Maldades, Maldades... Adoro Maldades!

Para apreciadores de "maldades" com nível, requinte e inteligência, que sabem saborear humor sátiro... Pautado por visões "dark side" do quotidiano.

quinta-feira, 15 de março de 2012

É Dor - Parte II

Ontem tinha em mente de, ao final do dia, fazer uma das três:

- Fazer caminhada;
- Fazer limpeza à casa;
- Fazer caminhada + limpeza à casa.

Qual destas opções fiz?

Nenhuma! :(

E se pensam que foi por preguiça (ok também, mas não totalmente), enganam-se! Foi por desgosto.

Sinto uma tamanha angústia e desgosto dentro de mim, que não me deixa margem para fazer o que quer que seja além de respirar para viver.

Porquê?

Sim, tenho saúde, emprego, uma casa, um carro e tudo e tudo! Ah e a minha família ainda que dentro de algumas (bastantes em alguns casos) limitações, também está bem. E não acabei de menosprezar o que escrevi, apesar do tom jocoso.

Sinto uma dor dentro de mim. Profunda. É quase palpável, quase visível. Excepto que não o é para mais ninguém que não para a minha pessoa.

É um sentimento de perda profundo. É como se algo me faltasse, sendo esse algo vital. Se sobrevivo a esta dor, a esta perda?! Parece-me que ainda aqui ando. Se conseguirei superá-la?! Não sei! Se calhar tenho de acomodá-la dentro de mim, arranjar um cantinho onde ela doa menos e aprender a viver com isso.

O ser humano tem uma capacidade extraordinária de se adaptar, ainda que à dor crónica (seja ela da ordem física, espiritual ou emocional/psicológica).

Que esta dor me causa desconforto físico? É verdade! Parece mentira, mas sinto na minha pele, no meu corpo o desconforto que essa dor me causa.

Que eu sei o que causa esta dor? Também! Se consigo resolvê-la? 

São voltas e mais voltas que dou insistentemente à minha cabeça (no sentido figurado, já que não me estou a candidatar à personagem principal do filme Exorcista) e não chego a conclusão nenhuma. Ou melhor, não chego a conclusão nenhuma que me satisfaça.

Já encontrei a solução. É bastante racional e lógica. Mas nestas coisas do "coração" nem sempre queremos um resultado lógico e racional. E tentar conjugar o querer com o acabar bem... É, por vezes, impossível.

Luto contra mim, num debate constante e estou a dar comigo em louca. A teoria do deixar andar, também já não resulta e sinto que preciso de acabar com esta questão de um vez por todas... Mas e o fim? Por que tem o fim de me ser tão fatal?

PORQUÊ? (Grito em desespero)

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