Maldades, Maldades... Adoro Maldades!

Para apreciadores de "maldades" com nível, requinte e inteligência, que sabem saborear humor sátiro... Pautado por visões "dark side" do quotidiano.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Falta de Educação

Tenho reparado de há uns anos para cá que a educação deve ser um valor que ficou a par das histórias de encantar, ou seja, no imaginário.

Mas ultimamente e por que a minha paciência e tolerância andam a roçar a linha da inexistência, a coisa anda a ganhar contornos algo dantescos no meu quotidiano.

Sendo que eu sou a rapariga com a vida mais boring do planeta e que durante a semana leva uma vida de casa-trabalho e vice-versa, essa impaciência e intolerância está praticamente centrada na minha vida profissional.

E é precisamente aí, que tenho tido manifestas dificuldades em controlar-me já que estou a dar a cara por uma empresa e tenho que zelar pelo bom nome da mesma. 

Ora, eu que sempre fui conhecida pelo meu sentido de humor mordaz e pela dificuldade em "comer e calar", sempre que posso respondo a essas más criações com sarcasmo e ironia, sendo que quase sempre me vejo frustrada, pois cada vez mais sinto que as pessoas padecem de uma grave lacuna a nível de inteligência emocional (e não só) e que simplesmente não alcançam o nível da minha língua viperina. Como ainda assim, isso vai satisfazendo os meus requintes de malvadez, vou deixando andar.

Esta semana já nem essa pequena satisfação solitária me tem sido suficiente. Estou a entrar na fase em que quase me apetece ofender gratuitamente a pessoa que está a ser mal criada para mim.

E perguntam vocês que raio fazem as pessoas para eu estar desta forma. E aqui começa o cerne da questão.

Eu tenho uma série de princípios (entendam-se, morais) pelos quais me rejo e que ainda que possam parecer pequenos e/ou insignificantes são, para mim, deveras importantes.

Para mim é falta de educação quando me interrompem e não me deixam falar. Mais, quando depois de ser interrompida a primeira vez, fazem-no constantemente anulando qualquer capacidade de eu conseguir falar sem ser tão mal educada quanto a pessoa o está a ser.

Para mim é falta de educação até mesmo na resposta de um simples email profissional, não darem um "bom dia" ou "boa tarde". 

É falta de respeito e educação quando, por exemplo, após o envio de toda a documentação solicitada para um cliente com o qual NUNCA falei na vida e logo não há qualquer tipo de à vontade e/ou abertura para, a pessoa que não se deu ao trabalho de consultar todos os ficheiros anexos, responder "onde está "tal" que acabei de pedir???" e sim, esses 3 pontos de interrogação são, para mim, fatais. É que acabaram de me chamar estúpida quando o único anormal ali é essa mesma pessoa. 

É para mim falta de educação, quando desligam o telefone antes de mim se fui eu a fazer a chamada, estando eu ainda a agradecer e a levar com um "pi, pi, pi" de ligação desligada.

E tantas, tantas outras pequenas coisinhas que me andam a deixar louca.

Acredito que as pessoas andem saturadas e revoltadas com a forma como está a vida e até mesmo a forma como as coisas correm nos empregos, já que muitos são os que vêem os colegas a serem despedidos, não sabendo se estão na "calha" também. 

Muitos são os que não recebem subsídios, os que têm os ordenados em atraso and so on... Mas os outros (e deixem-me deixar isto bem claro), NÃO TÊM NADA QUE VER COM ISSO, OK?!

Hoje disse ao meu patrão que estava a começar a perder a paciência e que estava a uma curtíssima distância de começar a responder na mesma moeda e contei-lhe alguns casos que se passaram. Até ele ficou de olhos arregalados a olhar para mim e a perguntar "não? Diga-me que isso é mentira? Falaram-lhe assim? Isso é surreal!".

Pois, pois é e eu como sou superior a essa gentinha faço por manter-me íntegra à minha pessoa... Mas amigos, está difícil...

1 comentário:

Ana disse...

Também me deparo com situações dessas diariamente no local de trabalho. Já tive mesmo de chegar ao ponto de ser mais malcriada do que a pessoa do lado de lá, pois só assim me consegui fazer ouvir.
E o curioso é que, já por várias vezes, o meu patrão me arrancou o telefone da mão para responder "à letra" a clientes malcriados.

E no dia-a-dia, mesmo fora do local de trabalho, essa coisa de nos interromperem constantemente, é coisinha para me deixar logo com cara de poucos amigos.