Fui com o meu doce às compras. Ele precisava urgentemente de comprar calças de ganga e eu fui ajudá-lo a escolhê-las.
Basicamente nunca tinha ajudado a comprar roupa de homem com um homem ao meu lado. Já ofereci roupa como prenda a homens, mas ia eu sozinha comprar e escolher.
Nesta minha primeira aventura de "às compras de roupa com um homem", tirei a seguintes conclusões:
- Sou quase tão pragmática quanto os homens quando eu mesma vou às compras para mim. Vou directa ao que quero, escolho, experimento, pago e venho embora. Excelente!
- Os provadores masculinos (nas lojas em que ainda fazem distinção) são insuficientes no que ao número de espelhos e à qualidade de iluminação dizem respeito.
Eu: Ah! Vocês têm pouca iluminação nos vossos provadores e só têm um espelho... Onde estão os outros espelhos que ajudam a dar uma visão 360º?!
Ele: Nos provadores dos homens não há cá essas mariquices!
Eu: Então como é que vocês se vêem como deve de ser?! Nos das mulheres conseguimos ter a perspectiva toda...
Ele: E nós trazemos a mullher connosco!
LOL! Desatei-me a rir. A mulher faz o papel de espelho e lá diz se fica bem ou não. Muito BOM!
Ele escolheu umas calças de ganga e eu escolhi outras que pedi para ele experimentar e que lhe ficaram um must e que ele também adorou. Mas tinham um pequeno pormenor, precisavam de bainhas, porque não havia no número dele em comprimento de perna. Só havia o número acima. E essa questão de um homem ainda ter de levar calças à costureira é entrar em todo um universo desconhecido. ;)
Eu disse-lhe que lhas oferecia, mas que ele tinha de prometer levá-las a fazer bainhas.
Chegados à caixa, ele paga as que tinha com ele e eu a seguir pago as que lhe estava a oferecer. Estamos em amena cavaqueira (que entre nós é sempre algo verdadeiramente fora deste planeta) e digo ao rapaz da caixa, baixando o tom de voz e com um ar mesmo muito sério: "é melhor fazer-me um embrulho, que as calças são para ele e ele ainda não as viu".
O rapaz olha para ele, mesmo ao meu lado, e quando volta a olhar para mim e me vê de sorriso aberto... Percebe (finalmente) a piada.
Foi um querido e, apesar de me ter informado que não faziam embrulhos, meteu as calças num saquinho, agrafou-o e ainda improvisou um laço para agrafar ao saco. LINDO! Eu achei o rapaz de um sentido de humor extraordinário e ajudei-o. Perguntei-lhe o nome, disse-lhe o meu e ficámos ali a dar azo à nossa veia criativa. Quem já não estava a achar piada nenhuma à conversa, eram as pessoas que estavam na fila da única caixa aberta! Ups...
ADORO!
Adoro gente com sentido de humor e que ainda sabem brincar e entrar na onda da boa disposição... E sair comigo à rua é SEMPRE uma aventura.
Porquê? Por que meto conversa com toda a gente que me parece ser simpática e faço amigos assim mesmo: do NADA!
Tenho uma Grande Amiga que trabalhava num cinema e, nessa altura da minha vida, eu ia ao cinema todas as semanas. É claro! Para quem me conhece, estava visto!
O meu doce diz-me que só eu para fazer amigos em qualquer lado, mas diz-me isto com ar de quem tem orgulho na pessoa que sou e é por isso mesmo (e não só, claro) que eu o adoro: ele conhece-me, respeita-me como sou e ainda consegue ficar orgulhoso disso.
Nunca se esgotam temas de conversa entre nós, rimos naturalmente um com o outro, brincamos e conhecemo-nos um ao outro, como mais ninguém. Não há exigências entre nós, nem cobranças e é tudo muito nosso. O nosso Mundo!
Adoro estar contigo, conversar contigo e o facto de existires na minha vida num TODO!
Love U, meu doce!
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