Maldades, Maldades... Adoro Maldades!

Para apreciadores de "maldades" com nível, requinte e inteligência, que sabem saborear humor sátiro... Pautado por visões "dark side" do quotidiano.

domingo, 19 de setembro de 2010

Até Quando?!

Ontem ao ir para Sintra pelo famoso IC19, dei por mim com lágrimas a escorrer-me cara abaixo.

Não! Não foram as saudades das pessoas e situações que caracterizavam o meu ex-emprego que se localizava no Concelho de Sintra e muito menos as saudades que já aqui mencionei sentir de percorrer o IC19 diariamente que me levaram a chorar.

Foi um conjunto e acumular de sentimentos que tenho vindo a enclausurar dentro de mim já há mais de 15 dias.

É o estar a chegar a época do ano que mais e melhores recordações me traz, o Outono. Apesar de ser a estação do ano que mais gosto, é também aquela que mais nostalgia me provoca.

É eu sentir esta profunda perda e tristeza e ter-me apercebido que nesta semana que vai entrar, faz um ano em que as coisas entre mim e a pessoa de quem eu tanto escrevo neste blog, tiveram o seu apogeu. Apogeu no bom e no mau sentido. Na realidade aconteceu TUDO de TÃO BOM e TÃO MAU na mesma semana que até custa a acreditar.

E desde então, tem sido complicado e doloroso gerir o que quer que tenha ficado entre nós. A incapacidade que tem pautado as nossas pessoas de nos libertarmos um do outro... A necessidade besta que sentimos um do outro e que inevitavelmente nos atrai quase de forma hipnotizante... O elo mental que nos liga e os sentimentos que temos, que por muito que queiramos racionalizar e compreender, não se explicam... Sentem-se!

Sinto-me desgastada. Sinto a falta dele com todas as forças do meu ser ao ponto de dar por mim a chorar do nada, porque se abate uma dor demasiado acutilante e que não consigo suportar. Sonho com ele praticamente todas as noites e acordo lavada em lágrimas e a embalar-me como se uma criança com terrores nocturnos fosse.

E depois tento perceber o por quê? Até por que já tive relacionamentos intensos e difíceis de gerir e apesar de ter sofrido e passado por todo o mal e dores possíveis de se passar a nível afectivo, não me recordo de sentir algo remotamente semelhante ao que sinto nesta situação.

Se o que sinto é maior ou mais profundo do que o que senti nesses relacionamentos? Honestamente, acho que não. Então, por quê?

Eu não encontro explicação e acreditem que já abordei a questão de todos os ângulos possíveis e imaginários.

Terá de ser mais uma perda com a qual terei de aprender a viver?! Possivelmente. Mas pergunto-me até quando? Até quando serei capaz de viver com perdas, sem me perder eu mesma nesse Abismo que tenho dentro de mim e que por o conhecer e saber o que lá habita, me aterroriza no receio de lá voltar... De lá cair e ficar indefinidamente, até perder a noção de quem sou e das coisas que me fazem ser humana... De regressar um dia e nada ter de mim que me identifique e que faça de mim a pessoa que hoje sou!

Disso eu tenho medo. Contra isso luto! Quantas mais forças me restam para o evitar?! Quanta mais sanidade me sobra para me equilibrar na beira do Abismo, quando ele me atrai qual íman?!

Não sei! Sinto apenas que me sustento numa perigosa e instável teia que não sei por quanto mais tempo conseguirá aguentar-me...

1 comentário:

DM disse...

i´ll always be there for you my dear friend, to cry ou to smile and to help you to go on with your life:)

Abraço forte,

DM