Maldades, Maldades... Adoro Maldades!

Para apreciadores de "maldades" com nível, requinte e inteligência, que sabem saborear humor sátiro... Pautado por visões "dark side" do quotidiano.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Função Pública

Hoje tive de me dirigir a uma Loja do Cidadão para requerer um Certificado de Registo Criminal, pois estou obrigada pela minha entidade patronal a apresentá-lo de "x" em "x" anos.
Acontece que, como de todas as prévias situações, esta revelou-se também caricata.

Chego ao local, tiro a senha e sou surpreendida com a informação no placar informativo de que sou o próximo número a ser chamado.
Aguardo, nem me dando ao trabalho de sentar. Lá soa o famoso alerta de chamada de nova senha, verifico se é do serviço a que pretendo aceder e ao ver que sim, lá vou eu.
Chego, cumprimento a senhora, sento-me e explico o que quero. Pede-me o BI e o NIF, tecla qualquer coisa (usando apenas os indicadores) e eis que espantosamente após uns escassos 2 minutos tenho o que quero e estou pronta a ir embora. Confesso que estava a sentir-me bastante surpreendida. Pensei cedo demais.

A senhora continuou a teclar mais qualquer coisa, nunca me dirigindo olhar ou palavra e 8 minutos depois (sim, eu contei), olha para mim com ar de surpresa e por momentos julguei que ela me iria perguntar o que fazia ali.
Lá se terá lembrado sozinha, retirou a expressão absorta do olhar, saiu do seu transe, devolveu-me os documentos, pediu-me a importância pelo serviço prestado e dispensou-me.

Conclusão: Não percebi porque estive 10 minutos do meu dia sentada em frente à senhora, quando aparentemente o serviço demorou cerca de 2 minutos; Não faço a menor ideia, sequer, se o que ela tanto teclou tinha que ver com o meu certificado; E, para não variar, a educação no atendimento ao cliente deixou muito a desejar.

Será que uma vez que ela verificou que não tenho "cadastro", seria seguro fazer-me aguardar por razão nenhuma aparente, pois não corria o risco de ser espancada, assassinada?!

Para aqueles que me conhecem, só tenho a dizer isto:
- Apanhou-me num bom dia!

Heheh!!

Sade - The Moon And The Sky

terça-feira, 30 de março de 2010

O sexo (a falta dele) no Casamento!

À conversa com um grande amigo meu, aliás o meu melhor amigo Homem, surgiram os temas casamento, divórcio, traição, engate e outros que tais à baila e ele conta-me que tem vários casais amigos a divorciarem-se e que apresentam todos a mesma principal razão/desculpa para o fatal desfecho: falta de sexo!

Eles queixam-se que ela (a esposa) está sempre cansada, com dores de cabeça, stress, tarefas domésticas, filhos para dar banho, comer, pôr a dormir, cão para passear... And so on! Uma lista interminável de coisas que incorre na possibilidade de ser detalhadamente explorada, caso eles contra-argumentem.
Elas queixam-se de que ele (o esposo) não lhe dá a devida atenção (emocional, entenda-se), que só trabalha, que não ajuda em casa e nem sequer com as crianças e que ainda por cima, quer sexo e à maneira dele!

(As mulheres, não todas felizmente, sempre tiveram esta estranha ideia de encarar o sexo como uma recompensa e/ou castigo por bom/mau comportamento e não percebem o quão errado este comportamento é.)

Eles queixam-se, elas queixam-se mas aos outros! Aos amigos. Começa logo aqui o 1º erro grave: inexistência de diálogo. E quando digo diálogo, quero dizer eles sentarem-se um ao frente do outro e conversarem com base nas regras ora falo eu, ora falas tu. E digo isto, porque o que acontece na maioria dos casos, é um deles debitar defeitos e críticas num longo monólogo e quando chegada a vez do "agora falas tu"... Falas, falas... Ninguém se pode entender assim, é certo e sabido.

E continua o meu Grande amigo, que quando é tomada a decisão de se divorciarem, é vê-los contar quase que diariamente, o sexo maravilhoso que passaram a ter em engates de "one-night stand". (Parece que aí o cansaço tido como umas das desculpas para o ex-cônjuge, deixa de ter lugar.) Sendo que as mulheres são neste campo o factor contraditório e alarmante da equação.

E ele pergunta:
"- O que é que há de errado com as mulheres?!
Muitas delas que só tinham tido como homem nas suas vidas o ex-marido, parece que descobriram agora o sexo. Ganharam-lhe o gosto e querem compensar os anos perdidos, "dormindo" com o primeiro que lhes aparece à frente.
Porque é que não eram assim com os maridos?! - E não me venhas dizer que eram eles que não tinham jeito para a coisa... - As mulheres é que só reconhecem o seu whore-side (tomei a liberdade de traduzir para o inglês o que ele de facto disse. O Inglês fica sempre bem melhor), assim que saltam fora do casamento."

Pois é, meninas! O que é que passa convosco?!
Compreendo que se sintam expostas e tenham medo de não serem aceites e/ou respeitadas perante certo tipo de situações, mas vocês partilham a vossa intimidade com ele. Quem melhor para vos ajudar a ultrapassar certos receios ou dúvidas?!

Não se "entreguem" a outros, desconhecidos, porque esses não querem saber de vocês como um todo.
E acima de tudo, amem-se! Respeitem-se! Aprendem a conhecer-se! Só assim poderão realmente pregredir como pessoas e, em última instância, como companheiras.

Ingrid Michaelson - The Way I Am

segunda-feira, 29 de março de 2010

Embarazo

Estava à conversa com uma colega, cuja actual condição é a de "Embarazo" (escolho a expressão espanhola para a condição gravidez, pois a meu ver todo o processo é, de facto, um embaraço).
A rapariga tem 1,50m e um barrigão que ao invés dos 7 meses de gestação que tem, aparenta ter já os 9 meses (e talvez mais meio). Acreditem: mais embaraçada, era impossível!

Eu: Como tens passado?
Ela: Mal! Mas deixa lá... É normal no meu "estado de graça".
Eu: Pois! Pena é que ainda não tenhas achado a piada!

Graçola fácil, bem sei, mas fi-la rir de modo verdadeiro e sincero. E esse sorriso transformou o seu ar penoso em algo radioso. Fiquei com a estranha sensação de ter ganho o dia!

Enigma - Je T'aime 'Till My Dying Day

sábado, 27 de março de 2010

O Jet Lag dos pobres

Na madrugada de domingo às 01:00 horas, o relógio adianta 1h. E eis que entramos no chamado "Horário de Verão".
Roubam-nos uma horinha de sono, mas em compensação os dias passam a ser mais "compridos", dando-nos a alegre sensação de que às 18h ao sair do emprego, ainda temos muito dia pela frente.

Junto com este estender da luz solar, vem a vontade do bom tempo, do calor, das esplanadas e gelados ao final do dia, da praia e as fantásticas bolas de berlim que lá se vendem (nunca comi numa pastelaria uma bola de berlim que me soubesse da mesma maneira), etc.
Acontece que ali na primeira semana de mudança de horário, andamos com os sonos trocados, a bocejar constantemente e com uma estranha sensação de confusão mental.

Apresento-vos o Jet lag dos pobres.
Para quem não tem capacidades financeiras para viajar e sentir os famosos sintomas do jet lag devido ao cruzamento de fusos horários e mudança de merediano terrestre, tem agora a oportunidade de gozar o jet lag dos pobres. É só uma hora, mas é o que se arranja! Quem quiser saber mais, contacte a agência Abreu mais próxima e compre uma viagem para o outro lado do mundo. ;)

Tudo isto para vos dizer: Não se esqueçam de acertar os vossos relógios, adiantando-os uma hora.

Bom fim-de-semana!

John Mayer - Egde Of Desire

sexta-feira, 26 de março de 2010

Internet No Trabalho

A minha entidade patronal, como muitas outras (creio), restringiu de há uns anos para cá o livre acesso à Internet. Acessos a qualquer tipo de suporte de chat (msn, ebuddy ou até mesmo o chat da nossa conta pessoal Gmail) foram restritos, assim como o acesso ao Youtube, Hi5, FaceBook, Myspace, etc.
O argumento é o de que estamos no local de trabalho e que isso não é compatível com redes sociais e questões pessoais que nos roubam tempo de trabalho útil e que geram, consequentemente, uma diminuição da produtividade.

(Não nos restringiram ainda o acesso às contas de e-mail, nem ao homebanking, mas digo isto em tom de sussuro. Não lhes queremos dar ideias! Shiuuuu...)

Bem, acontece que esta questão divide-me. Sou confrontada com ambas as metades da MM. A metade racional que consegue perfeitamente perceber essa tomada de posição perante os empregados and the other half, que se sente verdadeiramente ultrajada.
Ok! Eu até compreendo que algumas pessoas não têm o bom senso de racionar o tempo que passam na Internet com coisas que não são do foro profissional, deixando assim de fazer o trabalho delas, para o qual são efectivamente pagas. Mas outros há que, tendo a perfeita noção conseguem um equilíbrio harmonioso e ouso dizer, assaz criterioso.

A utilização consciente da Internet no local de trabalho aumenta, a meu ver, o nível de satisfação do trabalhador. O trabalhador sente que existe confiança na forma como gere o seu tempo e pode mesmo "agarrar" nesse voto de confiança e ter a iniciativa de fazer mais e melhor.
Em contrapartida, as restrições ao seu livre uso, podem ser encaradas como uma forma de manietação. E como todos bem sabemos, "o fruto proíbido, é o mais apetecido".

(Falo por mim... Quando deixei de conseguir aceder ao msn, passei a fazê-lo no tlm. Eles levaram a deles avante, mas eu também!) ;)

Nunca deixei de fazer o meu trabalho com o profissionalismo que sempre me caracterizou, porque ouço música, teclo ou leio, enquanto trabalho. Tenho a feliz capacidade de conseguir desempenhar diversas tarefas em simultâneo e sem acidentes de percurso.
Compreendo que nem todos tenhamos a mesma aptidão e que por isso "paga o justo pelo pecador".

A realidade é que sempre será este o sistema que teremos enquanto as pessoas não perceberem que grande parte das coisas que tanto se queixam sobre o local de trabalho, se devem precisamente a antecedentes muito pouco abonatórios das suas próprias pessoas.

Owl City - Fireflies

quinta-feira, 25 de março de 2010

Incompetência

Não lido bem com a incompetência. De todo!
Assim que estou perante uma, começo a sentir algo a crescer dentro de mim, a ocupar todo o meu espaço interior, a estender-se com a sua capacidade elástica, aconchegando-se até ao mais recôndito cantinho do meu ser...

Não suporto! Fico possuída por uma qualquer vontade psicopata de ver sangue e ser verdadeiramente cruel.
Escusado será de dizer, que esta minha aversão à incompetência faz com que eu perca parte do meu tempo/vida a ter contacto íntimo com livros de reclamação, formulários online, cartas registadas com aviso de recepção e em última instância, a ter de recorrer aos trâmites legais.

E atenção: para que fique bem definido, estou a falar de incompetência ao mais alto nível. É claro que errar é humano e os erros fazem parte da aprendizagem. Ninguém é perfeito e acreditem que sou bastante condescendente quando vejo que existem limitações que impedem as pessoas de fazer melhor ou até mesmo de serem melhores. Mas quando vejo que a pessoa está na posse e no pleno conhecimento à execução das suas funções/tarefas e ainda se reserva à arrogância de achar que não... Ui! Não dá! MESMO!

E agora, perguntam-me vocês: És a pessoa mais competente deste mundo, não?!
E eu respondo: Não! Não sou, mas acreditem que me esforço arduamente por sê-lo.
É uma batalha constante que travo comigo mesma, precisamente porque sei quais são as minhas capacidades e quais as minhas limitações.
Faço os possíveis por melhorar a cada dia e cada situação que apareça que eu não domine, procuro informação, pesquiso, pergunto.

Não há vergonha nenhuma em dizer "não sei, vou procurar essa informação!". Grave é não saber e mesmo assim informar incorrectamente. Grave é teimar na informação errada e não ter, sequer, a percepção de que essas informações podem trazer consequências igualmente graves. E, na minha opinião, mais grave ainda é a pessoa não ter interesse em progredir enquanto profissional e sentir-se não só confortável na sua posição incompetente, como ainda achar que os outros é que são mesquinhos ou intolorantes perante o seu trabalho e/ou pessoa.

Acho deveras triste que as pessoas se auto-limitem por se sentirem mal-pagas ou não sentirem que o seu trabalho tem o devido reconhecimento. Guess what?!
Eu sinto o mesmo! Mas nem por isso, vou deixar de ser quem sou e denegrir a minha imagem perante mim só porque os outros não querem saber. Quero saber EU! E sou eu quem tem a maior importância na minha avaliação e construção enquanto indíviduo.

A atitude "don't give a fuck!", não prova nada a não ser que a pessoa perdeu o respeito por si própria.

Muse - Supermassive Black Holes

quarta-feira, 24 de março de 2010

Train - Drops Of Jupiter

Esta é para ti, Cobrinha! ;)

A situação e diálogo que vou descrever a seguir, não se passou comigo. Apresento-a aqui como uma dedicação a uma amiga minha que tem vindo a revelar-se capaz de uns requintes de malvadez à altura da sua Grande Pessoa.

Após ruptura de uma relação complicada e dada a disparidade de idades entre ambos, o interviniente "macho" desta história deve ter pensado, que a minha querida amiga iria andar atrás dele feito bichinho adandonado. Pensou mal. Até porque o fim, quem o ditou foi ela e com bastante mais maturidade que o senhor 20 anos mais velho. Mas os homens são umas eternas crianças.

Aquando de um encontro casual dois meses depois...

Ele: Não se diz nada?
Ela: Já disse tudo o que tinha a dizer. Mas tens alguma coisa que me queiras dizer?
Ele: Se colocas as coisas nesse ponto...
Ela: Foi o ponto que me obrigaste a colocar.
Ele: Então e já casaste?
Ela: Se há coisa que aprendi contigo é que não se casa, vai-se casando...
Ele: Cobra... Cobra Venenosa!
Ela: Cobrinha, se faz favor! Sou pequenina, mas não substimes o poder do meu veneno pelo meu tamanho...

Ao Telefone

Eu: Obrigada por teres entregue o recado.
Ele: Não custou nada, não doeu e não me caiu o dedinho. Não precisas agradecer.
Eu: Se calhar preciso! (E dou especial ênfase ao preciso)
Ele: Porquê?
Eu: Porque parece que "custa, dói e cai-te o dedinho" se responderes ao sms que te enviei esta manhã!
                    (Silêncio)
Ele: Essa foi um golpe duro no meu estômago.
Eu: Ai sim? Pena! Tinha esperança que fosse um bocadinho mais abaixo!

Estão a ver o barulho que resulta do contacto da água fria com uma superfície quente?

- Tssssseee!!!

Neura

- É o gás que acaba sempre comigo e acabo inevitavelmente por levar com água fria, aquando da segunda passagem com o chuveiro;

- É o trânsito do costume e os condutores alegadamente habilitados à prática da condução automóvel, que não sabem o que é um traço contínuo (Aliás, o que é que faz aquele traço branco e bem marcado no pavimento alcatroado das estradas?!) ou um semáforo (Esta agora! Um poste vertical com luzinhas... Para que servirá aquilo?!).
É um desrespeitar por completo toda a legislação rodoviária e pelo caminho irem provocando acidentes;

- É a chuva! (Que falta que eu sentia dela... Há quanto tempo não chovia...).

E poderia continuar sem, no entanto, conseguir exorcizar a neura que sinto! :(

E deixem-me contar-vos uma maldadezinha que surgiu assim que entrei ao trabalho.

Começo a ouvir um Pssee, Psseee! Pssee, Psseee! Com um olhar discreto pelo canto do olho, vejo que está um colega meu a chamar-me. Ignorei-o.

Ele: Bom dia, MM! Estás surda?!
Eu: Ah! Sabes o meu nome?! É que não sou mosquito para responder ao encanto do chamamento de uma lata de spray!
Ele: Ui! Estamos com mau feitio logo pela manhã! Tentemos de novo...

E lá nos cumprimentamos, desta feita sem recurso a onomatopeias.

"A culpa é do mosquito!"
Grrrr!!!

terça-feira, 23 de março de 2010

Radiohead - High & Dry


Radiohead - High and Dry

Costumo acordar todos os dias com uma música na cabeça que me acompanha qual banda sonora personalizada ao longo do dia. Enquanto não ouço a música em questão, ela continua a "tocar" em música ambiente, como se tivesse sido seleccionado o modo "Repeat" por defeito.

Vou assim dar lançamento à rubrica que terá o nome de "Música do Dia", onde tentarei partilhar convosco o que se ouve na minha cabeça, apresentando-vos o vídeo (quando possível), link ou até mesmo a letra, sempre que eu achar que a música é merecedora de subir ao pódio.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Há dias assim...

"Que dias há que na alma se me tem posto um não sei quê, que nasce não sei onde, vem não sei como e dói não sei porquê." - Luís de Camões
Hoje é um desses dias. E não, não é culpa do tão afamado mau feitio de 2ªf... Nem tão pouco do sono que teima em entorpecer-me o espírito e toldar-me a visão, nem sequer da astenia primaveril...
É simplesmente um daqueles dias em que não se apetece nada ou talvez apeteça, mas nada que seja compatível com estar fechado 8h/dia num escritório a levar com o ar condicionado mal regulado, com clientes mal educados, com colegas imbecis e computadores que ultrapassam o conceito de lentidão e que não nos deixam trabalhar com a velocidade e eficácia necessárias...

É um não apetecer do tanto que se quer...
É um não querer do tanto que se apetece!
É um saber que nada sabe... É uma dor que em nada dói!
É um silêncio que grita... É um grito que silencia!
É um desejo que não inflama... É uma chama fria!

É um todo que nada é!
É um nada que tudo quer!
É o desejo numa fé...
Neste estranho mundo que é ser Mulher!

domingo, 21 de março de 2010

À conversa com a minha irmã de 8 anos

Ela: Mana, tens namorado?
Eu: De momento, não!
Ela: Porquê?
Eu: Porque a mana ainda não encontrou um menino* que goste mesmo a sério.
Ela: É que eu estive a pensar... E se calhar, és lésbica!
Eu: Lésbica?! (Em estado de choque) - Por acaso sabes o que isso significa?
Ela: Sim! É uma menina que gosta de outras meninas.
Eu: Onde ouviste isso?
Ela: Na escola. Mas não te preocupes: se fores é normal e eu vou amar-te para sempre na mesma!

Passei os 5m seguintes a explicar à minha irmã de 8 anos, numa linguagem que lhe fosse acessível, o quão heretosexual sou e fiquei seriamente preocupada com o conteúdo didáctico das escolas primárias em Portugal! :s
*menino, entenda-se Homem, Adulto. Não sejam mauzinhos... Adaptem a conversa à faixa etária respectiva, vá! ;)

sexta-feira, 19 de março de 2010

Persistência

Tenho um colega de trabalho que anda a cortejar-me, vulgo dar em cima de mim, há já três anos. Hoje à tarde saiu-se com esta bela pérola:

- Sonhei contigo esta noite. Já é a terceira vez que sonho contigo. - E nisto, agarra num post-it cuja folhinha tira com ar engatatão do bloquinho que tenho sempre junto ao meu computador.
- Acho que tens o dever moral de aceitar jantar comigo (enquanto rabisca qualquer coisa no post-it).
Entrega-mo e diz:
- Fico a aguardar que me ligues para combinarmos.

Agarrei no papelinho amarelo e à frente dele, nem me dando ao trabalho de olhar para o número de telemóvel que ele escreveu, peço licença e rasgo-o. Com movimentos deliberadamente lentos, deito-o ao lixo e olho-o nos olhos.

- Não vou desistir! Sou bastante persistente! (Jura?! 3 anos?!)

Bem... Como devem ter reparado, não abri a boca durante toda a situação. O rapaz até é bem apessoado, mas quer dizer...
É culpa minha ele sonhar comigo ou ter desenvolvido uma ligeira obsessão pela minha pessoa?!

E será que o engate apela agora à moralidade?! É um contrasenso, não vos parece?

Meninos, sejam mais criativos! Deixem-se de frases feitas ou comportamentos cliché se realmente estão interessados em algo mais que "one-night stand".
Esmerem-se!
A recompensa pode vir a revelar-se mais surpreendente do que esperavam... (Ou não)

*Quando mais tarde abri a caixa de correio electrónico, tinha um mensagem dele. Dizia simplesmente isto: Mázona!!!

quinta-feira, 18 de março de 2010

Maldade N.º 2

Mais uma ida à recepção, desta feita para atender um cliente que se faz acompanhar por dois amigos/conhecidos. Aquando das apresentações, verifico que estes simpáticos senhores têm os seguintes apelidos: Piriquito, Pombo e Coelho. Estava-se mesmo a ver...

Eu: Bem... Estou rodeada de animais!

Gargalhada geral! Quebrou-se o gelo! Falemos de negócios! ;)

Maldade N.º 1

Ao chegar ao hall da recepção da empresa onde trabalho para atender um cliente, vejo um indivíduo vestido com um fato de motocross amarelo. Todo ele amarelo: botas, luvas e capacete. Estendo a mão para o cumprimentar e vislumbro através das portas de vidro da entrada da empresa, estacionada no parque de visitantes, uma mota de cross também ela amarela.
Nos breves segundos em que decorrem as apresentações, a minha rápida análise e treinada intuição (que raras vezes me falha), dizem-me: "Aqui está um sujeito capaz de lidar com uma maldadezinha!"

Eu: Então, como correram as filmagens?
Ele: Filmagens? (Literalmente a coçar a cabeça em sinal de confusão, mas com ar brincalhão)
Eu: Sim! Calculo que veio directo do set de filmagens dos Power Rangers... É o Power Ranger Amarelo, certo? (LOL)

Muito simpático e bem disposto! Ainda há pessoas com sentido de humor!

Um pormenor: O Power Ranger Amarelo era mulher, mas como as coisas estão hoje em dia... Who Knows?!

Ignorância Vs Estupidez

A Ignorância é tida como falta de conhecimento, sabedoria e ainda a assumpção de certos conceitos, teorias e premissas, que sendo falsos são tidos como verdadeiros. Ignorância é acima de tudo, não se ter a noção de que se é ignorante.

A Estupidez é definida como a qualidade de se ser estúpido, traduzindo-se em comportamentos e acções que revelam falta de inteligência, ainda que possam ser apresentados por pessoas cuja inteligência é inquestionável.

Então o porquê da estupidez?!
Estaremos nós tão seguros e convictos das nossas crenças e teorias que ao sermos confrontados com um pensamento mais racional ou até mesmo a constatação do contrário, sentimo-nos ameaçados e... Ei-la?! A estupidez vem à superfície?

Só digo isto: perante uma situação em que tenham forçosamente de optar por uma das duas condições... Optem pela ignorância! Não cai tão mal, não dá ares de superioridade exacerbada e no fim, temos sempre a desculpa de que não saber não é tão grave quanto pensar que se sabe!

quarta-feira, 17 de março de 2010

Malícia

Apesar das muitas definições existentes para este substantivo, aplico neste blog o sentido mais sublime... O da Excelência, o que denota astúcia, perspicácia, engenho, preparo nas "maldades" apresentadas, sempre com uma pitada de marotice (Atenção! Sem incorrermos no risco de sermos brejeiros), bom humor e sátira!
Adoro apontamentos ricos em inteligência emocional e o chamado "dark side" de uma personalidade e/ou humor, despertam em mim uma vontade de explorar comportamentos e gerar situações de onde possa retirar, de algum modo, uma satisfação prazerosa.
Crio este blog como uma forma de exorcizar as maldades que me ocorrem e que nem sempre posso pôr em prática, falando de situações do dia-a-dia, de pensamentos soltos e por vezes sem sentido, mas aos quais preciso de dar vida para me manter no limbo da sanidade onde, confesso, coloco pé-ante-pé qual equilibrista na esperança de que a "queda" (em sendo)... Seja macia!