagem e spa pertence à classe dita média em vez de ser um capricho exclusivo dos mais abastados.

Valorizamos o nosso aspecto e a saúde que o nosso corpo transmite e procuramos estar e ser o nosso melhor.
É aqui que a cirurgia estética está a ganhar terreno. Nesta nossa nova obsessão em ter corpos perfeitos ou pelo menos, melhorados.
A problemática está que esta questão está a ultrapassar o nível do razoável e do bom senso.

Eu até compreendo que há pessoas que realmente necessitam de uma intervenção desse género e digo mais, existem pessoas que são seriamente afectadas tanto a nível psicológico, como físico por problemas graves e que infelizmente em Portugal não têm o devido acompanhamento. Acho que nessas situações, o Estado devia após análise detalhada, dar a atenção necessária, comparticipando com as despesas que estas operações acarretam. Mas enfim... É o país que temos.

Agora há pessoas que só podem estar mesmo loucas. Vi ontem nas notícias da noite, que existem mulheres que estão a optar por retirar os seios saudáveis (mastectomia profilática) apresentando como razão uma medida radical de prevenção contra cancro de mama. E isto foi notícia, porque os médicos perceberam que afinal a razão que estava por detrás de tal decisão se devia à insatisfação dessas mulheres com os seus seios. Como a razão oficial seria cancro, o Estado comparticipa a colocação de próteses e elas felizes e contentes.

Estas senhoras deviam era ser seguidas por um psiquiatra. Isto não é nem pode ser encarado de ânimo leve como se nada fosse que não mais um esquema fraudulento para enganar o Estado. Estamos a falar de saúde. E a saúde mental destas senhoras não é de todo saudável.

Sabem que mais? O ser humano é um eterno insatisfeito e ainda que fosse a pessoa mais perfeita à superfície terrestre iria continuar a encontrar defeitos. Faz parte da natureza humana.
Compreendo e acho bem que quem possa, procure formas e métodos de melhorar o seu aspecto, mas endividarem-se, ganharem depressões ou tomarem atitudes radicais por coisas que muitas vezes é só e apenas a sua insegurança a falar, não! Assim não!

Cada um é como é e felizmente não somos todos iguais. Como seres individuais que somos, também os nossos gostos são diferentes e ainda bem que assim é. Acima de tudo, é importante aceitarmo-nos como somos, ainda que possamos reconhecer as coisas que gostamos menos em nós, sem fazer disso um drama ou trauma e compreendendo que o todo é que interessa.

Os nossos pequenos defeitos são o que nos dá personalidade e carácter. Alterar algum traço nosso requer boa estrutura mental e objectivos realistas. Não é algo que se faça porque sim ou para fugir da rotina. Sendo que há quem deposite nesse tipo de procedimentos expectativas surreais e depois saia gorado.

Muitas vezes o que nós não gostamos não está propriamente ao alcance de um bisturi. Mas como temos de arranjar um "bode expiatório", focamos a nossa atenção naquela característica menos apelativa  e assim faremos sucessivamente até que nos apercebamos que o que precisamos ver melhorado, transformado e aperfeiçoado reside, nada mais nada menos que, no nosso interior.

Ainda o Tango

Bem... Parece que não consigo arranjar par para dançar tango. E mais, quando pergunto aos meus colegas e amigos se querem ser meu par ou assumem a minha pergunta como brincadeira, desatam a rir e viram-me costas ou ficam altamente ofendidos como se lhe estivesse a fazer uma qualquer proposta indecente. 

- Tango?! Uhhh... Medo! - Não acho isto nada normal.

Sugeriram-me escolher outro estilo, uma vez que "o tango não era uma dança muito atractiva". - Não é atractiva?! Como é possível?! Não estou a entender. Aquela sensualidade toda, o movimento sincronizado dos corpos, a paixão, o desejo que passa através das expressões corporais e faciais... Não vejo nada mais atractivo. - Ainda assim, acatei a sugestão e aquando do "não" à minha pergunta sobre se queriam ser meu par no tango argentino, passei a dar-lhes a oportunidade de sugerirem outra modalidade. Surpresa das surpresas, continuei a levar com um redondo "Não".

Além do "não", perdi conta à quantidade de bocas foleiras como "tango danço contigo na horizontal".

SOCORRO! Menos, muito menos!

Meninos, para esse dito tango horizontal safo-me bem a encontrar par sozinha. Não preciso de andar a pedir a ninguém. Aliás, acho que no que diz respeito ao par para tango, ando já a mendigar. Ainda vou dar por mim a perguntar ao carteiro. LOL!

Enfim... A professora do tango argentino é uma querida e mandou-me ontem ao final do dia um e-mail a dizer que gostou de me ter lá e que aguarda a minha presença mesmo sem par, porque nos desenrascamos. Dançar com a professora tem as suas vantagens: aprendo melhor. Mas gostava mesmo de arranjar alguém que fosse comigo, até porque era muito mais vantajoso a nível monetário.

Até lá, continuo a aguardar que algum cavalheiro tenha a coragem de se chegar à frente.

E acrescento: não sabem o que perdem. A dança é altamente terapêutica.
Quaisquer problemas que tenhamos, desaparecem enquanto tentamos acompanhar os passos e tentamos não cair redondos no chão. É revigorante e faz bem à alma e ao espírito. Aconselho vivamente! Mexam-se! É bom, faz bem e aumentamos o nosso conhecimento. E melhor, sempre dá para fazer bonito em festas de casamento! ;)

Ben E. King - Stand By Me

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Aparências

Tenho em crêr que nasceu connosco uma qualquer espécie de código que se instalou no nosso ADN ainda eramos nós meros embriões no útero das nossas mães e que nos permite instintivamente classificar as pessoas segundo a sua aparência.

Este método de avaliação despoleta-se automaticamente assim que estamos perante uma nova pessoa ou situação e em segundos definimos um padrão de comportamento que iremos seguir até, pelo menos, ser-nos demonstrado que a nossa primeira impressão estava errada (ou não).
Esta primeira impressão é decisiva. E em que consiste esta avaliação?

Em primeira mão na forma como a pessoa/situação se nos apresenta. No caso de ser uma nova pessoa, observamos a sua postura, maneira de estar, reagir, a forma como se apresenta quer em gestos, quer em indumentária, a maneira de falar, a forma como coloca a voz, etc. Eu dou muita importância aos pequenos detalhes. São eles que me dirão, mais que palavras, que tipo de pessoa tenho à minha frente.
Esta avaliação que se processa em escassos segundos, vai-nos guiar na resposta adequada a dar. À medida que vamos conhecendo melhor a pessoa, adaptamos comportamentos e atitudes consoante aquilo que nos vai sendo dado a conhecer.

Acontece que há pessoas que levam este conceito de avaliação ao extremo. E sabendo isso mesmo, pessoas há que só vivem para as aparências. Para aquilo que transmitem, ainda que falsamente, para as oportunidades que isso lhes possa proporcionar, ao tipo de vida social, profissional, pessoal a que isso os possa levar e a uma série de outros factores que contribuam para a sua ascensão.

Neste sentido, começam a ostentar vidas que na realidade não podem sustentar. Bom carro à porta, filhos em colégios particulares, roupas de marca and so on... O problema está que quando vamos analisar a vida deles ao pormenor, as dívidas acumulam-se e passa-se fome em casa. É muito triste!

Nem vos consigo passar em palavras os sentimentos que este tipo de vidas/situações me provoca. Fico mesmo desiludida com o ser humano. Felizmente não são todos assim, mas essas pessoas que assim o são, não têm a mínima noção de personalidade, carácter e amor-próprio. São pessoas fracas que só sabem dar valor ao que se pensa delas, vivendo na pressão de fazer figurino todos os dias. No fundo, deve ser uma canseira e esse comportamento só prova o quão fúteis são.

O que somos, o que valemos é muito mais abrangente que aquilo que é passado com a nossa aparência. Já tive oportunidade de conhecer pessoas que aparentemente nada diziam de positivo e que se revelaram ser espectaculares e verdadeiras surpresas dignas de respeito e admiração.

"As aparências iludem", "quem vê caras não vê corações", "don't juge a book by its cover", já se ouve há muito e é bom que cada vez mais tenhamos em mente estes ditados. Não nos podemos castrar com este tipo de avaliações. Mentes abertas e espírito criativo é o que é necessário para retirarmos alguma coisa de valor nesta vida.

E esta vida tem muitas mais coisas a valorizar do que o aspecto e a aparência que esta ou aquela pessoa tem. Acreditem!

P. Diddy feat. Faith Evans - I'll Be Missing You

sábado, 24 de abril de 2010

SPA

Não! Não vou falar de spa's, embora confesse que adoro aquelas massagens maravilhosas, com aqueles óleos perfumados fantásticos naqueles ambientes quentes e intimistas... Bem já estou a divagar.

Vou mesmo falar da Sociedade Portuguesa de Autores, no seguimento de eu querer publicar aqui os meus "escritos" e de ter recebido feedback que vai de encontro à minha opinião no sentido de registá-los primeiro.

Acontece que os meninos pedem 150€ para tal feito. Não percebi se esse valor é só e apenas a cota ou se ainda se tem de pagar mais "x" por cada obra a registar. E não percebi também (porque ainda não me dei ao trabalho de ligar para lá e colocar todas as minhas questões) se à medida que vou criando mais coisas e em querendo registá-las, se tenho de voltar a pagar a tal importância.

Bem... Não dispondo actualmente e assim do nada de 150€ a dar por palavras, terei lamentavelmente de sobreviver sem vos dar a conhecer a minha mente distorcida. Pelo menos por enquanto, terão de se contentar com os meus habituais devaneios e opiniões sobre os temas do quotidiano que me vão surgindo.

O que acabou de me dar a ideia de vos lançar um desafio: se houver algum tema sobre o qual vocês me queiram ver escrever, chutem! Prometo considerar a sugestão e se realmente achar ser uma coisa capaz de dar uma boa história com requintes de malvadez à mistura, assim o farei.

Se entretanto e em relação aos 150€, estiverem interessados em fazer uma "vaquinha" para me ajudar... Estejam à vontade! ;) 

Um bom fim-de-semana para todos!

James Blunt - Same Mistake

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Porquê Tango?

Ainda perguntam?!
Uma paixão. Uma GRANDE paixão!
Viram bem o movimento dos corpos?
A sensualidade?
A química de sedução?
 É preciso dizer mais alguma coisa?!

"It's like sex on hard wood!"

Mais Tango

Filme com Antonio Banderas, aqui num dos melhores tangos que vi em filmes acompanhado (claro está) da banda Gotan Project.

Gotan Project - Tango Argentino

Tango Argentino

Fiel ao prometido para com a minha pessoa, hoje fui a uma aula de Tango Argentino.
Não escrevi aqui nada a respeito desta minha iniciativa (apesar de ter bradado a quem quisesse ouvir que hoje iria ao Tango), porque pareceu-me que isso implicaria um carácter de obrigatoriedade. E quando obrigada é que não faço mesmo nada. 

Assim, disse aos meus colegas de trabalho (aos mais íntimos, claro), aos meus amigos, família, etc na esperança de me convencer que não poderia faltar com a minha própria palavra.

Confesso que cheguei a casa estoiradíssima e que a última coisa que me apetecia era dançar Tango, mas lá me incentivei, ao menos não fosse para passar pela experiência, muni-me de coragem e lá fui pronta a levar uma tanga.

Cheguei ao Teatro 15 minutos antes da hora (20h), porque vi no site da escola de dança que tinha de preencher umas papeladas e pagar 5€ para experimentar a aula. Fui atendida por um recepcionista muito à frente, mas julgo que esta gente das artes é toda meio estranha. Para estranho, estranho e meio e lá encetámos numa agrádavel conversa de malucos, sendo que o grave é que nos entendemos.

Chegada a hora, começo a ver só casalinhos a chegar ao salão - Ok, estava preparada para isto.
Todos os casais acima dos 35 anos, alguns talvez já na casa dos 40 - Também estava preparada para isto.
E ali estava eu no meio deles, sem prática nenhuma e eles já com umas 10 aulas de avanço - Para esta parte não estava muito preparada.

Pensei: Deixa-te lá de coisas e vive o momento!

Entrámos e a professora cheia de energia põe Gotan Project a tocar. A única música que se poderia impôr e eu adoro-os.
Chegam mais 3 casalhinos, desta feita malta para a minha faixa etária e mais duas senhoras sozinhas.

Fui apresentada como a "virgem" o que é sempre simpático e quebra o gelo e "toca lá mas é de dançar que é para isso que aqui estamos".

SOCORRO!
Aquilo pode não parecer, mas é complicado. Mais, é impossível dançar Tango sem par. E estavámos 3 mulheres ali, literalmente, a ver os outros dançar.

Elas timidamente chegaram-se ao pé de mim e disseram:
- Estranho. Hoje há mulheres a mais. Costuma ser ao contrário.
Ao que eu respondi:
- Isso comigo é normal. Eu tenho a capacidade de afugentar os homens todos com a minha presença. - E dirigi-lhes o meu melhor sorriso.

Bem, a professora dançou com as três à vez, fazendo ela de cavalheiro na equação e eu saí de lá com 3 certezas:
1ª: Aquilo é muita perna para um lado e cruzar perna para o outro e atrofia o sistema todo;
2ª: Dá muito trabalho. Tem muita técnica. Aliás, 90% do Tango é técnica;
3ª: Preciso de arranjar um par. URGENTEMENTE!

Por isso, lanço aqui a petição online para "Procura-se Macho para par de Tango Argentino".
Quero começar as aulas on regular bases no mês de maio o que só me deixa como margem de manobra, uma semana.

Amigos, os de vós que estejam interessados em ser meu par às sextas às 20h todas as semanas, escrevam-me. E os de vós que não quiserem/puderem, por favor contactem os vossos amigos e perguntem-lhes se estão interessados.

Preciso de um par! Mesmo e a sério. Ah! E já agora se não for pedir muito, um cavalheiro disponível, interessante e bem parecido, vem sempre a calhar! ;)

Boss AC - Rimas de Saudade



"(...) Porque é que custa tanto,
Porque é que a ausência dói assim?
Sinta a tua falta! Preciso de ti ao pé de mim!
(...) Choro, desespero...
Não sei o que espero!
Só me resta ser sincero:
Sem ti, ZERO!
(...) Escrevo para não chorar...
Mas choro contra a vontade!
Não são lágrimas...
Choro rimas de saudade!
(...) Penso na solução,
Mas a solução é o problema!
Estendo a mão para te tocar...
Mas é saudade que me algema!
(...) Sozinho em pensamentos que não pedi para ter!
Preso em recordações que tento em vão esquecer!
Tudo à minha volta parace gritar o teu nome...
Tu és o som e o silêncio que de madrugada despertou-me!
Tu és o frio!
O lado da cama que vejo vazio!
A saudade existe....
Mas nunca ninguém a viu!"

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Sim ou Não?

Alguns de vocês, caros amigos que me conhecem e acompanham, sabem que foi a minha paixão pela escrita que me fez criar este blog. Uma maneira prática de eu poder colocar em palavras as pancadas que me dão, a maneira de eu pensar e de ver as coisas à minha volta.

Acontece que de há umas semanas para cá, ando com vontade de publicar aqui neste espaço tão meu e íntimo, ainda que partilhado com quem me quiser ler, os meus textos.

Textos da minha autoria, pequenos contos e excertos que eu tenho vindo ao longo dos anos a escrever.
São fruto dos meus constantes estados depressivos e produto da minha mente algo perturbada e complexa, mas que no entanto, têm muito conteúdo nas entrelinhas.
Ando com esta dúvida, quanto a publicá-los aqui ou não, porque vai ser uma forma brutal de exposição da minha pessoa, dos meus sentimentos, ideias e fantasias.

É uma escrita profunda e sombria, com rasgos de insanidade, mas que retratam muito bem realidades e pessoas. É imprópria para pessoas com tendências suícida, pois em muitos desses textos "matei-me" abstratamente falando.

Gostava de saber o que pensam vocês sobre isso. Escrevam-me! Digam-me se posso confiar os meus "tesouros" nas vossas mãos e se eles serão tratados com o carinho, amor e dedicação com que eu os criei e se estarão protegidos nos vossos colos tal como eu os embalo.

E mais uma vez, obrigada por dedicarem um bocadinho da vossa vida a lerem-me!

Beijos GRANDES para todos e um especial agradecimento por manterem a minha pessoa no anonimato.

Sinead O'Connor - Nothing Compares

"(...) It's been so lonely without you here...
Like a bird without a song.
Nothing can stop these lonely tears from falling.
Tell me baby where did I go wrong?
I could put my arms around every boy I see,
but they'd only remind me of you.
I went to the doctor and guess what he told me,
guess what he told me?
He said: girl you better try and have fun no matter what you'll do. 
But he's a fool.
'Cause nothing compares...
Nothing compares to you!"

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Às Vezes Não Há Alternativa

Soube a semana passada de quatro situações distintas que tiveram o mesmo desfecho: Divórcio.
Quatro casais em diferentes faixas etárias, com diferente número de anos de casados que, aparentemente de um momento para o outro, decidiram acabar com a relação que tinham.

Em duas situações, eles foram viver com outras mulheres. Numa situação, foi comum acordo e numa outra, foi puro abandono. Além de abandono, foi a meu entender a situação mais complicada das acima descritas.

Explicando: após três anos de tratamentos de fertilidade por parte deste casal na tentativa de aumentarem a família, nada parecia tornar esse desejo possível. Desistiram dos tratamentos e, como sempre, após esta decisão eis que a gravidez acontece. Ela vai contar ao marido a feliz notícia e ele diz-lhe que ainda bem que o aborto é legal, porque é a oportunidade ideal de o praticar já que vai deixá-la. E deixou mesmo. Fez as malas ainda nesse dia e desapareceu do mapa.

Há que convir que o timming foi péssimo e a sensibilidade e repeito pela outra pessoa eram inexistentes, mas comentários à parte... O que eu acho é que não se deve criticar. Ao contrário do que possa parecer à partida, essas decisões não se tomam de ânimo leve. Ninguém decide do nada acabar com uma vida conjunta, já com filhos em alguns casos, porque acordou com a telha nesse dia. (Falando de pessoas mentalmente sãs.)

Esse tipo de decisões que podem parecer abruptas, têm vindo a ser arquitectadas há já longo tempo dentro da cabeça dos protagonistas e eu acho que requerem muita coragem.
Ter uma vida toda ela programada, orientada e decidir-se acabar e alterar tudo requer mesmo muita coragem.
E acima de tudo, requer coragem porque o mundo parece virar todo contra essas pessoas. Família (mesmos os pais e irmãos) e amigos (os melhores amigos) são os primeiros a atirar a pedra.
É saber-se sozinho contra tudo e todos e optar por viver com a sua própria consciência e seguir o caminho que eles entenderem levá-los à felicidade.

E não é o que queremos todos afinal... Ser felizes?

Estas pessoas apenas se limitaram a agarrar na vida e vivê-la ao invés de seguirem o caminho da hipocrisia, da falsidade e manterem uma vida infeliz nas relações que tinham em prol de um qualquer bem maior. Não há bem maior que a nossa paz de espírito e às tantas é só estar-se a adiar o inadiável e a evitar o inevitável.

Madonna - Take A Bow

"(...) All the world is a stage
and everyone has their part.
But how was I to know which way the story'd go...
How was I to know you'd break...
You'd break my heart!"

terça-feira, 20 de abril de 2010

Mundo LOUCO

Acho que o mundo ensandeceu! E quando digo mundo, estou em primeira mão a referir-me ao Planeta Terra e só então depois às suas gentes.
Deixem-me então partilhar convosco my personal conspiracy theory:

O Planeta Terra ficou louco. Prova disso mesmo são os terramotos que se fazem sentir diariamente em vários pontos do mundo, as cheias, os tufões, as tempestades e toda uma panóplia de catástrofes naturais que andam a matar indiscriminadamente.

Na sequência destas calamidades, vem ao de cima o que de mais básico existe no ser humano, o seu instinto de sobrevivência, vulgo, instinto animal. Instinto esse que se tem vindo a manifestar na crescente criminalidade que assistimos. Pessoas matam outras, a violência doméstica escalou, o bullying ganhou um nome bonito (sim, porque o fenómeno já existia), o carjacking e uma lista interminável de actos violentos.

Creio que não estando o Mundo a conseguir eliminar-nos da forma eficaz que se calhar pretendia... Está em simultâneo a lançar uma qualquer espécie de gás inodoro que está a alcançar as nossas mentes e a fazer-nos ser completamente desprovidos de bom senso e/ou razão.

Sim, sei! É uma teoria um bocadinho para o rebuscada... Mas afinal, criei este blog para poder dizer os disparates que me apetecem.

A verdade é que ultimamente, acho que as pessoas à minha volta enlouqueceram.
E nós aqui em Portugal, que eu saiba, ainda não tivemos nenhuma catástrofe em grande escala que possa justificar as loucuras que assisto, daí a minha teoria do tal gás.
Este gás anda a apoderar-se da nossa psique, tornando-nos pessoas egoístas, mesquinhas, intolerantes, impacientes, descrentes e, acima de tudo isto, mal-amadas.

E digo "acima de tudo" porquê?
Porque eu acho que o amor, seja ele de que natureza for, é o combustível natural que nos move. Há quem lhe atribua outros nomes, mas a base é sempre a mesma: Amor. Quer gostem quer não, é mesmo assim.
Como qualquer reserva de combustível natural, há que ser devidamente mantida de modo a não esgotarmos os recursos... Mas esta reserva natural chamada amor que "nasce" nos nossos corações está a atravessar um período de crise tal como o Mundo.

Deixou-se de crêr no amor. Passou a ser uma utopia que só existe na fantasiosa mente humana e assim sendo, não há enredo, não há paixão...

E sem esta suprema capacidade humana... O que resta então?
A resposta está à nossa volta. Basta observar com atenção.

James Morrison - The Pieces Don't Fit Anymore

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Medo, Muito Medo

Só um pequeno apontamento para vos dizer que estou uma pilha de nervos. Aliás, uma pilha não! Sou já uma autêntica central nuclear no seu ponto de ruptura. Caso isto exploda... A vida conforme existe desaparecerá instantaneamente num alargado raio de quilómetros à minha volta.

É 2ªf, passei o fim-de-semana doente e isto não está NADA fácil...

Ornatos Violeta - Ouvi Dizer

Versos finais pela voz de Vitor Espadinha:
"(...) A cidade está deserta e alguém escreveu o teu nome em toda a parte:
Nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas... Em todo o lado essa palavra repetida ao expoente da loucura!
Ora amarga, ora doce... Para nos lembrar que o amor é uma doença, quando nele julgamos ver a nossa cura!"

domingo, 18 de abril de 2010

Será possível...

... Desejar-te tanto que não pense em nada mais que não ter-te?
... Estar a afundar-me num imenso abismo de desespero que me está a levar à loucura?
... Que não faças nada quando sinto o mesmo desespero da tua parte?
... Que vás deixar passar impune a química que existe por persistires numa qualquer tentativa falhada de fingires que não se passa nada?
Será possível?!

Pearl Jam - Better Man

sábado, 17 de abril de 2010

Quantas?

Quantas lágrimas preciso chorar até secar?!
Quantas perdas preciso sentir até deixar de magoar?
Quantas palavras escritas na brancura do negro imaculado preciso escrever até esgotar?
Quantas são as vezes que só a mim tenho para me embalar?


Quanto mais tempo terá de passar até que a paz me albergue e eu possa serenar?

Bruce Springsteen - Streets Of Philadelphia

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Sou Como Sou

É assim tão difícil chegar-se ao pé de uma pessoa e dizer-lhe o que estamos a sentir?!
É mais fácil evitarmos cruzar-nos com essa pessoa numa tentativa rídicula de evasão, usando subterfugios desnecessários?
Não seremos todos adultos responsáveis pelos nossos actos, tendo o conhecimento prévio de que temos de levar com as consequências do que fazemos, não fazemos, dizemos, não dizemos?!

Pensava que sim!

Eu, da minha parte, sempre fui muito mulherzinha para admitir os meus erros e as minhas acções, assumindo sempre as consequências das minhas atitudes.
Custa-me crêr que não sejam assim. E ainda mais quando não o são assim para mim. Para mim... A pessoa a quem se pode dizer praticamente TUDO. Quem me conhece, tem a obrigação de saber que pode chegar ao pé de mim e dizer tudo. Mesmo que seja algo verdadeiramente mau, eu prefiro saber a viver na ignorância.

Sou aquele tipo de pessoa que gosta de saber as coisas, ainda que elas me possam magoar, doer ou até mesmo matar (figurativamente falando). Sempre resolvi os meus problemas a falar. A conversar. Qual é o medo?!
Às vezes acho que as pessoas têm medo de mim... E o pior é que já muita gente me disse que intimido as pessoas à minha volta.

Caramba!? Mas por quê?!

Por ser despachada e dizer o que me dá na real gana?! Por não ter pudores, preconceitos e falar de tudo desde o assunto mais intelectual e sério ao mais escabroso e embaraçoso?!
É assim que sou. Não falto ao respeito a ninguém e orgulho-me de poder dizer que sou uma pessoa bem aceite. Alguém de trato fácil (mas não arbitrário), sociável e open-minded.

Existe aqui algum factor "medo" a ter para comigo?! Não me parece!
Estou em crêr que é mais a própria insegurança dessas pessoas que as faz ser assim para mim e não sabendo lidar consigo mesmas, como lidar com alguém como eu?!

Sinto-me muitas vezes um bicho raro, mas também recuso-me a ser mais uma pessoa no meio de tantas. Sou EU e vivo bem com isso e quem quiser "viver" comigo, é isso que tem de aprender.

Simply Red - The Air That I Breathe


"(...) Making love with you has left me peaceful warm inside.
What more could I ask, there's nothing left to be desired."

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Fatalidade

Tenho, de há umas semanas para cá, andado com uma estranha sensação de fatalidade.
Fatalidade esta que surgiu no seguimento de uma conversa telefónica com uma amiga minha - a Cobrinha. Já falei dela num post.

Passo a explicar: vou de férias em Agosto para Itália com esta minha amiga e outro grupo de amigos. Somos doze ao todo. Estávamos a combinar detalhes e diz-me ela:

- Olha lá, não fazes anos enquanto lá estivermos?!
- Faço!
- Ah! Então temos de marcar alguma coisa para assinalar a ocasião. São 27, não é?
- Sim!

E pronto! Está aqui o ponto de viragem.

Sim, eu já sei que vou fazer 27 anos. Não é novidade. A novidade está que esse número abateu-se sobre o meu corpo com um peso extraordinariamente arrebatador e que agora não sai de cima de mim.
Vinte e sete anos?! Escrito por extenso, não fica melhor! :s

Sim, estou óptima e sinto-me óptima. Aliás, sinto-me bastante melhor que aos meus 18, 19 ou 20 anos. Mas a verdade é que estou em contagem decrescente à entrada do estigma dos trinta.
Dei por mim, desde então, a ter uma noção de efemeridade e transitoriedade que é deveras assustadora.

Parece que saí do mundo cor-de-rosa (mundo por onde nunca tive a feliz oportunidade de passar) e acordei para a realidade: a vida é demasiado curta. Farto-me de trabalhar para conseguir ter alguma coisinha e não alcancei um terço do que já gostaria de ter.

Ok! Bem sei que este sentimento é transversal à maioria das pessoas da minha geração... Mas deixem-me lá desabafar...

Comecei a achar que durmo demais, trabalho demais, penso demais, chateio-me, stresso-me, preocupo-me DEMAIS em oposição a tudo o resto que faço de menos. Não me divirto, não saio, não fujo da rotina, não procuro coisas novas, gente nova, não namoro, não beijo, não faço exercício, não compro futilidades pelo simples prazer de comprar, não me mimo o suficiente, etc...

E o que levamos desta vida no fim?! Sim, porque a única certeza que existe nesta vida é que ninguém cá fica para contar a história. E sei também que estou para aqui apenas a constatar o óbvio, mas será que já algum de vocês sentiu na pele a fatalidade desta vida?! O quão pouco tempo nos parece restar?!

Se calhar estou para morrer, não sei! Sei que ultimamente, a vida parece-me fugir por entre os dedos como simples grãos de areia... E sinto-me tão só, tão perdida... Com uma dor tão grande e incomensurável que se torna difícil traduzir os sentimentos que me fustigam em meras palavras...

Live - Lightning Crashes


"(...) I can feel it coming back again, like a rolling thunder chasing the wind.
 Forces pulling from the center of the earth again... I can feel it!"

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Marionetas

Em conversa com a minha irmã e com alguns amigos meus, pude verificar que andamos todos dentro da mesma linha de raciocínio.

Partilhamos a mesma decepção pelas pessoas, pelas relações, os mesmos conflitos profissionais, o mesmo marasmo doméstico... E de tal forma que accionámos o modo automático. Aquele modo que nos permite, levantar todas as manhãs e encarar mais um dia com toda a sua rotina predefinida, sem termos de utilizar muita da nossa atenção. O modo que está já programado para uma série de possíveis situações, permitindo uma rápida e espontânea resposta. O modo que está prestes a ganhar autonomia própria dada a quantidade de vezes em que nos esquecemos de o desligar.

Isto assusta-me! Dá-me aquela sensação de que estou a ser "engolida" pelo sistema. Sendo que o sistema é toda aquela parte da nossa vida que suportamos porque precisamos e que traz agregada outra série de coisas: emprego, colegas, cinismo, borucracia, incompetência, estupidez e outros que não dependem no nosso crontrolo/intervenção directos.

Fico em crêr que nem dona de mim mesma sou. Que tenho de me sujeitar, aliás obrigar a compactuar e ser cúmplice deste sistema que está imposto, para que possa de alguma forma, levar uma vida aceitável e dentro dos parâmetros da dita normalidade.

"Ninguém é mais escravo do que aquele que se julga livre sem o ser", já dizia Johan Wolfgang Von Goethe. Cada vez me restam menos dúvidas quanto à veracidade destas palavras.

Às vezes tenho a estranha sensação de que somos meras marionetas cujos fios são puxados por uma qualquer mão invísvel que nos governa a seu bel prazer.
Só me resta descobrir para quem representamos. Quem é que está a assistir ao espectáculo?!

Dirty Dance - Cry To Me, Solomon Burke


Já não se fazem homens como antigamente... ;)

terça-feira, 13 de abril de 2010

Dia Internacional do Beijo

Fiquei a saber agora ao jantar enquanto via o telejornal, que hoje se celebra o Dia Internacional do Beijo. Achei isto deveras curioso precisamente porque, sem ter conhecimento da existência desta celebração, passei o dia inteiro com uma forte vontade de beijar e ser beijada.

Adoro beijar e adoro ser beijada!

Mas isto de beijar, tem muito que se lhe diga. Não é um beijar de qualquer maneira. Eu, pelo menos, gosto de beijos intensos, ardentes... Beijos que prometem, beijos em que a cada movimentar de lábios e língua, eu perceba o que me está a ser "dito".
Quase como se me estivesse a ser contado um segredo, mas transmitido boca-a-boca...

Nem todos são os que dominam a técnica e nem todos os beijos são perfeitos, mas o que há de melhor é que podemos continuar a treinar até alcançar O Beijo! E esse quando alcançado... Ui! Corta a respiração, faz saltar o coração e provoca outras coisas acabadas em "ão"...  LOL!

Deixo-vos então, com um vídeo onde poderão assistir a um dos meus beijos de cinema preferidos:
Bons Beijos!!!

Assertividade

Sou uma pessoa bastante frontal e directa e no seguimento desta minha maneira de ser, digo mais, desta minha vincada característica de personalidade, destesto rodeios.

Quando quero dizer alguma coisa, chego e digo. Não quero dizer, nem deixo subentendido. Tenho a experiência de que, na maioria das vezes, as pessoas não têm a capacidade de perceber o texto nas entrelinhas. E se vamos confiar que  mensagem foi percebida como a queríamos entendida, esqueçam. Depois não se venham queixar.

Agora há que saber ser frontal e directo para não ferir susceptibilidades. Há que saber com quem estamos a lidar/falar. As pessoas não são todas iguais e alguns são mais sensíveis que outros. Outros há ainda que sofrem do síndrome de vitimização e tudo o que possamos dizer é encarado como um ataque. Nestes casos, é muito complicado. Por muita delicadeza que tenhamos, temos de assumir à priori que toda e qualquer palavra nossa irá ser mal interpretada. É quase necessária toda uma preparação com direito a discurso ensaiado, para que o resultado não assuma proporções nucleares.

Mas mais importante que toda esta preparação, é a inteligência emocional. Há que saber analisar as expressões do nosso interlocutor. Às vezes poderá ser precisa uma mudança no rumo da conversa - nunca se desviem tanto que percam o sentido inicial, pois dá a sensação de não sabermos o que queremos, o que transmite logo ideia de insegurança e/ou no pior cenário, imaturidade.

Em jeito de conclusão, há que ser assertivo, mas não arrogante ou prepotente.
Convém falar com as pessoas de igual para igual e não querer impôr superioridade, ainda que manifestamente a tenhamos. A humildade cai bem a todos.

Depois é irmos à aventura e explorar caminhos. Certo é que nem sempre corre bem ou como esperávamos, mas é assim que se vai aprendendo como em tudo o resto na vida.
Aliás, eu até tenho o lema pessoal de que temos que errar bastante para aprender. Convém é ir inovando nos erros para ganharmos "bagagem". Errar sempre no mesmo é que não dá com nada.

A verdade é que as relações, sejam elas de que natureza forem, são complicadas ou não fôssemos nós seres complexos, mas complicar ainda mais é uma perda de tempo útil que poderíamos aproveitar para efectivamente viver.

Por isso, sem rodeios: digam o que sentem, o que querem, o que desejam, exprimam-se!
A vida é curta demais! É um cliché. Mas é também um facto. E o relógio não pára de contar por ninguém.

Tic-tac, Tic-tac, Tic-tac...