Maldades, Maldades... Adoro Maldades!

Para apreciadores de "maldades" com nível, requinte e inteligência, que sabem saborear humor sátiro... Pautado por visões "dark side" do quotidiano.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Ainda Em Relação Ao Casamento Do Qual Sou Madrinha

Assim que a minha Grande Amiga C. me convidou para madrinha, depois do choque inicial e até da (confesso) emoção, disse-lhe logo que seria melhor considerar essa decisão, já que a diferença entre mim e um mendigo é que eu (ainda) tenho um ordenado.

Ela explicou-me que conhece perfeitamente a minha vida e as minhas condições e que não queria nada a nível de ajuda financeira da minha parte. Queria (continua a querer ao que parece) a minha presença de uma forma mais formal neste importante passo da vida dela. Ao que eu aquiesci, como é evidente. 

Tenho-a como uma das minhas manas do coração e jamais iria fazer-lhe essa desfeita, depois de esclarecidas as minhas dúvidas em relação ao que me mim pudesse vir a ser exigido ou esperado.

Esta parte resolvida, temos andado a tratar dos preparativos, pois embora falte ano e meio (sim, leram bem) há muita família de ambas as partes que vivem no estrangeiro (as in out of Europe) e que precisam, com a devida antecedência, saber data certa para marcar férias, viagens que sejam mais económicas, etc.

Este fim-de-semana quando fui com eles dar o tal sinal na quinta onde será realizado o copo d'água (acho que é esta a forma popularmente correcta de se escrever), fiquei com uma ideia bastante mais precisa de tudo o que um casamento envolve.

Eu que sou da opinião que o casamento enquanto contrato civil é completamente desnecessário (pois não é numa assinatura que está o significado de uma união e entrega entre duas pessoas), depois de saber a quantia que se espera despender num casamento pequeno (60 pessoas e segundo a família que organiza este tipo de eventos, o mais pequeno que alguma vez organizaram), fiquei com a certeza de que o casamento formalmente registado não só é desnecessário, como ridículo.

Como a minha expressão deve ter denunciado o que eu estava a debater interiormente, eles perguntaram-me que ideias e pensamentos me passavam na cabeça.

Recusei-me a partilhar a minha opinião, pois não os queria ofender e/ou magoar e afinal o casamento e o dinheiro são deles e eles lá saberão que melhor uso lhe dar. Ao insistirem na teoria de no hard feelings, disse:

- "Se vocês estão dispostos a gastar essa quantia (cerca de 10 mil euros tudo incluído - casamento, bolo, registo, convites, brindes, fotógrafo, fato noivo, vestido e acessórios noiva, alianças and so on), eu acho que era melhor empregue investirem em 2/3 boas viagens (e disse 2/3 já a pensar que eles esbanjavam que nem uns loucos, tipo mesmo à grande), pois afinal o que levamos desta vida é o que comemos, bebemos, fodemos (esta palavra acabou de ser assinalada como erro na verificação ortográfica e eu NÃO PERCEBO PORQUÊ. LOL!) e gozamos de uma forma geral".

Para mim o casamento não está numa folha de papel assinada. E eles como não são religiosos e só vão fazer o casamento no civil, não tendo aquele significado que algumas pessoas lhe atribuem por ser uma união abençoada, divina e sei lá que mais... Não encontro muito honestamente motivo para tamanha despesa. Continuo:

- "Se calhar não me vão achar grande amiga mas, e não querendo de todo agoirar, vocês sabem qual é a probabilidade de acabarem divorciados?".

Bem, ele pensa exactamente como eu, mas para ela é o sonho da sua vida e ele por amor e respeito vai participar na sua realização. É bonito. Ainda dizem que o amor não existe...

Agora pergunto-vos eu: serei eu a ver a coisa mal? Serei eu a desacreditada, a não romantizada com a fantasia casamento?

Também eu gostava um dia de usar um vestido de noiva, aliás acho que já aqui algures terei falado sobre a minha obsessão com vestidos de noiva, e segundo a minha amiga é a sua única razão para fazer o que vão fazer. Mas acho que para vestir um vestido de noiva não é necessário tamanho investimento. 

Eu cá ia mesmo ao registo civil de vestido de noiva (se fizesse mesmo questão no papel assinado) e aproveitava esse dinheiro para outras coisas bem mais importantes e, mais uma vez na minha opinião, com bastante mais valor.

2 comentários:

Anónimo disse...

Casar sim, agora fazer uma festa desse tamanho (€), eu cá acho um disparate.

M disse...

Nesta história eu sou o noivo, lol. Sempre achei um desperdício de dinheiro, mas o pior para mim é o convidar gente que não me diz nada só porque fica bem. Ao meu casamento levaria 20 pessoas se muito. O meu namorado, vem de uma família grande e unida e tudo é motivo para se juntarem e celebrarem. E a verdade é que um dia destes vamos casar, por agora vivemos juntos e nessa altura sei que vai haver grande festa, porque para ele não faz sentido outra coisa. E lá está, por amor, eu vou concordar.