Maldades, Maldades... Adoro Maldades!

Para apreciadores de "maldades" com nível, requinte e inteligência, que sabem saborear humor sátiro... Pautado por visões "dark side" do quotidiano.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

O Amor

Estou naquela idade (28 anos) que aparentemente dá liberdade às pessoas à minha volta (leia-se, amigos e família) de fazerem comentários sobre a minha vida sentimental. Ou melhor dizendo, a não existência da minha vida sentimental.

Não sei que raça de problema tem esta gente que acha que o "pacote" felicidade tem de vir apetrechado com um pénis (sim, no meu caso ok? Cada um "come" o que gosta).

Se um pénis me faz falta? Faz pois! Ora que raio de pergunta. Se eu sou uma infeliz por não ter um pénis? É pah, não!

Lamento! E já agora, peço desculpa às mentes mais sensíveis por estar a falar do sexo masculino desta forma. E não, eu não sou fútil a esse ponto. Sei bem que ter um homem na minha vida não significa só ter um pénis. Há muitas outras coisas, como mais roupa suja, mais louça para lavar, mais roupa para passar... LOL!

Agora fora de brincadeiras.

É óbvio que consigo compreender todas as vantagens de se ter um relacionamento (já os tive, mas esta gente parece esquecer-se disso). Só acho importante as pessoas não se esquecerem das desvantagens.

Ainda mais importante seria as pessoas compreenderem que não somos todos iguais e que não pensamos todos da mesma forma e/ou que não queremos todos as mesmas coisas.

Repito o que já disse num outro post: eu sinto-me bem como estou por agora.

Reconheço, no entanto, que os anos vão passando e que talvez chegue o dia em que o vou querer ("o", leia-se homem, relacionamento), mas será que posso preocupar-me com isso quando esse dia chegar?!

Dizem-me que eu não tenho namorado porque estou fechada para as pessoas. Que não me dou a conhecer, que não saio com as pessoas certas, que não vou aos lugares indicados... Honestamente isto faz-me confusão.

Considero-me uma pessoa super sociável e quem me conhece e aqui me lê, sabe que sim. Eu até costumo dizer que os homens fogem de mim, precisamente por eu ter sempre um grande à vontade. E tenho a opinião que os homens aquando de escolherem a sua parceira, querem uma mulher que seja submissa. Eles até podem gostar das independentes. Até podem dar umas voltas com as cheias de personalidade e carácter, mas para casar, assentar, ter um relacionamento sério... Não é isso que eles querem! Deve ser uma coisa que lhes está inscrita nos genes desde a altura dos homens das cavernas.

Continuando, eu não estou fechada a nenhum tipo de aproximação por parte do sexo oposto (gostava eu de ter mais aproximações... Ok, concentra-te!), mas acho muito sinceramente que essas coisas não se escolhem, acontecem. 

Não podem dizer-me que não acontece porque não estou no sítio certo ou com as pessoas certas... Isso é surreal.

Há sítios próprios e pessoas certas que nos possam levar a conhecer o amor das nossas vidas?! Não me parece.

Mais, o que é isso do amor da nossa vida? Melhor, pergunto mesmo o que é isso do amor romântico? Tenho dado por mim a pensar nisso ultimamente.

Consigo compreender na perfeição o amor fraternal, o amor pelos pais, o amor pelos filhos... Consigo compreender o amor pelos laços de sangue. Consigo também compreender o amor pelos amigos, já que há vários tipos de amor... Mas o amor romântico?! Sim, acho que já o senti, mas quando penso nisso chego à conclusão de que não sei até que ponto o seria.

Sei o que é a química, a paixão, a atracção, a tesão... Mas o amor?! Tenho em crer que o amor é o que se constrói dia após dia, depois de conhecer os defeitos e as qualidades dessa pessoa (óbvio que nunca se conhece ninguém na totalidade. Vocês sabem o que quero dizer). Depois de se passarem por "provações" da vida, depois de se terem reunido uma série de experiências e vivências que nos fazem chegar à conclusão de que sentimos amor por essa pessoa.

E dito isto, não me venham com a conversa de que eu olho para um homem e vou achar que ele é o amor da minha vida. Isso não pode ser verdadeiro, já que eu só o poderia saber com o tempo.

Que estou sozinha há muito tempo e que isso começa a fazer com que eu fique com a reputação de mau feitio, difícil e sei lá que mais? É verdade!

Que sou sempre o "pau de cabeleira" e atenção que não estou a dizer que me sinta assim, quando estou com os meus amigos? Também é verdade.

Mas há outras verdades que eu sei. Sei que alguns desses relacionamentos são para lá de problemáticos e mais motivo de desavenças do que de paz de espírito e bem estar.

Sei que alguns mantêm o relacionamento por não saberem viver com eles mesmos. Sei ainda que alguns mantêm o relacionamento por medo de ficarem sozinhos e serem mal falados, por ficarem sem as amizades que resultavam desse relacionamento. Sei ainda dos que permanecem juntos por questões financeiras ou por causa dos filhos...

E perguntam-me vocês se não conheço ninguém simplesmente bem e feliz. Claro que sim! Digo simplesmente que a probabilidade de dar errado é bastante superior à de dar certo.

Se isso me impede de arriscar por medo de sair magoada? De todo! Se não correr bem e sair magoada, pelo menos é sinal de que vivi, de que aprendi.

Depois de todo este discurso, a conclusão é a seguinte: Onde andam os homens, car****?! 

Mas será possível que andemos todos à procura do mesmo (não é que ande, mas já ia dando jeito) e andemos completamente desencontrados? Parece-me pouco provável, não acham?

Where the fuck are they?! ;)

2 comentários:

Ana disse...

Deixa-me só corrigir aí uma coisinha: tu podes ter um pénis (ou 2 ou 3) na tua vida sem teres um relacionamento e as inerentes complicações:)

Sabes, não é que eu tenha deixado de acreditar no amor e nos romances e nhénhénhé, mas cada vez que olho à minha volta só vejo pessoas insatisfeitas, tristes, magoadas, saturadas e por aí fora. Vale a pena andar assim, a perder o sono, em nome dessa coisa (supostamente) tão linda chamada amor? Vale a pena andar aí a bater com a cabeça nas paredes porque se tem dúvidas, medos, desconfianças, mágoas, e etc etc? Claro que existem bons exemplos, como tu dizes, mas não são a maioria do que eu conheço e assisto diariamente.

Sinceramente? Prefiro ter um pénis na minha vida para quando me apetecem as coisas boas. O resto, deixo para os outros.

MM disse...

LOL! É isso mesmo, Ana. Concordo plenamente. Se bem que, ultimamente, já só um ajudava... ;)

Beijocas!