Maldades, Maldades... Adoro Maldades!

Para apreciadores de "maldades" com nível, requinte e inteligência, que sabem saborear humor sátiro... Pautado por visões "dark side" do quotidiano.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Cobarde

É como me sinto.

Sinto dentro de mim que devia lutar por aquilo que eu acho que preciso e que quero neste preciso momento para e na minha vida, mas tenho andado a agarrar-me a desculpas e frases feitas como "se tiver que ser teu, teu será", "se fosse verdadeiramente teu, não terias de lutar por" e outras que tais que na minha honesta opinião, mais não são que chavões com que os fracos e cobardes se vão injectando para não se sentirem tão impotentes.

Mas eu estou cansada, FARTA mesmo.

Por que é que é sempre encarado como fraqueza expormos os nossos sentimentos, desejos e vontades? Por que é que ir atrás de, correr ao alcance de, é sempre visto como se de uma atitude desesperada de alguém triste se tratasse, ao invés de alguém que efectivamente sabe o que quer, o que efectivamente precisa?!

Por que tenho eu de auto castrar-me com conceitos e princípios morais que apenas caem em saco roto?!

A quem é que interessa se eu caio de cara no chão? Ao quê ou a quem tenho eu de prestar contas pelo meu comportamento menos correcto?! À minha consciência?! A essa filha da PU** que sussurra constante e insistentemente aos meus ouvidos como se eu tivesse de ser sempre a pessoa mais correcta e perfeita no mundo... 

Mas aos olhos de quem ou do quê?! Quem é que se interessa? Para quem é relevante? 

Cometer erros é humano. Ir de trombas ao chão também, mas tudo isso quer pelo menos dizer que TENTEI!

"E se já tentaste outras vezes e não deu em nada?" - Dir-me-ão os poucos que sabem de que situação concreta estou a falar.

E terei tentado MESMO?! Ou terei eu feito tentativas evasivas para fugir ao cerne da questão com medo de me magoar?!

Só que o cerne da questão está que eu não consigo esquecer, eu NÃO consigo ultrapassar e eu NÃO sei mais o que fazer.

Os anos passam e o sentimento não só não morre como parece crescer dentro de mim ao ponto de me ocupar de tal maneira que não me sobra espaço para mais nada, que não a constante lembrança, a desesperante saudade, a demente presença até mesmo na mais absoluta ausência...

E sim, eu desespero e se tenho alturas em que consigo anestesiar esse desespero e essa sensação de impotência e fracasso, outras tenho em que só me apetece gritar a plenos pulmões enquanto choro e soluço a pedir a um qualquer ser ou entidade POR FAVOR!

Mas por favor o quê?! E se esse ser ou entidade superior não responde aos meus apelos, porque não "tem de ser", porque "não está destinado"... E desde quando acredito eu neste tipo de balelas... O ponto a que cheguei...

Se não tem de ser... Por que não se cala a minha alma, o meu coração?

Por que sou masoquista, estúpida, imbecil, por que não tenho mais que fazer?!

Não, não, não e NÃO!!!

Então PORQUÊ?!?

2 comentários:

Ana disse...

Porque, provavelmente, ainda tens por onde tentar, ainda não esgotaste todas as hipóteses, e enquanto não o fizeres vais ficar nesse "e se?" eterno.

A nossa cabeça tem um mecanismo muito próprio para nos avisar que chegou a hora de arrumar as botas. Provavelmente, a tua ainda não fez soar o alarme.

MM disse...

Poxa! Mas depois de 3 anos?! Se calhar o meu mecanismo está avariado ou então o alarme está em modo silencioso... É que eu não acho isto nada normal e ando a sofrer... :(

Beijos Ana e obrigada pelas tuas palavras sempre tão acertadas.

Um bom fim-de-semana!