Maldades, Maldades... Adoro Maldades!

Para apreciadores de "maldades" com nível, requinte e inteligência, que sabem saborear humor sátiro... Pautado por visões "dark side" do quotidiano.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Sobre o Meu Aniversário

Sabia que eras a única pessoa que não me iria desejar os parabéns nesse dia. Sabia! Mas saber, não invalidava o facto de, mesmo eu sendo uma pessoa que não liga nenhuma a esse tipo de coisas, me sentir magoada.

Magoada não por que pensei que te esquecesses de mim, mas por que sabendo que te iria estar na mente todo o dia, nada farias em relação a isso.

Passei esse dia a tentar ignorar o facto de não ir ouvir uma palavra tua, sempre com a mais nítida sensação da tua presença no meu cérebro.

Cheguei a comentar com uma amiga minha, que quase que apostava a mão direita em como a tua vontade era apareceres-me à porta de casa.

Encontrei-te há uns dias. Mal me viste, dirigiste-te a mim e abraçaste-me. Mas abraçaste-me como se abraça uma criança que precisa de protecção, amor e carinho. Como se te quisesses desculpar pelo abondono que sabes que me fizeste sentir.

Ainda abraçado a mim, daquela maneira que só tu sabes fazer, desejaste-me os parabéns e disseste-me que nem por um segundo te tinhas esquecido de mim naquele dia.

Perguntei-te por que é que não tinhas ligado ou quanto muito enviado um sms a dizer qualquer coisa.

Tu: Não o queria fazer dessa forma tão impessoal... Por telemóvel. - Fizeste uma careta a mostrar desagrado.
Eu: Podias ter aparecido lá em casa.
Tu: Pensei nisso tantas vezes... E pus-me a caminho outras tantas. E nesse dia, estive à porta da tua casa.
Eu: Não vivo à porta da minha casa... Vivo lá dentro. Podias ter dito alguma coisa.

Voltaste a abraçar-me e deste-me um beijo na cabeça quase como um pai a dar benção a um filho. Ainda comigo apertada junto ao teu peito disseste-me:

- "Isso iria levantar tantos problemas que achei melhor ir embora." - E dito isto, foste tu mesmo, naquele momento embora... Levando contigo o aperto que sentia no meu peito e a tua falsa determinação em virar-me costas.

No dia seguinte falamos por telefone, tendo tido aquela conversa (abordada neste post) de "surdos-mudos" da qual não percebi NADA! E de dia para dia, questiono-me mais vezes que aquelas que consigo enumerar, o que que afinal queres de mim?!

E se a resposta é: EU! As coisas não deviam ser assim tão dolorosas e complicadas, não achas?!

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