Maldades, Maldades... Adoro Maldades!

Para apreciadores de "maldades" com nível, requinte e inteligência, que sabem saborear humor sátiro... Pautado por visões "dark side" do quotidiano.

quinta-feira, 14 de março de 2013

It's All Coming Back To Me Now...

... Há alturas assim e eu estou numa delas e de tal forma que estou a aproveitar um pedacinho da minha escassa hora de almoço para escrever, quando ultimamente não tenho tempo NENHUM para NADA que não trabalhar.

Como o PC de casa morreu finalmente (até porque parece que as máquinas da minha casa estão contra mim - irá perceber quem leu os últimos poucos posts que tenho escrito), tenho de escrever mesmo no meu trabalho. 

Bem, dito isto passo a expor:

Há poucas pessoas que me fazem duvidar da minha própria sanidade mental (que também como sabemos, não é lá grande coisa), mas há uma pessoa em particular que não só me faz duvidar da minha sanidade mental, como me faz crer que sou de facto, insana.

Essa pessoa, essa criatura será o termo mais correcto, dá-se pela categoria de meu pai.

Essa senhora grande besta sofre de amnésia selectiva e só esquece o que lhe interessa (ou só se lembra do que quer, como preferirem).

E eu, estupidamente, dou por mim a esquecer também, como se tudo o que ele me fez passar e tudo o que me fez NUNCA tivesse existido.

A GRANDE questão está que EXISTIU! E sou estúpida por me dar à liberdade (ou à paz de espírito, como queiram entender) de me fazer esquecer.

Acontece que depois e apesar de todas as vezes em que me renegou como filha e pediu para nunca mais lhe dirigir palavra ou reconhecer a sua existência à superfície da terra (quando razões tinha EU para isso e nunca o fiz), vem com conversas de merda, como só uma pessoa de merda pode ter.

E sim, sei "Ah tanta agressividade para com o teu pai e blá, blá" como já aqui mo escreveram... Pois é amigos, quando calçarem os meus sapatos e viverem TUDO o que já vivi no geral e com o meu pai em particular, venham lá fazer-me comentários desses.

Quem conhece a minha história de vida e os horrores físicos e psicológicos a que fui sujeita, diz-me que NUNCA na vida dirigiriam palavra àquele senhor (e já agora à senhora minha mãe também, com a pequena diferença do que já aqui tive oportunidade de escrever). Mas eu não... Por que sou uma tonta ou por que ainda tenho valores, princípios e moral e por que me RECUSO a ser remotamente semelhante a qualquer um dos dois, faço por ser uma pessoa melhor, superior e nesse sentido, não "pago na mesma moeda", não dou o "troco", a verdadeira justiça que mereciam.

E depois e voltando ao senhor meu pai, em vez de me deixar viver a minha vidinha descansada e ser feliz BEM longe de mim, não! Lembra-se SEMPRE de mim pelas piores razões e SEMPRE motivado pelos seus conceitos BESTAS e descabidos que só podem ser fruto de uma pessoa com uma mente completamente perturbada e insana.

E eu, como diz a minha irmã do meio - a DD - que já deveria estar habituada a lidar com isso e não dar importância, vou-me abaixo e volta tudo à minha mente com memórias perfeitamente retratadas em flashs diabólicos que me fazem reviver uma e outra vez as coisas que ele já me fez na vida.

E dou por mim a conduzir de volta a casa e a ver a minha vida à frente dos meus olhos como se de um filme se tratasse, em vez de ver a estrada que estou a percorrer. Uma vida que eu já julgava esquecida e ultrapassada. Uma vida que eu imaginava ter sido vivida por outra pessoa que não eu...

E as lágrimas escorrem-me num lamento silencioso por TODAS as coisas que sofri às mãos dos meus pais, por NUNCA ter merecido um décimo do que vivi, pela falta de reconhecimento do meu pai (já que a minha mãe já dá esse valor e reconhecimento), que só me soube tratar como nem a um animal se trata e que ainda hoje, que já sou uma mulher, me continua a perseguir com todos os traumas que me deixou.

É claro que depois caio em mim e vejo que a pessoa, a mulher que sou hoje é tão somente o fruto de todas as más experiências que vivi e ainda sou IDIOTA ao ponto de lhe conseguir agradecer pela pessoa e mulher que sou hoje, quando na realidade só tenho de agradecer a MIM.

Por isso, vos digo: tenho MUITO orgulho na pessoa e na mulher que sou hoje. Tenho muito orgulho por ter criado a minha irmã DD para ser a pessoa e a mulher que é hoje e tenho MUITO orgulho em criar a minha LL para ser a mulher que sei que será no futuro.

E isso, meus amigos, devo-o só a MIM!

2 comentários:

Ana disse...

Há coisas que não se esquecem e não se perdoam, passe o tempo que passar. Acredito que, muitas vezes, seja inevitável e difícil relembra-las, mas é nessa pessoa que hoje és que deves pensar sempre que te tentem derrubar outra vez.

Beijinhos

MM disse...

Querida Ana,

Antes de mais, gostava de te dar os meus sinceros pêsames pela tua perda.

Quando vi o teu post, tentei comentar, mas acho que cancelaste essa opção e depois pensei que se o fizeste é porque realmente não querias que ninguém dissesse nada... Mas desculpa! Não posso deixar passar ao lado essa tua perda. :(

Um beijinho muito grande desta perfeita desconhecida, mas que honestamente até gostava de te conhecer pessoalmente! :)

Obrigada pelo teu comentário!

Beijocas!