Hoje, e uma vez que tive de pela 5ª vez ir ao centro de reparação técnica da Vodafone, fiz um caminho diferente do habitual de volta a casa ao final do dia.
Um daqueles caminhos em que, pelos vistos, TODA a malta da zona de Lisboa tem de passar obrigatoriamente. O que eu quero dizer com isto é que apanhei trânsito. MUITO trânsito.
Às tantas, apercebi-me que o motivo de tamanho engarrafamento não se devia exclusivamente à hora de ponta, nem sequer aos semáforos que teimam em deixar passar só dois carros de cada vez (um, se o condutor for lerdo ou distraído - o que acontece com BASTANTE frequência), mas sim a dois senhores condutores que embateram com as suas respectivas viaturas uma na outra (um acidente, basicamente falando), em plena faixa de rodagem algures dentro de uma rotunda com "n" de cruzamentos pelo meio.
E sim! Estas coisas existem em Lisboa. Desenganem-se se acham que estou a alucinar.
Houve um qualquer energúmeno que ao constatar o mesmo que eu, relembro: tinha havido um acidente... Achou que ao usufruir do seu pleno e frustrado direito de buzinar, iria resolver como que num acto de magia toda aquela confusão.
O que mais me espantou é que outras alminhas generosas e caridosas, pois com certeza não podiam deixar o palhaço fazer barulho sozinho, juntaram-se-lhe num lindo e maravilhoso uníssono levando qualquer pessoa minimamente sã à loucura. Agora imaginem se uma pessoa sã fica louca, como é que eu não me senti!?
Soubesse aquela gente que dentro de um determinado carro, algures naquela amálgama dissonante e com uma calma e pacificidade aparentes, estava uma potencial serial killer e eu garanto-vos que eles não apitavam assim.
Mas aquilo foi o quê?
Estupidez crónica em massa?! Mas acham que as pessoas envolvidas no acidente queriam estar ali, ou melhor! Que combinaram ter aquele acidente ali mesmo àquela hora, só por que tinham falta que fazer?!
Ah! E pasme-se! Buzinando, a coisa iria certamente resolver-se mais depressa e com maior tranquilidade... Por isso é que todos os outros otários deram apoio. Quantos mais buzinassem, mais depressa a coisa se resolvia.
Santa paciência!
Não sei se é coisa que se pegue, mas fiz os possíveis para sair dali o mais depressa que me foi possível, dadas as circunstâncias, e antes que a minha insana vontade de matar gente extravasasse para a vida real.
Sabem? Aquela onde aqueles anormais estavam a poluir o meu ambiente sonoro com a sua estupidez crónica?!
Essa mesmo!
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