Maldades, Maldades... Adoro Maldades!

Para apreciadores de "maldades" com nível, requinte e inteligência, que sabem saborear humor sátiro... Pautado por visões "dark side" do quotidiano.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Predadora

Os meus amigos, família (que entra na definição de "amigos") e colegas de trabalho com quem falo abertamente, dizem-me que eu sou uma predadora sexual.

E o que dizer sobre isto?

Quem os ouça dizer tal coisa, até há-de pensar que eu ataco qualquer coisinha que mexa. O que é mentira. Uma GRANDE mentira.

Não tenho problemas em dizer que não tive assim tantos homens na minha vida (sexual, entenda-se) quanto as pessoas à minha volta possam pensar. Mas a maneira como falam, às vezes dá em crer (até a mim mesma) que eu sou mesmo uma predadora sexual.

O que acontece é que eu sou uma mulher que admite em alto e bom som para quem o quiser ouvir ou esteja interessado em saber, que eu ADORO sexo.

É a mais pura verdade!

Para mim é uma das partes mais importantes da nossa vida, a par do respirar, comer, dormir... Em suma: uma das nossas necessidades básicas e uma das mais primárias.

É verdade que consigo, como se homem fosse, dividir muito bem o sexo do amor. Mas isso não quer dizer que só por que me sinta atraída sexualmente por alguém, vá logo dar em cima. Tenho demasiada auto-estima, amor-próprio e respeito pela minha pessoa para o fazer.

Agora, se estou sexualmente interessada em alguém e se ainda por cima, sinto que esse interesse é recíproco, deixo bem explícito que assim o é.

Isso faz de mim uma predadora ou uma tarada sexual?!

Penso que não! Faz de mim uma mulher que sabe o que gosta e quer e que não tem receio de ir ao encontro das suas necessidades.

Tenho amigas minhas que dizem que eu sou "um bicho estranho". Que não é suposto as mulheres conseguirem dividir assim tão bem o sexo do amor, o sexo dos sentimentos e das emoções e que eu sou uma aberração.

Mas expliquem-me lá por que não posso eu gostar de sexo separadamente do acto de "fazer amor" e até poder fazê-lo com o "objecto" da minha afeição?! Uma coisa invalida a outra?!

Don't think so!

A verdade é que mesmo numa relação séria, entenda-se compromisso do tipo "eu sou tua namorada e tu és meu namorado", dou preferência ao sexo ao chamado "fazer amor". Não é que não goste. Nada disso! Mas na minha singela opinião o sexo é carnal, é um instinto, é um querer saciar os nossos desejos e vontades sem pensar e racionalizar. O "fazer amor" é uma coisa pensada. É algo que eu faço de maneira diferente, porque estou a exprimir sentimentos, emoções e lamechices afins.

Eu faço bem essa gestão, mas pelos vistos, dizem que isso não é normal. Deixem lá, também nunca aspirei à "normalidade".

Agora não me venham é dizer que sou a única! Tenho a certeza que existem (e conheço) mulheres que pensam como eu. Não devem é andar a fazer publicidade disso. E atenção, não é que eu ande, mas pelos vistos é uma coisa que se nota em mim, na minha maneira de estar e ser, segundo consta.

Um amigo meu, chegou-me a dizer que eu dava demasiada importância ao sexo. Mas acho isso engraçado. Se eu fosse homem, ninguém dizia isso. É um bocado sexista pensar assim, não acham?

Gosto de sexo! Gosto de fazê-lo, gosto de falar sobre e pensar em... Qual é o problema, digam-me lá?!

5 comentários:

Mr. B disse...

Esse teu amigo que te disse que davas demasiada importância ao sexo é um génio. Deve ser alguém verdadeiramente espectacular e maravilhosa!!!!

Anónimo disse...

Olá Requintes
Problema nenhum!
E posso desde já dizer-lhe que há um caso parecido com o seu :eu própria ;-p

Foi a sociedade que tudo fez para meter essa cassete na cabeça das mulheres.
Interessava mantê-las "dignas" e "castas"... sobretudo evitar que experimentassem prazers só permitidos aos homens...não fossem as mesmas poderem começar, por comparação e experiências vividas, a pôr em causa toda a "ascedência masculina", a quem tudo era, e é, permitido e até encorajado...
Para mim fazer sexo é só isso mesmo: sexo.
Pode, ou não, incluir "fazer amor".
No entanto, ainda hoje há mulhres que já se aperceberam deste gigantesco "conto do vigário" e mantêm-se discretas quanto ao assunto.
É que em termos sociais há invariávelmente um juízo de valor somos "mulheres perdidas", "ninfomaniacas", enfim "mulheres que não se dão ao respeito"...
O que é irónico, dado que fazendo-o, estamos justamente a respeitarmos as nossas necessidades mais básicas e naturais...
Mas que se pode fazer?
Ainda vivemos quanto a estes assuntos na Idade Média.
E muitas graças temos de dar... pois já não se queimam "bruxas" na fogueira...embora ainda se tente por outras vias...
Bjinho
Ana F.

MM disse...

Mr. B

És verdadeiramente espectacular e maravilhoso enquanto amigo, mas génio... Hummm... Não sei! ;)

LOL!

Serviu-te a carpuça! Hehheh! Eu sabia que te ias denunciar!

Escreve-me no facebook! Tenho saudades tuas!

Beijos GRANDES!

MM disse...

Olá Ana F.!

Um "viva" à sua atitude! Assumir esse tipo de coisas hoje em dia e assim tão publicamente, só mostra que é, de certeza, uma Mulher à séria!

E sim, tem toda a razão. Ainda persiste esse conceito primário, estúpido e irracional na sociedade até mesmo nos dias que correm e que se dizem ser tão evoluídos, instruídos, etc.

O que ainda mais me preocupa, é quando são as próprias mulheres a auto-impor-se esse papel castrador.

Eu não sou uma mulher fácil (longe disso) só por admitir o que escrevi no post.

Ainda existem (infelizmente) muitos preconceitos à volta de uma coisa que devia ser das mais naturais na vida do ser humano.

Mas fico feliz por saber que existe mais uma mulher que pertence ao grupo das que usam a sua inteligência para coisas mais importantes que o suposto submisso papel da mulher na sociedade.

Espero que esteja bem, Ana! É sempre com muito gosto que a recebo aqui nos meus Requintes de Malvadez!

Beijinhos e bom fim-de-semana!

Mr. B disse...

A opinião que te dei aplica-se tanto a homens como a mulheres.

Escusas de te tentar escudar em "sexismos" e coisas do género.

Dás demasiada importância ao sexo.