Maldades, Maldades... Adoro Maldades!

Para apreciadores de "maldades" com nível, requinte e inteligência, que sabem saborear humor sátiro... Pautado por visões "dark side" do quotidiano.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Pensamentos

Como hoje não pude ir visitar a avó, vim para casa assim que saí do trabalho.

1ª Ponto
Senti-me mal, porque me senti super feliz em ir directamente para casa. Senti-me egoísta e injusta para com a minha avó que não tem culpa nenhuma de estar na situação em que está e eu não vou lá por obrigação. Vou lá por que me preocupo com ela e quero que ela fique bem e volte para casa rapidamente.

2º Ponto
Fiquei triste por não a ver hoje e só ter ouvido a vozinha dela ao telemóvel.

3º Ponto
Estava uma ventania desgraçada quando saí do trabalho e como tinha (tenho) imensa roupa para lavar e, uma vez que não ia chegar a casa às horas que tenho chegado nas últimas semanas e que não me deixam tempo para mais nada, estava convicta de que ia conseguir pôr a roupa a lavar e secá-la com relativa facilidade.

Pois! Tenho a casa que parece um estendal. Roupa pendurada por tudo quanto é sítio.

ODEIO! Odeio ver a casa assim... Mas que fazer? Ainda me faltam mais duas máquinas cheias de roupa e este miserável tempo, não dá umas tréguas para conseguir enxugá-la.

4º Ponto
Enquanto estava no banho, dei por mim a chorar. Por tudo o que tem acontecido, por ainda não ter conseguido falar com as minhas irmãs este ano (é um ultraje, eu sei), por ainda não ter consigo estar com o meu doce... E principalmente, por que dei por mim a pensar que tenho demasiadas pessoas que são importantes para mim e às quais não consigo dispensar o tempo, dedicação, carinho, amor, etc, que gostaria.

5º Ponto
O desânimo é de tal ordem que cheguei à conclusão que não sou um múmero UM na vida de ninguém. O que é que eu quero dizer com isto?

Tenho pessoas pelas quais dava a minha vida, sem um único pestanejar de olhos ou segundo pensamento.

Terei alguém que o fizesse por mim?! Não sei!

O meu doce, disse-me que é uma maneira errada de pensar e que já tive provas mais que suficientes de que sou uma pessoa acarinha, querida e importante para muita gente. Pode ser... Mas às vezes não o sinto!

Será falha minha?! É bem provável. Não tive um crescimento onde me habituasse a carinhos e gestos de afecto.

Acabei por me transformar numa pessoa fria e meio "bicho". Tenho a noção de que melhorei e muito com o passar dos anos e que aprendi que haviam pessoas neste mundo que mereciam a minha retribuição de afectos, amizade e calor humano... Mas talvez ainda não tenha aprendido a ser aberta o suficiente para sentir essas manifestações de amor quando elas são mais indirectas ou menos exeburantes. Não, também não quero que andem sempre em cima de mim... Logo eu! Eu e a minha individualidade quase doentia... Mas sei lá! Não sei, pronto! Esqueçam!

6º Ponto
Estou completamente sem olfacto e paladar e dei por mim na triste e ridícula figura de praticamente "espirrar" o leite para cima de mim, tal era a força com que apertava o pacote há mais de uma semana no frigorífico aberto, para lhe sentir o cheiro e saber se estava bom para fazer o puré para o jantar ou não.

Duhhh! Depois é que me lembrei que até podia cheirar e comer mer** que não ia dar por isso (caso tivesse os olhos vendados, claro).

Estou cansada, triste, desanimada, com o período (o que quer dizer, hormonalmente instável) e vou tomar mais uma bomba anti-alérgica e enfiar-me na cama. A minha Grande Amiga e que tem andado tão ignorada por mim, ultimamente...

Boa noite para todos!

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