Se há coisa que complica com o meu delicado sistema nervoso é a cobardia.
Eu sou daquelas pessoas que quando tem alguma coisa a dizer/fazer, digo e faço. Não me fico pela intenção.
Tenho a opinião de que prefiro arrepender-me do que fiz do que arrepender-me do que poderia ter feito e por falta de coragem, ousadia, iniciativa, etc... Não fiz/disse.
Quando ponho alguma coisa na cabeça é raro faltar-me a convicção para seguir em frente. Tão raro que não me lembro se alguma vez me acobardei perante algumas das maluqueiras que por vezes me atravessam o espírito.
Posso até demorar na concretização, mas não sou mulher de fugir às coisas, questões ou pessoas.
Acontece que tenho, outra vez, um "menino" a fugir de mim.
Lembram-se do fatídico R. de quem aqui já falei (vezes de mais, provavelmente e certamente mais que as que ele merece)? Pois bem, achei que estava cansada de levar " às costas" com um assunto completamente desprovido de senso.
Cheguei-me à frente e enviei-lhe um email a dizer que precisava falar com ele. Ele responde que sim. Tudo bem. Combinámos.
Entretanto, não pude eu e na semana a seguir não pôde ele. Ficámos de combinar qual o dia que afinal dava jeito aos dois.
Ele liga-me. Estivemos uma hora ao telemóvel. Obviamente não se resolvem coisas destas por telefone e ele ficou de me dizer na 2ªf passada que dia lhe dava jeito e... NADA!
Bastou uma hora de conversa. Bastou ouvir-me para começar a fugir de mim outra vez.
Eu até compreendo! Se eu o afecto assim tanto ao telefone, meu deus! É somente natural que ele nem queira estar comigo fisicamente. Aliás, sempre foi esse o grande problema, não foi?!
Pois eu acho que é cobardia. É ter medo de se chegar à frente e assumir o que se quer ou não se quer. Na minha opinião, não é nada de tão complexo quanto ele faz parecer ser... Mas a cobardia é assim! Agarra na pessoa mais determinada deste mundo e faz dela um ser menor e inferior que não consegue confrontar a raiz dos seus medos, receios, problemas, whatever...
Eu meti na cabeça que vou resolver isto a bem ou a mal. E disse-lho.
Parece que temos de fazer the hardest way...
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