Maldades, Maldades... Adoro Maldades!

Para apreciadores de "maldades" com nível, requinte e inteligência, que sabem saborear humor sátiro... Pautado por visões "dark side" do quotidiano.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Relacionamentos

Ao ler alguns comentários a um post de um dos blogs que acompanho - Saltos Altos Vermelhos - sobre como começaram as relações de quem lê este blog, constatei o seguinte.

Em todos os casos que li, essas pessoas (todas mulheres, salvo erro) dizem ter começado o seu namoro por volta do secundário, sendo que em alguns casos, até mesmo na primária. Todas estão hoje em dia casadas com essa mesma pessoa e algumas já com filhos.

Pareceu-me a mim que só tiveram aquele homem nas suas vidas (nada contra, atenção) e que daí seguiram as suas vidas, constituindo família, etc.

Isto deu-me que pensar. A sério que sim!

Será que eu já estou fora do prazo de validade?

Ultimamente tenho dado por mim a achar que já entrei uma idade que, ainda que jovem, já não é tão propícia a certas situações ou a certo tipo de coisas, sendo a "paixonite" uma delas.

Dando um exemplo muito ao lado, tenho a mesma sensação quando se me escapa um "bué". Fico a achar que esse tipo de linguagem já não é para mim e que já nem sequer me fica bem.

A realidade é que todos os relacionamentos estáveis que conheço hoje em dia, têm os seus alicerces em relações que começaram na juventude. Todos os outros, são instáveis e começaram a "quebrar".

Será que foi finalmente descoberta a fórmula de sucesso nos relacionamentos? E se foi, o que é que isso quer dizer para todos os outros que, assim como eu, já não vamos a tempo disso acontecer?!

Conheço muita gente que, tal como eu, tiveram namoros longos (o meu não tão longo quanto isso - 5 anos) e que depois de terem saído dessas relações ou estão sozinhos ou andam de relação em relação sem que alguma pareça dar certo.

Porquê? Por que é que isto acontece?

Eu acho que, se calhar, demos demais de nós mesmos nesses relacionamentos, entregámo-nos completamente e ao sairmos magoados, ficámos pessoas mais de "pé atrás", mais distantes, mais frias, com maior receio em arriscar... Sei lá! Na verdade não sei... Isto sou eu a "cuspir" pensamentos.

Só sei que não deixo de achar curiosa a tendência que se verifica. Gente "feliz" e casada já com famílias, etc. só para quem começou de "gaiato".

O que nos resta a nós? Os outros? O que me resta a mim?

Volto a um dos meus regulares pensamentos e já quase uma certeza: "abençoada ignorância".

Essas pessoas que se mantêm com o mesmo namorado da juventude, nunca tiveram de viver com gente que não presta. Com pessoas egoístas que apenas usam enquanto é giro e depois deitam fora. E atenção, não estou a dizer que essas pessoas têm relacionamentos perfeitos e que não têm problemas no seu casamento... Apenas que nunca experimentaram nada para além disso. E é como digo: ainda bem para elas. Felizes ignorantes (ignorantes no bom sentido, ok?).

Eu gostava de fazer parte desse grupo de pessoas em bem mais sentidos do que o simplesmente ter um relacionamento blissfully happy (desculpem a redundância).

E gostava também que vocês, os poucos que ainda se dão ao trabalho de me ler, percebessem o que eu quero realmente dizer. Aquilo que está escrito nas entrelinhas e que eu não consigo deitar cá para fora, por falta de palavras que o expressem correctamente. :(

2 comentários:

Ana disse...

Ainda não fui espreitar o post da SAV mas tenho constatado o mesmo à minha volta. Todos os meus amigos de longa data que estão casados, estão casados com aquela pessoa da adolescência. Foram namoros de 10, 15 anos que deram em casamento. Os restantes, já casaram e descasaram várias vezes.
Terá sido o facto de terem acertado à primeira? Terá sido o facto de ali se terem deixado estar? É uma questão pertinente e poderá ter muitas explicações.

Se eu preferia ter vivido assim até hoje? Não, porque nunca olhei para um namorado como um potencial marido. A verdade é que quanto mais pessoas passam pela nossa vida, mais exigentes vamos ficando (o que não quer dizer que as outras pessoas não o sejam, atenção!), mas o facto de vivermos muitas histórias acaba por nos endurecer um pouco e, ao mesmo tempo, esgotar um pouco a vontade de investir seja no que for. Quer dizer, eu falo por mim, claro.
Aquilo que encanta muitas mulheres à minha volta, a mim já não me convence, já não me faz mover. E aquilo que há uns 15 ou 20 anos atrás eu achava lindo numa história a dois, hoje em dia não me diz nada. Talvez seja por isso, talvez tenha a ver com a fase da nossa vida em que as coisas começam.

Anónimo disse...

-___-, acho que muitos desses relacionamentos ditos edílicos, são, muitas vezes, bem diferentes na realidade....digo eu!


beijo