Maldades, Maldades... Adoro Maldades!

Para apreciadores de "maldades" com nível, requinte e inteligência, que sabem saborear humor sátiro... Pautado por visões "dark side" do quotidiano.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

O Baú das Lembranças Deprimentes

Ontem, não sei por alma de quem (já que de iniciativa própria granto-vos que não foi), fui repescar ao baú de lembranças deprimentes coisas que já nem sequer me lembrava que existiam.

Raios!!!

Como consigo eu fazer tamanha estupidez?!

Foi assim do nada, como se tivesse tido uma qualquer amnésia que de repente acorda para a vida. E foi uma sensação tão arrebatadora que dei por mim, num pranto mudo agarrada aos cabelos, num esgar que visto seria certamente arrepiante, enquanto a torrente de águas salgadas e cristalinas teimavam em cair contra a minha vontade.

Uma sensação de desespero, de desgosto TÃO profundos que me é impossível descrever.

Embalei-me a mim própria até o pranto passar e quando finalmente senti o vazio preencher-me, fiquei de tal forma paralizada, que só o pestanejar nervoso para afastar as lágrimas que ainda teimam em correr, mas agora num fluído rio calmo e sereno, eram sinal de que tinha sobrevivido à avalanche.

Se eu sei pelo que fui arrebata? Sei, com certeza! Só não sei de onde veio esse arrebatamento com tamanha força, quando estava "nem aí" para o assunto em causa.

Acho injustas estas investidas violentas a que estou involuntariamente sujeita. Acho injusto que os anos passem e que apesar de todos os meus esforços para que a dor desvaneça, acabe, morra... Eu continue a ser perseguida pelo meu próprio inconsciente. 

Esse eu não consigo controlar...

E talvez seja por controlar de forma tão rigorosa, estrita e severa o meu consciente, que de vez em quando sou assolada desta forma quase fatal pelo que teimo em calar dia após dia, ano após ano...

Se calhar é a forma que a minha alma, o meu âmago, o meu ser tem de me dizer que eu não sou dona e senhora dele como penso ser e que basta um estalar de dedos para me atirar ao chão e deixar-me completamente desgastada e consumida.

A sensação de impotência, junta-se depois ao despeito pela injustiça e não me resta alternativa que não seja a de arrastar-me até à cama e esperar que Morfeu me leve no seu regaço reconfortante e esperar que o "amanhã" seja melhor...

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