Maldades, Maldades... Adoro Maldades!

Para apreciadores de "maldades" com nível, requinte e inteligência, que sabem saborear humor sátiro... Pautado por visões "dark side" do quotidiano.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Rotina Vs Mudança

O ser humano é uma criatura de hábitos. E a verdade é que por muito que critiquemos as nossas rotinas, necessitamos delas para dar alguma noção de controlo e possessão às nossas vidas.

É o sabermos o que esperar a cada dia, que faz com que nos levantemos de manhã e encaremos o dia-a-dia. Tendemos a dizer que o dia correu mal ou menos bem, quando alguma coisa foge dessa nossa estipulada e fingida "harmonia". 

É quando surge o inesperado, a mudança que sentimos o nosso mundinho descambar...

Na realidade as nossas rotinas são-nos mais precisas do que julgamos ou fazemos ideia. Só quando somos colocados perante as alterações que possam surgir é que nos damos conta. Como aliás se costuma dizer, só damos valor ao que perdemos.

E é por causa das rotinas, que se tornam tão difíceis e dolorosas as mudanças. Sejam elas de que ordem forem. Uma mera mudança drástica ou radical na nossa maneira de pensar ou sentir, faz com que os dias, a vida ganhem novos contornos.

E apesar de as mudanças tenderem a ser vistas como coisas positivas, já alguém parou para analisar a quantidade de força de vontade, energia, motivação e objectividade que uma mudança requer de nós mesmos?!

É desgastante! E é por isso, que há tanta gente adversa à mudança. Será cobardia? Comodismo?

É um desafio! E quantos são os de nós que estão preparados para se desafiar?! Eu costumo dizer que vou contra tudo e todos, menos contra mim (e aliás, já aqui escrevi um post sobre isso). Mas também sou, acima de tudo, justa e racional (demais) e até eu e contra mim mesma, consigo compreender que, apesar de ser doloroso... Há coisas que precisam mudar.

Se me vai magoar? Vai pois!

Sou humana, tenho sentimentos (embora algumas pessoas tendam a esquecer isso) e sou tão ou mais afectada por perdas, quanto as outras pessoas.

Altura houve no tempo e no espaço que no lugar do coração, tive um abismo negro e opressivo... Mas regressei à humanidade a tempo de perceber que a vida é demasiado curta e que eu estou cá para vivê-la. E esconder-me atrás de mágoas e arrependimentos na esperança de me proteger, não é viver!

É preciso tropeçar, escorregar, cair e acima de tudo... Aprender a levantarmo-nos! Ir ao chão, todos sabem com mais ou menos estilo. Erguermo-nos é a verdadeira capacidade que devemos adquirir para enfrentarmos a vida e retirarmos o que de melhor há nela...

... Porque há... Simplemente, alguns de nós, ainda não aprenderam a vê-lo.

1 comentário:

Pedro Pisco disse...

Reiventarmo-nos é verdadeiramente "viver". Não mudar é vegetar ;)
Parabéns pelo post...