Maldades, Maldades... Adoro Maldades!

Para apreciadores de "maldades" com nível, requinte e inteligência, que sabem saborear humor sátiro... Pautado por visões "dark side" do quotidiano.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

It Was Only Just a Dream

Há já mais de duas semanas que não me permitia parar a pensar em ti, mas ainda que inconscientemente o "fantasma" da tua ausência sempre povoou os meus pensamentos.

Como não deixava que ocupasses o meu tempo em consciência, começaste a aparecer-me em sonhos. Esta noite foi a terceira seguida que sonhei contigo.

Estava numa pastelaria a falar com uma outra pessoa, quando vejo de soslaio entrares porta adentro determinado a vires ter comigo. Ignorei-te e fingi que nem me apercebi da tua presença. Estava eu ainda a falar com a outra pessoa, quando te aproximas de mim e sinto o teu familiar (mas pensava eu  já esquecido) cheiro a invadir-me de tal maneira que as minhas pernas fraquejaram.

Rodeaste a minha cintura com um dos teus braços e por trás de mim, enterraste o teu queixo, boca e nariz no meu pescoço, enquanto a tua outra mão me agarrava o cabelo e inalavas a minha pele e cabelos como se no teu último fôlego fosse a única coisa que querias levar desta vida. Fiquei de olhos fechados a sentir-te, mas tendo a plena noção que TODA a pastelaria parou a observar-nos.

Quando finalmente me decido a virar-me e encarar-te, tendo para nós dois todo o mundo à nossa volta misteriosamente desaparecido ou ficado em standby e ainda de olhos fechados, sinto os teus lábios tocarem os meus. Primeiro ao de leve, quase um roçagar e depois com o vigor que sempre soubeste imprimir nos teus beijos...

Nesse momento, e ganhando consciência de que estava a sonhar, obriguei-me a acordar não esperando pelo fim do beijo e o ter de abrir os olhos e ver-te partir sem uma palavra... Como o fizeste na vida real...

... Essa sim, dói e irá continuar a doer até o meu âmago esquecer que exististe e conseguir libertar-se de ti!

2 comentários:

Rebelde disse...

Há coisas que não desaparecem nunca. Temos de arranjar maneira de viver sem que a sua presença nos continue a magoar.

DM disse...

MM,

sabes aquela expressão que utilizamos, de que o que não tem remédio remediado está? Lutar para não pensar não apaga as coisas, estas continuam lá, pensa, chora, sofre tudo o que há para sofrer, para depois sim conseguires continuar mais leve.
Beijo DM