Maldades, Maldades... Adoro Maldades!

Para apreciadores de "maldades" com nível, requinte e inteligência, que sabem saborear humor sátiro... Pautado por visões "dark side" do quotidiano.

segunda-feira, 7 de março de 2011

"Estás Confusa!"

Foi o que me disseste há uns dias atrás, quando dei por mim a querer arranjar discusão contigo.

Precisava desesperadamente de discutir contigo e não por que tenha saudades de discusões, mas por que a pacificidade da nossa relação me está a deixar louca.

Queria que te importasses de tal maneira com os argumentos que arranjava que te fizesse ter uma reacção mais acalorada, sentida!

Às vezes, acho que nos temos demasiado garantidos na vida um do outro. E já te disse que acho que isso é mau para a nossa relação.

Continuo sempre a esperar de ti o que não me podes dar e não por que não queiras, mas por que o que me faz falta, está em mim e não em ti.

Preciso de alguém que se preocupe comigo ao ponto de ter medo de me perder. Alguém que discuta comigo, não por que quero que andemos a discutir, mas por que sou de tal maneira precisa que tem de haver um arrabatamento, um qualquer sentimento mais do que por parte da outra pessoa.

Tu sabes que nunca me irás perder. Sabes que eu estarei sempre cá para ti. Não quero com isso dizer que não me dás o devido valor. Se há alguém que o faz, és tu. Respeitas-me pelo que sou, estás sempre cá para mim, conheces-me melhor que ninguém e eu não consigo simplesmente abdicar de ti. Não consigo conceber a minha existência sem ti. Talvez por egoísmo, não sei!

Dás-me 90% daquilo que eu preciso e eu sou louca se deixar esse valor seguro por qualquer outro que não será remotamente semelhante.

Eu sei disso! Mas saber isso, também não me ajuda.

Sim, tens razão! Alturas há em "que me fazes tanto de bem, como de mal"... Mas o problema não está em ti. Está em mim! Parece frase feita, mas é a mais pura realidade!

E eu não sei o que fazer. Ando desesperada! E não te posso pedir ajuda, porque tu só irás querer acarinhar-me e tratar-me bem, enquanto eu vou estar desesperada por gritar contigo e tratar-te mal. E sabes porquê?

Por que ao tratar-te mal, trato-me mal a mim também. E existem estas alturas na minha vida, em que eu não só tenho a necessidade besta de ser maltratada por mim, mas também por aqueles que me amam... Por que foi assim que cresci. Foi esse o tipo de amor que aprendi a receber. E é errado, eu sei! É preverso e doentio... Mas eu só sei viver assim!

Perdoa-me, meu doce! Eu não queria ser este ser complexo e traumático e por muito que digas que está nas minhas mãos mudar isso, eu não consigo!

É assim que eu sou e talvez seja por isso que não me podes aceitar na plenitude na tua vida. Se calhar é por isso que não podes partilhá-la comigo, se calhar é precisamente por isso que não podemos passar da relação que temos... Por que me conheces melhor que ninguém e sabes bem o fardo que isso acarreta. E quem te poderá julgar?!

Eu não serei certamente!

Love U!

Sem comentários: