Maldades, Maldades... Adoro Maldades!

Para apreciadores de "maldades" com nível, requinte e inteligência, que sabem saborear humor sátiro... Pautado por visões "dark side" do quotidiano.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Second Day Back To The Real World

Este segundo dia de volta ao trabalho, também correu bem. Tenho conseguido manter-me calma e controlada.

Sim, tive momentos do dia em que senti mal, como que à beira de mais um ataque de nervos, mas adoptei uma espécie de meditação onde me concentro em ouvir apenas o som da minha respiração profunda e vinda do diafragma, fecho os olhos e digo para mim mesma: "respira, acalma-te, controla-te. Tu consegues" e lá vou conseguindo gerir a coisa.

Hoje e estando nós em recta final para o final do mês, comecei a tratar da facturação que ficou por fazer durante o mês e meio que estive de baixa. É isso mesmo! Ninguém fez NADA naquela empresa enquanto estive fora. É incrível, mas não inédito.

O pouco que foi feito na minha ausência e que às minhas funções dizem respeito (basicamente a gestão da empresa toda), foi feito pelo meu patrão. Hoje apanhei-lhe montes de erros e ele só baixava a cabeça corava e dizia: "A MM apanha-me os podres todos". Ao que lhe respondi: "não foi para isso que me contratou?" e ele: "sim, claro! Mas não deixo de me sentir embaraçado... A verdade é que já não sabia o que era de mim sei a MM cá". LOL!

Homens e os seus dramas!

Agora estou de volta! Espero que até ao final desta semana consiga colocar em ordem mês e meio de puro e absoluto CAOS!

Confio em mim, no meu profissionalismo e competências e foi só por isso mesmo que não fui "corrida" (dadas as circunstâncias), mas também me sinto finalmente reconhecida, valorizada e profissionalmente satisfeita. Gosto MUITO do que faço.

Ainda assim, isso hoje não impediu que estivesse à beira de uma pequeno ataque de histeria (ainda que experimentando o método da "meditação") com uma factura de um dos nossos fornecedores.

Aquelas contas não batiam a "bota com a perdigota" e depois de dezenas de cálculos, eu juro que estava a começar a suar e não era de calor, até por que estava enregelada apesar do aquecimento ligado e do casaco vestido. Acreditam que o frio de Lisboa me está a ser mais difícil suportar que o frio que suportei em doze anos que vivi e seis anos que trabalhei em Sintra?! Surpreendente, não acham?!

Mas voltando às contas... Estava realmente a ficar com ódio à coisa. Achei engraçado que o meu patrão ao ver no meu rosto que eu estava a começar a passar-me... Chega-se ao pé de mim e diz: "MM, eu sou o seu patrão, certo?".

Eu: Sim, certo!
Ele: Então, ouça... Deixe lá isso, porque eu também andei à volta disso nas últimas semanas e não me entendi. Nós aldrabamos aí  a coisa e depois ligo para o gabinete de contabilidade e eles lá hão-de resolver o problema.
Eu: Nem pensar! Desculpe lá, mas lá por ser meu patrão, eu não trabalho assim!
Ele: Mas sou eu que estou a dar autorização. É com o meu consentimento.
Eu: Ainda assim! Não trabalho dessa forma e fique descansado que hei-de resolver este quebra-cabeças... Não sou nenhuma incompetente!
Ele: Nem NUNCA (letras maiúsculas e em vermelho para perceberem o ênfase que deu à palavra) me passou por tal, mas se quer teimar nisso... Tudo bem. Pelo menos, deixe para amanhã ou esqueceu-se que o seu médico a proíbiu desse tipo de ansiedade e stress?!

Ok, ele tinha razão!

Levantei-me, fui fazer um xixi, fui apanhar ar (à porta, porque chovia a potes na rua), comi um iogurte e fui tratar de outras facturas mais "fáceis". Eis quando se não, se faz luz e consigo resover a mer** dos cálculos.

Sem me aperceber disse com demasiado vigor e entusiasmo: "Fo**-se!" - mas assim mesmo com o ar daquela satisfação libertadora que só se tem ao dizer um palavrão bem alto. Os meus dois colegas e o meu patrão ficaram muito sérios a olhar para mim e disseram-me quase em coro e a atropelarem-se uns aos outros: "Então, que aconteceu?".

E eu com um grande sorriso espelhado na cara, digo só "consegui". Todos perceberam ao que me referia e juro que fizeram uma granda (com a mesmo) festa (literalmente) quase como se faz às crianças quando fazem alguma coisa bem.

Achei um piadão e só lhes disse ainda a rir: "vocês já viram se alguém visse a nossa triste figura? Três homens à minha volta a abraçarem-me e fazerem festa?! Que vergonha!".

O meu patrão piscou-me o olho e disse: "por eu saber que você não desiste é que eu a quero cá a trabalhar connosco!".

Babadíssima, portanto!

Foi um bom dia! :)

Boa noite, durmam bem que eu agora vou para a caminha! ;)